A paz de Deus vem à mente quieta - UCEM

A paz de Deus vem à mente quieta - UCEM

"Não busque mudar o mundo, mas escolhe mudar a tua mente sobre o mundo" (UCEM)

"Não busque mudar o mundo, mas escolhe mudar a tua mente sobre o mundo" (UCEM)
O Perdão é a chave para a Felicidade... Nada real pode ser ameaçado. Nada irreal existe. Nisso está a Paz de Deus.

Um Curso em Milagres

quarta-feira, 31 de março de 2010

O potencial tem de ser concretizado




O homem surge com todo o potencial de ser um Deus, mas permanece um animal, simplesmente porque se apega a energias cruas. Ele nunca tenta mudar essas energias cruas para uma forma mais refinada. Elas podem ser mudadas: a raiva pode virar compaixão — apenas precisa passar pela meditação —, a ganância pode virar partilha, a luxúria pode virar amor, o amor pode virar oração. No entanto, vivemos no último degrau da escada, vivemos onde nascemos. Nunca pensamos em nós mesmos como seres humanos potenciais. Subestimamos a vida, como se já nascêssemos inteiros, completos, perfeitos. Mas isso não é verdade. Nascemos com capacidade para ser perfeitos, nascemos com potencial para chegar ao pico mais alto. Mas é só um potencial — tem de ser concretizado. E para concretizá-lo precisamos de uma certa metodologia. Certa ciência é necessária, e é a ciência da meditação. Não é uma ciência complicada, é muito simples. Mas às vezes acontece que perdemos a coisa mais simples da vida. Perdemos o óbvio, porque estamos sempre olhando para longe. Somos sempre atraídos pelo distante, pelo longínquo, enquanto o mais próximo está sempre disponível. Quando você se voltar para dentro, ficará surpreso pelo fato de isso ser um fenômeno tão simples e, no entanto, de tamanha beleza — a maior alegria possível, o maior desabrochar possível. Como você pôde perder isso por tanto tempo? Você nem conseguirá explicar para si mesmo por que e como esperou tanto. E é um fenômeno que pode transformar todo o seu ser em outro.

Osho, em "Meditações Para a Noite"

