Fernando Pessoa conhecia a experiência...E, se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras... No lugar onde não há palavras. A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia...Que de tão linda nos faz chorar.Para mim, Deus é isto: A beleza que se ouve no silêncio.Daí a importância de saber ouvir os outros: A beleza mora lá também. Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto. Rubem Alves.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
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Algumas vezes nos encontramos em silêncio, do nada, e noutras, quando o mesmo silêncio é necessário, desandamos numa cascata de palavras, expresssões, sons, ruídos.
ResponderExcluirA alma submersa está sempre ali, no mesmo lugar. Aguardando o silêncio.