Imagem por Eduardo Deboni

www.palavrasdeosho.co

terça-feira, 30 de março de 2010

Amor





A necessidade de segurança nas relações gera inevitavelmente o sofrimento e o medo. Essa busca de segurança atrai a insegurança. Já encontrastes alguma vez segurança em alguma de vossas relações? Já? A maioria de nós quer a segurança no amar e no ser amado, mas existirá amor quando cada um está a buscar a própria segurança, seu caminho próprio? Nós não somos amados porque não sabemos amar.
Que é o amor? Esta palavra está tão carregada e corrompida, que quase não tenho vontade de empregá-la. Todo o mundo fala de amor - toda revista e jornal e todo missionário discorre interminavelmente sobre o amor. Amo a minha pátria, amo o meu rei, amo um certo livro, amo aquela montanha, amo o prazer, amo minha esposa, amo a Deus. O amor é uma idéia? Se é, pode então ser cultivado, nutrido, conservado com carinho, moldado, torcido de todas as maneiras possíveis. Quando dizeis que amais a Deus, que significa isso? Significa que amais uma projeção de vossa própria imaginação, uma projeção de vós mesmo, revestida de certas formas de respeitabilidade, conforme o que pensais ser nobre e sagrado; o dizer "Amo a Deus" é puro contra-senso. Quando adorais a Deus, estais adorando a vós mesmo; e isso não é amor.
Incapazes, que somos, de compreender essa coisa humana chamada amor, fugimos para abstrações. O amor pode ser a solução final de todas as dificuldades, problemas e aflições humanas. Assim, como iremos descobrir o que é o amor? Pela simples definição? A Igreja o tem definido de uma maneira, a sociedade de outra, e há também desvios e perversões de toda espécie. A adoração de uma certa pessoa, o amor carnal, a troca de emoções, o companheirismo - será isso o que se entende por amor? Essa foi sempre a norma, o padrão, que se tornou tão pessoal, sensual, limitado, que as religiões declararam que o amor é muito mais do que isso. Naquilo que denominam "amor humano", vêem elas que existe prazer, competição, ciúme, desejo de possuir, de conservar, de controlar, de influir no pensar de outrem e, sabendo da complexidade dessas coisas, dizem as religiões que deve haver outra espécie de amor - divino, belo, imaculado, incorruptível.
Em todo o mundo, certos homens chamados "santos" sempre sustentaram que olhar para uma mulher é pecaminoso; dizem que não podemos aproximar-nos de Deus se nos entregamos ao sexo e, por conseguinte, o negam, embora eles próprios se vejam devorados por ele. Mas, negando o sexo, esses homens arrancam os próprios olhos, decepam a própria língua, uma vez que estão negando toda a beleza da Terra. Deixaram famintos os seus corações e a sua mente; são entes humanos "desidratados"; baniram a beleza, porque a beleza está ligada à mulher.
Pode o amor ser dividido em sagrado e profano, humano e divino, ou só há amor? O amor é para um só e não para muitos? Se digo "Amo-te", isso exclui o amor a outro? O amor é pessoal ou impessoal? Moral ou imoral? Familial ou não familial? Se amais a humanidade, podeis amar o indivíduo? O amor é sentimento? Emoção? O amor é prazer e desejo? Todas essas perguntas indicam - não é verdade? - que temos idéias a respeito do amor, idéias sobre o que ele deve ou não deve ser, um padrão, um código criado pela cultura em que vivemos.
Assim, para examinarmos a questão do amor - o que é o amor - devemos primeiramente libertar-nos das incrustações dos séculos, lançar fora todos os ideais e ideologias sobre o que ele deve ou não deve ser. Dividir qualquer coisa em o que deveria ser e o que é, é a maneira mais ilusória de enfrentar a vida.
Ora, como iremos saber o que é essa chama que denominamos amor - não a maneira de expressá-lo a outrem, porém o que ele próprio significa? Em primeiro lugar, rejeitarei tudo o que a Igreja, a sociedade, meus pais e amigos, todas as pessoas e todos os livros disseram a seu respeito, porque desejo descobrir por mim mesmo o que ele é. Eis um problema imenso, que interessa a toda a humanidade; há milhares de maneiras de defini-lo e eu próprio me vejo todo enredado neste ou naquele padrão, conforme a coisa que, no momento, me dá gosto ou prazer. Por conseguinte, para compreender o amor, não devo em primeiro lugar libertar-me de minhas inclinações e preconceitos? Vejo-me confuso, dilacerado pelos meus próprios desejos e, assim, digo entre mim: "Primeiro, dissipa a tua confusão. Talvez tenhas possibilidade de descobrir o que é o amor através do que ele não é".
O governo ordena: "Vai e mata, por amor à pátria!" Isso é amor? A religião preceitua: "Abandona o sexo, pelo amor de Deus". Isso é amor? O amor é desejo? Não digais que não. Para a maioria de nós, é; desejo acompanhado de prazer, prazer derivado dos sentidos, pelo apego e o preenchimento sexual. Não sou contrário ao sexo, mas vede o que ele implica. O que o sexo vos dá momentaneamente é o total abandono de vós mesmo, mas, depois, voltais à vossa agitação; por conseguinte, desejais a constante repetição desse estado livre de preocupação, de problema, do "eu". Dizeis que amais vossa esposa. Nesse amor está implicado o prazer sexual, o prazer de terdes uma pessoa em casa para cuidar dos filhos e cozinhar. Dependeis dela; ela vos deu o seu corpo, suas emoções, seus incentivos, um certo sentimento de segurança e bem-estar. Um dia, ela vos abandona; aborrece-se ou foge com outro homem, e eis destruído todo o vosso equilíbrio emocional; essa perturbação, de que não gostais, chama-se ciúme. Nele existe sofrimento, ansiedade, ódio e violência. Por conseguinte, o que realmente estais dizendo é: "Enquanto me pertences, eu te amo; mas, tão logo deixes de pertencer-me, começo a odiar-te. Enquanto posso contar contigo para satisfação de minhas necessidades sociais e outras, amo-te, mas, tão logo deixes de atender a minhas necessidades, não gosto mais de ti". Há, pois, antagonismo entre ambos, há separação, e quando vos sentis separados um do outro, não há amor. Mas, se puderdes viver com vossa esposa sem que o pensamento crie todos esses estados contraditórios, essas intermináveis contendas dentro de vós mesmo, talvez então - talvez - sabereis o que é o amor. Sereis então completamente livre, e ela também; ao passo que, se dela dependeis para os vossos prazeres, sois seu escravo. Portanto, quando uma pessoa ama, deve haver liberdade - a pessoa deve estar livre, não só da outra, mas também de si própria.
No estado de pertencer a outro, de ser psicologicamente nutrido por outro, de outro depender - em tudo isso existe sempre, necessariamente, a ansiedade, o medo, o ciúme, a culpa, e enquanto existe medo, não existe amor. A mente que se acha nas garras do sofrimento jamais conhecerá o amor; o sentimentalismo e a emotividade nada, absolutamente nada, têm que ver com o amor. Por conseguinte, o amor nada tem em comum com o prazer e o desejo.
O amor não é produto do pensamento, que é o passado. O pensamento não pode de modo nenhum cultivar o amor. O amor não se deixa cercar e enredar pelo ciúme; porque o ciúme vem do passado. O amor é sempre o presente ativo. Não é "amarei" ou "amei". Se conheceis o amor, não seguireis ninguém. O amor não obedece. Quando se ama, não há respeito nem desrespeito.
Não sabeis o que significa amar realmente alguém - amar sem ódio, sem ciúme, sem raiva, sem procurar interferir no que o outro faz ou pensa, sem condenar, sem comparar - não sabeis o que isso significa? Quando há amor, há comparação? Quando amais alguém de todo o coração, com toda a vossa mente, todo o vosso corpo, todo o vosso ser, existe comparação? Quando vos abandonais completamente a esse amor, não existe "o outro".
O amor tem responsabilidades e deveres, e emprega tais palavras? Quando fazeis alguma coisa por dever, há nisso amor? No dever não há amor. A estrutura do dever, na qual o ente humano se vê aprisionado, o está destruindo. Enquanto sois obrigado a fazer uma coisa, porque é vosso dever fazê-la, não amais a coisa que estais fazendo. Quando há amor, não há dever nem responsabilidade.
A maioria dos pais, infelizmente, pensa que são responsáveis por seus filhos, e seu senso de responsabilidade toma a forma de preceituar-lhes o que devem fazer e o que não devem fazer, o que devem ser e o que não devem ser. Querem que os filhos conquistem uma posição segura na sociedade. Aquilo a que chamam responsabilidade faz parte daquela respeitabilidade que eles cultivam; e a mim me parece que, onde há respeitabilidade, não existe ordem; só lhes interessa o tornar-se um perfeito burguês. Preparando os filhos para se adaptarem à sociedade, estão perpetuando a guerra, o conflito e a brutalidade. Pode-se chamar a isso zelo e amor?
Zelar, com efeito, é cuidar como se cuida de uma árvore ou de uma planta, regando-a, estudando as suas necessidades, escolhendo o solo mais adequado, tratá-la com carinho e ternura; mas, quando preparais os vossos filhos para se adaptarem à sociedade, os estais preparando para serem mortos. Se amásseis vossos filhos, não haveria guerras.
Quando perdeis alguém que amais, verteis lágrimas; essas lágrimas são por vós mesmo ou pelo morto? Estais pranteando a vós mesmo ou ao outro? Já chorastes por outrem? Já chorastes o vosso filho, morto no campo de batalha? Chorastes, decerto, mas essas lágrimas foram produto da autocompaixão ou chorastes porque um ente humano foi morto? Se chorais por autocompaixão, vossas lágrimas nada significam, porque estais interessado em vós mesmo. Se chorais porque vos foi arrebatada uma pessoa em quem "depositastes" muita afeição, não se trata de uma afeição real. Se chorais a morte de vosso irmão, chorai por ele! É muito fácil chorardes por vós mesmo porque ele partiu. Aparentemente, chorais porque vosso coração foi atingido, mas não foi atingido por causa dele; foi atingido pela autocompaixão, e a autocompaixão vos endurece, vos fecha, vos torna embotado e estúpido.
Quando chorais por vós mesmo, será isso amor? - chorar porque ficastes sozinho, porque perdestes o vosso poder; queixar-vos de vossa triste sina, de vosso ambiente - sempre vós a verter lágrimas. Se compreenderdes esse fato, e isso significa pôr-vos em contato com ele tão diretamente como quando tocais uma árvore ou uma coluna ou uma mão, vereis então que o sofrimento é produto do "eu", o sofrimento é criado pelo pensamento, o sofrimento é produto do tempo. Há três anos eu tinha meu irmão; hoje ele é morto e estou sozinho, desolado, não tenho mais a quem recorrer para ter conforto ou companhia, e isso me traz lágrimas aos olhos.
Podeis ver tudo isso acontecer dentro de vós mesmo, se o observardes. Podeis vê-lo de maneira plena, completa, num relance, sem precisardes do tempo analítico. Podeis ver num momento toda a estrutura e natureza dessa coisa desvaliosa e insignificante, chamada "eu" - minhas lágrimas, minha família, minha nação, minha crença, minha religião - toda essa fealdade está em vós. Quando a virdes com vosso coração, e não com vossa mente, quando a virdes do fundo de vosso coração, tereis então a chave que acabará com o sofrimento.
O sofrimento e o amor não podem coexistir, mas no mundo cristão idealizaram o sofrimento, crucificaram-no para o adorar, dando a entender que ninguém pode escapar ao sofrimento a não ser por aquela única porta; tal é a estrutura de uma sociedade religiosa, exploradora.
Assim, ao perguntardes o que é o amor, podeis ter muito medo de ver a resposta. Ela pode significar uma completa reviravolta; poderá dissolver a família; podeis descobrir que não amais vossa esposa ou marido ou filhos (vós os amais?); podeis ter de demolir a casa que construístes; podeis nunca mais voltar ao templo.
Mas, se desejais continuar a descobrir, vereis que o medo não é amor, a dependência não é amor, o ciúme não é amor, a posse e o domínio não são amor, responsabilidade e dever não são amor, autocompaixão não é amor, a agonia de não ser amado não é amor, que o amor não é o oposto do ódio, como também a humildade não é o oposto da vaidade. Dessarte, se fordes capaz de eliminar tudo isso, não à força, porém lavando-o assim como a chuva fina lava a poeira de muitos dias depositada numa folha, então, talvez, encontrareis aquela flor peregrina que o homem sempre buscou sequiosamente.
Se não tendes amor - não em pequenas gotas, mas em abundância; se não estais transbordando de amor, o mundo irá ao desastre. Intelectualmente, sabeis que a unidade humana é a coisa essencial e que o amor constitui o único caminho para ela, mas quem pode ensinar-vos a amar? Poderá uma autoridade, um método, um sistema ensinar-vos a amar? Se alguém vo-lo ensina, isso não é amor. Podeis dizer: "Eu me exercitarei para o amor. Sentar-me-ei todos os dias para refletir sobre ele. Exercitar-me-ei para ser bondoso, delicado e me forçarei a ser atencioso com os outros"? - Achais que podeis disciplinar-vos para amar, que podeis exercer a vontade para amar?
Quando exerceis a vontade e a disciplina para amar, o amor vos foge pela janela. Pela prática de um certo método ou sistema de amar, podeis tornar-vos muito hábil, ou mais bondoso, ou entrar num estado de não violência, mas nada disso tem algo em comum com o amor.
Neste mundo tão dividido e árido não há amor, porque o prazer e o desejo têm a máxima importância, e, todavia, sem amor, vossa vida diária é sem significação. Também, não podeis ter o amor se não tendes a beleza. A beleza não é uma certa coisa que vedes - não é uma bela árvore, um belo quadro, um belo edifício ou uma bela mulher; só há beleza quando o vosso coração e a vossa mente sabem o que é o amor. Sem o amor e aquele percebimento da beleza, não há virtude, e sabeis muito bem que tudo o que fizerdes - melhorar a sociedade, alimentar os pobres - só criará mais malefício, porque, quando não há amor, só há fealdade e pobreza em vosso coração e vossa mente. Mas, quando há amor e beleza, tudo o que se faz é correto, tudo o que se faz é ordem. Se sabeis amar, podeis fazer o que desejardes, porque o amor resolverá todos os outros problemas.
Alcançamos, assim, este ponto: Poderá a mente encontrar o amor sem precisar de disciplina, de pensamento, de coerção, de nenhum livro, instrutor ou guia - encontrá-lo assim como se encontra um belo pôr-de-sol?
Uma coisa me parece absolutamente necessária: a paixão sem motivo, a paixão não resultante de compromisso ou ajustamento, a paixão que não é lascívia. O homem que não sabe o que é paixão, jamais conhecerá o amor, porque o amor só pode existir quando a pessoa se desprende totalmente de si própria.
A mente que busca não é uma mente apaixonada, e não buscar o amor é a única maneira de encontrá-lo; encontrá-lo inesperadamente e não como resultado de qualquer esforço ou experiência. Esse amor, como vereis, não é do tempo; ele é tanto pessoal como impessoal, tanto um só como multidão. Como uma flor perfumosa, podeis aspirar-lhe o perfume, ou passar por ele sem o notardes. Aquela flor é para todos e para aquele que se curva para aspirá-la profundamente e olhá-la com deleite. Quer estejamos muito perto, no jardim, quer muito longe, isso é indiferente à flor, porque ela está cheia de seu perfume e pronta a reparti-lo com todos.
O amor é uma coisa nova, fresca, viva. Não tem ontem nem amanhã. Está além da confusão do pensamento. Só a mente inocente sabe o que é o amor, e a mente inocente pode viver no mundo não inocente. Só é possível encontrá-la, essa coisa maravilhosa que o homem sempre buscou sequiosamente por meio de sacrifícios, de adoração, das relações, do sexo, de toda espécie de prazer e de dor, só é possível encontrá-la quando o pensamento, alcançando a compreensão de si próprio, termina naturalmente. O amor não conhece oposto, não conhece conflito.
Podeis perguntar: "Se encontro esse amor, que será de minha mulher, de minha família? Eles precisam de segurança". Fazendo essa pergunta, mostrais que nunca estivestes fora do campo do pensamento, fora do campo da consciência. Quando tiverdes alguma vez estado fora desse campo, nunca fareis uma tal pergunta, porque sabereis o que é o amor em que não há pensamento e, por conseguinte, não há o tempo. Podeis ler tudo isto hipnotizado e encantado, mas ultrapassar realmente o pensamento e o tempo - o que significa transcender o sofrimento - é estar cônscio de uma dimensão diferente, chamada "amor".
Mas, não sabeis como chegar-vos a essa fonte maravilhosa e, assim, que fazeis? Quando não sabeis o que fazer, nada fazeis, não é verdade? Nada, absolutamente. Então, interiormente, estais completamente em silêncio. Compreendeis o que isso significa?
Significa que não estais buscando, nem desejando, nem perseguindo; não existe centro nenhum. Há, então, o amor.
Fonte: Krishnamurti; Liberte-se do Passado - Ed. Cultrix - Páginas 71 a 78


Imagem: Internet



Tente reconhecer que é um viajante divino. Está aqui apenas por pouco tempo, logo partindo para um mundo diferente e fascinante. Não limite o seu pensamento a uma breve vida e a um pequeno planeta. Lembre-se da vastidão do espírito que em si vive.



Yogananda
Imagem: Internet

Uma perspectiva espiritual



"A principal razão para o fracasso ou dificuldade dos relacionamentos é o nosso apego ao medo. O medo, a censura e a culpa desempenham um importante papel quanto a acabar com quaisquer esperanças que tenhamos de sentir amor ou intimidade, pois bloqueiam a percepção que temos da presença do amor - do mesmo modo que a construção de um muro imenso bloquearia a vista de uma bela paisagem. Cada um deles, a seu modo, cria uma barreira, e, embora a forma possa ser ligeiramente diferente em cada caso, o resultado final é sempre o mesmo.
Quer se trate de medo, censura ou culpa, cada um deles emana da crença profunda de que não somos realmente dignos de ser felizes. Portanto, não podemos nos permitir ter relacionamentos íntimos, confiáveis e enriquecedores, pois eles talvez nos trouxessem a felicidade. Embora uma parte de nós saiba que o amor é o nosso verdadeiro estado, é freqüente permanecermos no estado de medo, assegurando que sempre procuraremos, mas nunca encontraremos o que buscarmos.
Razões mais comuns, baseadas no medo, pelas quais nos parece impossível ter relacionamentos harmoniosos, estimulantes e amorosos:
- Não podemos confiar no amor.- Não podemos confiar nas pessoas.- Sempre seremos as vítimas.- Nossas dolorosas experiências passadas sempre se repetirão.- Sempre seremos abandonados.- Os outros se recusarão a fazer aquilo que queremos que eles façam. - Estaremos dando aos outros, incluindo nossos pais, o poder de decidir se somos dignos de amor ou não.- Nossos entes queridos morrerão e nos deixarão sozinhos e abandonados, provando que nada, especialmente o amor, é duradouro.- As pessoas são imperdoáveis.- Quando nos relacionamentos, estamos permitindo que os outros nos firam.
Nosso ser espiritual vê os relacionamentos como oportunidades para promover a união e a aceitação, opostas à separação e ao julgamento. Através desta visão espiritual, os relacionamentos são vistos como oportunidades para nos vermos como espelhos e prolongamentos uns dos outros".
Gerald Jampolsky

Texto enviado p/ Eliane.
Imagem: mimo da Denise.

domingo, 28 de março de 2010

Pela graça vivo. Pela graça sou liberado




"A graça é o aspecto do Amor de Deus que mais se assemelha ao estado que prevalece na unidade da verdade. É a aspiração mais elevada do mundo, pois nos conduz para além do mundo inteiramente. Ela está além do aprendizado, no entanto, constitui a meta do aprendizado, pois a graça não pode vir até que a mente se prepare para a verdadeira aceitação. A graça vem a ser instantaneamente inevitável naqueles que tiverem preparado uma mesa em que ela possa ser gentilmente colocada e recebida voluntariamente, um altar limpo e santo para a dádiva.
A graça é a aceitação do Amor de Deus dentro de um mundo de aparente ódio e medo. Unicamente pela graça, o ódio e o medo se vão, pois a graça apresenta um estado tão posto a tudo o que o mundo contém, que aqueles cujas mentes são iluminadas pela dádiva da graça não podem acreditar que o mundo do medo seja real.
A graça não é aprendida. O passo final tem que ir além de todo aprendizado. A graça não é a meta que sse curso aspira atingir. Mas nos preparamos para a graça já que a mente aberta pode ouvir o Chamado para o despertar. Não está hermeticamente fechada contra a Voz de Deus. Veio a estar ciente de que há coisas que não sabe e, assim, está pronta para aceitar um estado completamente diferente do tipo de experiência com a qual está familiarizada".
Um Curso em Milagres - lição 169
Texto enviado p Eliane
Imagem p/ Solange

sexta-feira, 26 de março de 2010

Minhas mágoas escondem a luz ...




Minhas mágoas me mostram o que não existe e escondem de mim o que quero ver. Reconhecendo isto, para que quero minhas mágoas? Elas me mantêm nas trevas e escondem a luz. Mágoas e luz não podem combinar, mas luz e visão têm de estar unidas para eu ver. Para ver, tenho de abandonar as mágoas. Eu quero ver, e este será o meio pelo qual serei bem-sucedido.

Ucem LE lição 85


Foto: Por mim mesma.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Aceitação



“Quando vamos da resistência para a aceitação, mudamos do controle à influência. Não podemos controlar os outros, mas podemos influenciá-los. A aceitação é apenas o primeiro passo no processo de influenciar o outro. Mas como influenciar os outros de forma eficaz? Este é o desafio da criatividade no contexto dos nossos relacionamentos. Não podemos criar uma “resposta influente” se nossa energia está presa em um estado de resistência. Quando vamos da resistência à aceitação, iniciamos a resolução de conflitos. Nos abrimos ao outro ou à situação e podemos relaxar.”

Mike George, Clear Thinking, In which mode do you operate?



A vida por fora de nós é a vida daquilo que somos por dentro!
Lembrete enviado pela amiga Solange

O mal só nos afeta na medida que o deixarmos




Os homens (diz uma antiga máxima grega) são atormentados pelas ideias que têm das coisas, e não pelas próprias coisas. Haveria um grande ponto ganho para o alívio da nossa miserável condição humana se pudéssemos estabelecer essa asserção como totalmente verdadeira. Pois, se os males só entraram em nós pelo nosso julgamento, parece que está em nosso poder desprezá-los ou transformá-los em bem. Se as coisas se entregam à nossa mercê, por que não dispomos delas ou não as moldarmos para vantagem nossa? Se o que denominamos mal e tormento não é nem mal nem tormento por si mesmo, mas somente porque a nossa imaginação lhe dá essa qualidade, está em nós mudá-la. E, tendo essa escolha, se nada nos força, somos extraordinariamente loucos de bandear para o partido que nos é o mais penoso e dar às doenças, à indigência e ao desvalor um gosto acre e mau, se lhes podemos dar um gosto bom e se, a fortuna fornecendo simplesmente a matéria, cabe a nós dar-lhe a forma. Porém vejamos se é possível sustentar que aquilo que denominamos por mal não o é em si mesmo, ou pelo menos que, seja ele qual for, depende de nós dar-lhe outro sabor e outro aspecto, pois tudo vem a ser a mesma coisa. Se a natureza própria dessas coisas que tememos tivesse o crédito de instalar-se em nós por poder seu, ele se instalaria exactamente da mesma forma em todos; pois os homens são todos de uma só espécie e, excepto por algo a mais ou a menos, acham-se munidos de iguais orgãos e instrumentos para pensar e julgar. Mas a diversidade das ideias que temos sobre essas coisas mostra claramente que elas só entram em nós por mútuo acordo: alguém por acaso coloca-as dentro de si com a sua verdadeira natureza, mas mil outros dão-lhes dentro de si uma natureza nova e contrária.

Michel de Montaigne, in 'Ensaios'


quarta-feira, 24 de março de 2010

Revele o seu segredo




"Revelar nossos segredos nos faz sentir vulneráveis, porque eles estiveram escondidos durante muito tempo. Mas somente quando quisermos estar na nossa condição de vulnerabilidade é que seremos abençoados com a dádiva da nossa própria luz.
Você pode sentir que desvendar o seu segredo e entregar suas dádivas ao mundo é uma responsabilidade. Mas isso já é uma outra história. Expressar a própria luz não é uma responsabilidade; é uma honra sagrada. Não custa nada mais do que ser quem você realmente é, o seu eu verdadeiro. Não exige esforço, nem trabalho, nem luta.
Precisamos aceitar a nossa vulnerabilidade para podermos deixar que nossos segredos venham à tona. Precisamos dar passos de bebê e aprender a confiar. Precisamos aprender como nos render, não ao que nós desejamos, mas ao que o Universo está nos mostrando. Precisamos confiar que, se sairmos para águas desconhecidas, seremos levados até a praia. Imagine que seria como ficar numa praia, sentindo a tempestade se aproximar, olhando a imensa e cinzenta massa de nuvens movendo-se na sua direção, rajadas de vento soprando e ondas gigantescas quebrando na areia. Excitado, você imagina como seria emocionante velejar na tormenta, sentindo a força da natureza e o mistério do desconhecido. Um minuto depois, porém, você se sente assustado e seus pensamentos voltam-se para a escolha segura e previsível de encontrar um lugar abrigado enquanto a tempestada estiver rugindo lá fora. Mas, se você soubesse que, navegando na tormenta munido de todo o equipamento necessário, você chegaria em segurança do outro lado da chuva e dos ventos, a uma ilha repleta de grandes tesouros e jóias faiscantes, faria a viagem? Confiaria naqueles que já seguiram essa rota antes para lhe dar o apoio e a orientação necessários para encontrar o seu pote de ouro? Peço-lhe que imagine esse cenário porque expor a mentira da sua história e revelar o segredo do seu lado sombrio pode parecer tão escuro e assustador quanto navegar em meio à turbulência de uma tempestade.

Como acontece muitas vezes, nós sabotamos os nossos sonhos na tentativa de nos ajustar dentro dos limites de nossa história. Essa é uma escolha que cabe a cada um de nós fazer. Precisamos perguntar a nós mesmos: 'Estou disposto a passar por algum desconforto para sentir a grandeza da minha luz, ou prefiro continuar na comodidade que já conheço?'. Somos os os únicos que podemos dizer a nós mesmos que é seguro estar no mundo sem o conforto de nossas histórias. Somente nós podemos tornar segura a revelação de nossas dádivas preciosas".

Debbie Ford - "O segredo da sombra"


Texto partilhado por Eliane

terça-feira, 23 de março de 2010

Para refletir...




"Compaixão é um estado tão profundo e bonito que você dá tudo de si mesmo para que o outro possa ser feliz ou sentir o que você está sentindo. O amor exerce o mesmo poder; ele age como um perfume que derrama a sua fragrância para quem quer que seja." ( Extraído de uma lenda indiana ).
Texto enviado pela Chris.
Imagem: Internet

Espiritualidade



“Espiritualidade é ter clareza sobre seu próprio valor inerente e como isto pode refletir em sua vida diária. Uma pessoa espiritual é sensível, ela tem êxito ao dar um sentido elevado a si e sua vida. O verdadeiro propósito da espiritualidade é nos tornar mais efetivos, nos ajudando a melhorar nossos atos. Espiritualidade e ação trabalham juntas. A espiritualidade dá um sentido a nossas ações e as ações dão um propósito a nossa espiritualidade.” BK
A imagem foi um mimo da amiga Denise.


Que a paz se estenda da minha mente à tua, caro leitor.

Texto inspirado no UCEM
Imagem garimpada do blog Tecendo idéias.


sábado, 20 de março de 2010

Como o ego esconde de nós a verdade?




"O ego tenta convencer-se de que vivemos em um mundo onde a 'causa' de tudo o que acontece está localizada fora de nós. Nossas experiências, portanto, seriam apenas 'efeitos'. Nossa vida nada mais seria do que uma série de respostas a acontecimentos exteriores, como se não tivéssemos nenhum poder de escolha. Para nos persuadirmos de que a vida é realmente assim, precisaríamos apagar todas as evidências de que o mundo que vemos é determinado pelo nosso próprio sistema de crença e pelos pensamentos em nossa mente. Esse modo de pensar só poderá subsistir enquanto nos mantivermos apegados à idéia de que nada temos que ver com o fato de criar o mundo que vivenciamos. Insistimos na crença de que somos apenas um corpo, destinado a estar na Terra durante um breve período de tempo e depois morrer; insistimos na crença de que a morte é o fim da vida.
Quando vivemos de acordo com esse sistema de crenças baseado no medo, é freqüente nos sentirmos vítimas e buscarmos constantemente alguém a quem identificar como sendo o nosso inimigo. Esse sistema de crença parece estar nos dizendo que sempre haverá guerras, que o passado sempre irá predizer o futuro, que não podemos confiar no amor e que os outros, e até mesmo nós, fizemos coisas imperdoáveis. Esse sistema de crenças pretende fazer com que nos agarremos à idéia de que culpa e punição são coisas valiosas - o que não é verdade.
É da maior importância respeitar o poder dos nossos pensamentos. Afinal de contas, são eles que criam o nosso comportamento e que determinam a nossa maneira de ver o mundo e reagir a ele. De acordo com o sistema mental baseado no medo, não há problema se tivermos pensamentos agressivos, uma vez que só as ações agressivas causam dano às outras pessoas.
Uma outra maneira de olhar o mundo é acreditar que os nossos pensamentos podem ser tão prejudiciais quanto as nossas ações. O mundo que vemos começa a mudar quando abandonamos todos os nossos pensamentos agressivos e os substituímos por pensamentos amorosos".

- Gerald Jampolsky-


Texto enviado por Eliane

A cura do passado




"Existe uma parte de nós que resiste à mudança, mesmo àquelas mudanças que prometem tornar nossa vida melhor. Porém, concentrando nossa atenção por meio de muitos lembretes diários, dizendo-nos que relamente existe um outro modo de olhar o mundo, encontraremos a paz em vez do conflito, e constataremos que realmente temos uma escolha.
( Gerald Jampolsky, "Mude a sua mente e tranforme a sua vida" ).

Texto enviado pela amiga Eliane

Imagem: Tela de steve Hanks,
Garimpada do blog: http://baliar.blogspot.com/ ( tecendo idéias )

"Seja o que for que você faça ou sonhe em fazer, comece. A audácia tem força, poder e magia. Comece agora! "
(Goethe)
Fonte: Bloguinho da Zizi

20 de março dia do blogueiro....




Parabéns a todos os amigos blogueiros e gratidão aos queridos que nos prestigiam.


Obrigada por divulgar Zizi.







Meditação é silêncio...




"Mente" significa palavras; o ser (self) significa silêncio.
A mente não é nada além das palavras que você acumulou; o silêncio é o que sempre esteve com você, não é uma acumulação. Esse é o significado do ser. É a sua qualidade intrínseca.
No terreno do silêncio você continua a acumular palavras, e as palavras, no total, são conhecidas como "a mente".
Silêncio é meditação. É uma questão de mudar a gestalt, de desviar a atenção das palavras para o silêncio — que está sempre aí.
Osho, em "O Que é Meditação?"
Imagem: Internet
Uma música relaxante para vc...

sexta-feira, 19 de março de 2010

Não se prender ao passado morto




Uma pessoa inteligente não se prende ao passado morto, não carrega cadáveres.
Não importa quão belos eles sejam, quão preciosos sejam, ela não carrega cadáveres.
Para ela, o passado terminou, ele se foi para sempre.
Este é o segredo da iluminação: ela acontece em estado de relaxamento, em um profundo estado de repouso.
Osho, em "Osho de A a Z: Um Dicionário Espiritual do Aqui e Agora"
Imagem por weeta

terça-feira, 16 de março de 2010

Todas as coisas são lições que Deus quer que eu aprenda




Perdoa e verás isso de modo diferente.

Estas são as palavras que o Espírito Santo pronuncia em todas as tuas tribulações, tuas dores, teus sofrimentos, independente de suas formas. Através destas palavras, toda tentação chega ao fim e a culpa, abandonada, não é mais cultivada. Estas são as palavras que acabam com o sonho do pecado e libertam a mente do medo. Estas são as palavras pelas quais a salvação vem ao mundo inteiro.
E nós, não aprenderemos a dizer estas palavras quando nos sentirmos tentados a acreditar que a dor é real, e quando escolhemos a morte ao invés da vida? Não aprenderemos a dizer estas palavras, quando tivermos compreendido o seu poder de liberar todas as mentes do cativeiro? Estas são palavras que te dão poder sobre todos os eventos que parecem ter recebido poder sobre ti. Tu os vês corretamente quando manténs estas palavras em plena consciência e não esqueces que se aplicam a tudo o que vês ou a tudo o que qualquer irmão contempla de modo equivocado.
Como podes saber se estás vendo de forma errada ou quando alguém não está percebendo a lição que deveria aprender? A dor parece real na percepção? Se parece, podes ter certeza de que a lição não foi aprendida. E lá, escondida no interior da mente, existe ainda uma falta de perdão que vê a dor com olhos dirigidos pela mente.
Deus não quer que sofras desse modo. Ele quer ajudar-te a perdoar a ti mesmo. O Seu Filho não se lembra de quem ele é. E Deus não quer que ele esqueça o Seu Amor e todas as dádivas que o Seu Amor traz consigo. Renunciarias à tua própria salvação agora? Deixarias de aprender as simples lições que o Professor do Céu coloca diante de ti, para que toda dor possa desaparecer e Deus possa ser lembrado pelo Seu Filho?
Todas as coisas são lições que Deus quer que aprendas. Ele não quer deixar sem correção nenhum pensamento que não perdoa e nenhum espinho ou cravo que, de algum modo, possa ferir o Seu Filho santo. Ele quer assegurar que o seu descanso santo permaneça imperturbado e sereno, sem nenhuma preocupação em um lar eterno que cuida dele. E Ele quer que todas as lágrimas sejam enxugadas, que nenhuma ainda permaneça para derramar-se. Pois é a Vontade de Deus que o riso substitua cada uma delas e que o Seu Filho seja livre novamente.
Ucem LE 193
Imagem enviada pela amiga Chris.

domingo, 7 de março de 2010

Irmãs...




Minha homenagem à todas as mulheres maravilhosas que prestigiam este espaço .



"Sempre que chega o Dia Internacional da Mulher, procuro fugir do discurso de vitimização que a data invoca. Não que estejamos com a vida ganha, mas creio que as mulheres já mostraram a que vieram e as dificuldades pelas quais passamos não são privilégio nosso: injustiça e violência são para todos. Temos, ainda, o grande desafio de conciliar as atividades domésticas com a realização profissional, e precisamos, naturalmente, da parceria do Estado e da parceria dos parceiros: ser feliz é um trabalho de equipe. Mas não vou utilizar o 8 de Março para colocar mais água no chororô habitual. Prefiro aproveitar a data, esse ano, para fazer um brinde à nossa importância não para a sociedade e nem para a família, mas umas para as outras.
Assistindo em DVD ao delicado filme Caramelo, produção franco-libanesa do ano passado, tive a sensação boa de confirmar que o tempo passa, os filhos crescem, os corações se partem, mas as amigas ficam. Como todos os filmes que abordam a amizade e a solidão intrínseca de toda mulher, Caramelo nos consola valorizando o que temos de melhor: a nossa paixão, a nossa bravura ("sou mais macho que muito homem") e o bom humor permanente, mesmo diante de tristezas profundas.
No filme, elas são cinco: a amante de um homem casado, a que tem pavor de envelhecer e por conta disso se submete a situações humilhantes, a garota muçulmana com casamento marcado que precisa esconder do noivo que não é mais virgem, a enrustida que se sente atraída por outras mulheres e a senhora que desistiu de investir no amor para cuidar da irmã mais velha, que é mentalmente perturbada. Todas diferentes entre si e todas iguais a nós: mulheres conflituadas, mas que podem contar umas com as outras em qualquer circunstância.
Recentemente recebi por e-mail um texto anônimo, em inglês, que falava justamente sobre isso: precisamos de mulheres a nossa volta. Amigas, filhas, avós, netas, irmãs, cunhadas, tias, primas. Somos mais chatas do que os homens, porém, entre uma chatice e outra, somos extremamente solidárias e companheiras de farras e roubadas. Esquecemos com facilidade as alfinetadas da vida e temos sempre uma boa dica para passar adiante, seja a de um filme imperdível, de uma loja barateira ou de uma receita para esquecer da dieta. Competitivas? Talvez, mas isso não corrompe em nada a nossa predisposição para o afeto, a nossa compreensão dos medos que são comuns a todas, a longevidade dos nossos pactos, o nosso abraço na hora da dor, a nossa delicadeza em momentos difíceis, a nossa humildade para reconhecer quando erramos e a nossa natureza de leoas, capazes de defender não só nossos filhotes, mas os filhotes de todo o bando.
Aprendemos a compartilhar nossas virtudes e pecados e temos uma capacidade infinita para o perdão. Somos meigas e enérgicas ao mesmo tempo, o que perturba e fascina os que nos rodeiam. Brigamos muito, é verdade: temos unhas compridas não por acaso. Em compensação, nascemos com o dom de detectar o sagrado das pequenas coisas, e é por isso que uma amizade iniciada na escola pode completar bodas de ouro e uma empatia inesperada pode estimular confidências nunca feitas. Amamos os homens, mas casadas, mesmo, somos umas com as outras."


Martha Medeiros


Sou grata pela homenagem da amiga Dulce Dorneles

Eu poderia ver a paz em vez disso




"A maioria de nós passa pela vida com o sistema de crenças que diz que a nossa felicidade ou a nossa miséria é determinada em grande parte pelos acontecimentos do nosso ambiente e pelas reações das outras pessoas a nós. Muitas vezes sentimos que a nossa felicidade depende de boa ou má sorte, pela qual temos pouca responsabilidade.
Esquecemo-nos de instruir nossa mente para mudar percepções do mundo e de tudo o que existe nele. Esquecemo-nos de que a paz da mente é mais um estado interior e que é a partir dessa paz da mente que percebemos o mundo como um lugar cheio de paz.
A tentação de reagir com raiva, depressão ou excitação existe por causa das interpretações que fazemos dos estímulos externos do nosso ambiente. Essas interpretações se baseiam essencialmente numa percepção incompleta.
Quando remoemos longamente os eventos passados ou antecipamos acontecimentos futuros, estamos vivendo no reino da fantasia. O que quer que seja real em nossa vida só pode ser experienciado agora. Bloqueamos a possibilidade de experiências novas e diferentes quando procuramos reviver no presente as lembranças de episódios do passado, tanto os dolorosos quanto os agradáveis. Estamos, por isso mesmo, em estado de conflito permanente em relação aos acontecimentos concretos do presente do presente e incapazes de perceber diretamente as oportunidades de felicidade que estão à nossa volta.
repita para si mesmo sempre que sentir sua paz ameaçada por alguma coisa ou por alguém: 'Escolho ver a unidade da paz em vez da fragmentação do medo'.
Eu poderia ver a paz em vez disso".
Gerald Jampolsky - "Amar é libertar-se do medo"
Texto enviado pela amiga Eliane.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Você já é o Todo...




Jesus disse: "Eu sou o Todo." Você também é o Todo — Jesus está dizendo aquilo que deveria ser simplesmente conhecido por todos, ser sentido por todos.Você é o Todo, é a fonte de Tudo, e o Todo está se movendo na sua direção. Jesus é só um representante do que você é. Ele não está dizendo nada sobre si mesmo, está dizendo algo sobre você.Você é a semente de mostarda, ele se tornou a árvore — ele está afirmando algo sobre você. Está dizendo: "Eu sou o Todo." O que isso significa? Significa que você também pode se tornar o Todo.Você já é o Todo, mas não tem consciência disso.

Osho, em "A Semente de Mostarda"Fonte:http://www.palavrasdeosho.com/
Imagem por evoo73

CADA UM SERÁ JULGADO NO FINAL ?






Uma outra visão...



15. CADA UM SERÁ JULGADO NO FINAL?

1. Será, sim! Ninguém pode escapar do Julgamento Final de Deus. Quem poderia fugir da verdade para sempre?
Mas o Julgamento Final só virá quando deixar de ser associado com o medo.
Um dia, cada um dar-lhe-á as boas-vindas e, nesse mesmo dia, o Julgamento Final ser-lhe-á dado.
Cada um ouvirá a sua impecabilidade proclamada em todas as partes do mundo, libertando-o na medida em que recebe o Julgamento Final de Deus.
Neste Julgamento está a salvação.
Este é Julgamento que virá libertá-lo.
Este é o Julgamento no qual todas as coisas são libertadas juntamente com ele.
O tempo pára à medida em que a eternidade se aproxima e o silêncio cai sobre o mundo para que
todos possam ouvir o seguinte Julgamento sobre o Filho de Deus:


Tu és santo, eterno, livre e íntegro, para sempre em paz no Coração de Deus.
Onde está o mundo e onde está o pesar agora?



2. É esse o teu julgamento sobre ti mesmo, professor de Deus? Acreditas que isto seja realmente
verdadeiro? Não, ainda não, ainda não. Mas esta continua ser a tua meta, a razão pela qual estás aqui. A tua função é preparares-te para ouvir este Julgamento e reconhecê-lo como verdadeiro. No instante em que acredites completamente nisto transcenderás a crença e obterás a Certeza. Um instante fora do tempo pode trazer o fim do tempo. Não julgues, pois julgas apenas a ti mesmo e, assim, adias esse Julgamento Final. Qual é o teu julgamento do mundo, professor de Deus? Já aprendeste a ficar de lado a ouvir a Voz do Julgamento em ti mesmo? Ou ainda tentas roubar-Lhe o papel que Lhe é devido? Aprende a aquietar-te pois a Voz do Julgamento é ouvida na quietude. O Seu Julgamento vem a todos os que se põem de lado a escutar em quietude e a esperar por Ele.
3.
Tu, que umas vezes estás triste e outras com raiva, que sentes que o que te é devido por vezes te é negado e que os teus melhores esforços esbarram na falta de apreciação e até no desprezo, abandona esses pensamentos tolos! São por demais pequenos e insignificantes para ocupar a tua mente santa, por mais um instante que seja. O Julgamento de Deus espera por ti para te libertar. O que pode o mundo oferecer-te, independentemente do teu julgamento sobre as dádivas mundanas que preferes possuir? Serás julgado e julgado em justiça e honestidade. Não há erro em Deus. As Suas promessas vêm com certeza. Lembra-te apenas disto. As Suas promessas garantiram que o Seu julgamento, e apenas o Seu, será aceito no final. É tua função fazer com que esse fim seja em breve. É tua função guardá-lo junto ao teu coração e oferecê-lo ao mundo todo para o manter a salvo.



UCEM - MP

Imagem enviada pela amiga Chris

COMO SERÁ O FIM DO MUNDO?

Uma outra visão...


14. COMO SERÁ O FIM DO MUNDO?



1. É possível que o que não tem começo tenha, realmente, um fim? O mundo terminará numa
ilusão, tal como começou. Porém, o seu fim será uma ilusão de misericórdia. A ilusão do perdão,
completo, sem excluir ninguém, sem limites em gentileza, cobrirá o mundo, escondendo todos os
males, ocultando todos os pecados e pondo fim à culpa para sempre. Assim termina o mundo que
foi feito pela culpa, pois agora tal mundo não tem nenhum propósito e desapareceu. O pai das
ilusões é a crença em que elas têm um propósito, que servem a alguma necessidade ou gratificam
algo que se quer. Uma vez percebidas como não tendo propósito, deixam de ser vistas. Com o
reconhecimento de que nenhum propósito lhes pode ser dado, as ilusões desapareceram. Como, a
não ser deste modo, podem todas as ilusões ter fim? Elas foram trazidas à verdade e a verdade não
as viu. Simplesmente deixou de ver o que não tem significado.
2. Até que o perdão seja completo, o mundo tem um propósito. Vem a ser o lar onde nasce o
perdão, onde cresce tornando-se cada vez mais forte e mais abrangente.
Aqui é nutrido, posto que
aqui é necessário. Um Salvador gentil, nascido onde o pecado foi feito e a culpa parece real. Aqui é
o Seu lar, pois aqui, de fato, Ele é necessário. Ele traz consigo o final do mundo. É ao Seu
Chamamento que os professores de Deus respondem, voltando-se para Ele, em silêncio, de modo a
receber o Seu Verbo. O mundo terminará quando todas as coisas nele tiverem sido corretamente
julgadas pelo Seu Julgamento. O mundo terminará com a bênção da santidade sobre si. Quando não
permanecer nenhum pensamento de pecado, o mundo acaba. Ele não será destruído, nem atacado,
nem mesmo tocado. Simplesmente deixará de parecer que existe.
3. Certamente isto parece estar distante, muito distante. “Quando não permanecer nenhum
pensamento de pecado” parece ser, de fato, um objetivo a muito longo prazo. Mas o tempo pára e
aguarda pelo objetivo dos professores de Deus. Nenhum pensamento de pecado permanecerá no
instante em que qualquer um deles aceitar a Expiação para si mesmo. Não é mais fácil perdoar um
pecado do que perdoar todos os pecados. A ilusão da ordem de dificuldade é um obstáculo que o
professor de Deus tem de aprender a ultrapassar e a deixar para trás. Um pecado perfeitamente
perdoado por um professor de Deus pode tornar a salvação completa. És capaz de compreender
isto? Não, isto não tem significado para qualquer um, nesse mundo. Entretanto, é a lição final na
qual a unidade é restaurada. Vai contra todos os pensamentos do mundo, mas assim também é o
Céu.
4. O mundo chegará ao fim quando o seu sistema de pensamento for completamente restaurado. Até
lá, pedaços e restos desse pensamento ainda parecerão fazer sentido. A lição final, que traz o fim do
mundo, não pode ser apreendida por aqueles que ainda não estão preparados para deixar o mundo e
ir além do seu diminuto alcance. Qual é, então, a função do professor de Deus nesta lição
conclusiva? Simplesmente tem de aprender como abordá-la, estar disposto a seguir nessa direção.
Simplesmente tem de confiar que, se a Voz de Deus lhe diz que esta é uma lição que ele pode
aprender, é porque é capaz de aprendê-la. Não a julga nem como difícil, nem como fácil. O Seu
Professor aponta para ela e o professor de Deus confia em que Ele lhe mostrará como aprendê-la.
5. O mundo terminará em alegria, porque é um lugar de pesar. Quando a alegria tiver vindo, o
propósito do mundo se foi. O mundo terminará em paz, porque é um lugar de guerra. Quando a paz
tiver vindo, qual é o propósito do mundo? O mundo terminará em riso, porque é um lugar de
lágrimas. Quando há sorrisos, quem mais haverá de chorar? E somente o perdão completo traz tudo
isso para abençoar o mundo. Ele parte em bênção, pois não terminará como começou. Fazer com
que o inferno vire Céu é a função dos professores de Deus, pois o que eles ensinam são lições nas
quais o Céu está refletido. E agora, senta-te em verdadeira humildade e reconhece que tudo o que
Deus quer que faças, tu és capaz de fazer. Não sejas arrogante e não digas que não és capaz de
aprender o Seu próprio currículo. O Seu Ver diz o contrário. Que a Sua Vontade seja feita. Não
pode ser diferente. E sê grato por se assim.






UCEM-MP

Imagem: Ventos de Lys

quinta-feira, 4 de março de 2010






"Penso 99 vezes e não descubro a Verdade. Paro de pensar, mergulho em profundo silêncio, e eis que a Verdade me é revelada. "

(Albert Einstein)

Texto e imagem enviados pela amiga Solange

O caminho a seguir...






"Não siga cegamente o que os outros lhe dizem. Conheça o que lhe dá serenidade, claridade e paz interior. Esse é o caminho a seguir. "
(Buda)

Texto e imagem enviados pela amiga Solange



"Só quando acordamos dos sonhos é que sabemos que estivemos sonhando. Da mesma forma, esta vida só pode ser percebida como um sonho, quando despertamos para a consciência cósmica"


Paramahansa Yoganada

O segredo da sombra




"Escondido nas sombras de nossas histórias está um grande segredo. Esse segredo guarda a chave para libertar nossa grandeza. Nosso segredo é o detentor da alegria em abundância, de possibilidades ilimitadas e de bem-aventurança Divina. Imagine que você é o guardião das jóias mais raras e valiosas da terra. Como guardião delas, você faria qualquer coisa para protegê-las. Como seres humanos, nós fazemos a mesma coisa. No fundo, sabemos que somos Divinos, que somos Sagrados.
Nossa grandeza, nossa magnificência e nossa luz são tão valiosas que empilhamos camadas sobre camada para proteger aquilo que devemos guardar. Como não nos sentimos seguros para expor essa parte do nosso ser, continuamente criamos dramas e caos para esconder o que sabemos que deve estar protegido. O nosso drama, o sofrimento, a nossa insatisfação, todos escondem o segredo da nossa luz. Quando finalmente ficarmos saturados de nossas histórias, quando elas não nos servirem mais de consolo, estaremos prontos para descobrir o dom precioso que repousa dentro de nós. Quando sentirmos que temos valor e que somos dignos de confiança para tomar conta da nossa luz, vamos nos sentir livres para libertar o maior de todos os poderes: o poder da nossa verdadeira natureza.
Deixar que nossos segredos aflorem faz com que nos tornemos íntimos do nosso "eu" mais Sagrado, da nossa essência espiritual. Desvendar nossos segredos une a nossa humanidade à nossa Divindade. Ao percorrer o caminho das nossas histórias, ao entender a nossa humanidade em toda a sua profundidade, somos abençoados com a coragem de nos mover além de nossas personas, de desistir de nossas ações, de sair de nossas histórias, ficando nus diante do nosso verdadeiro eu. Só então nos sentiremos suficientemente seguros para nos erguer em toda a nossa glória e declarar: 'Este é quem eu sou'.
Ao limpar o seu passado, você se torna capaz de experimentar a sacralidade do perdão, que abre as portas para novos patamares de auto-estima e merecimento".


Debbie Ford - "O segredo da sombra"
Partilhado pela amiga Eliane.

A BARATA DE KAFKA



Existe uma parábola de Kafka:

Certa manhã ele acordou e descobriu que era uma barata. Deve ser um sonho, ele deve ter acordado dentro de um sonho. E não era apenas isto, a barata estava de pernas para o ar, e ele conseguia ver aquelas pernas se movendo no ar, e ele não conseguia se virar para posição certa, ele estava de costas. E você pode imaginar... a miséria do homem, a agonia e a náusea. E ele tentava arduamente, mas parece que não havia jeito de se virar. Uma grande barata ocupando toda a cama.
O homem moderno tem ainda mais medo. Quem sabe no que você vai tropeçar quando mergulhar em si? Pesadelos, monstros... Quem sabe o que está lá dentro? Por que abrir a caixa de Pandora? Mantenha-a firmemente fechada e sente-se em cima. Isto é o que todo mundo está fazendo. E, sob certo sentido, o medo está certo – mas somente sob certo sentido.
No começo você encontrará baratas, rinocerontes, répteis e todo tipo de coisas horríveis – porque estas são as coisas que você esteve reprimindo em si mesmo, estas são as coisas que você não permitiu. Você reprimiu a raiva, o ciúme, a possessividade, o ódio. Você reprimiu a violência e o assassinato. Todas estas coisas estão ali. Esta é a barata que está dentro de você. A violência tornou-se uma perna, a possessividade tornou-se outra e o ciúme uma outra mais...
Quando mergulhar dentro de si, você terá que encarar tudo isto. Naturalmente, esta não é a história toda. Se você puder encarar a barata, se você puder ir cada vez mais fundo, sem qualquer medo, e observar tudo o que estiver acontecendo, e lembrando-se que ‘eu sou apenas um observador, uma testemunha a tudo isto. Eu não posso ser a barata porque eu posso ver...’ o que você consegue ver não é você.

O que eu penso sobre o terremoto no Haiti" p/ Masaru Emoto





O que eu venho dizendo nesses vinte anos é que “a água retém informação”. E a informação que mais afeta a água é a mente (ou o mental) das pessoas. Funciona como se a água fosse o espelho do nosso coração. Eu não acho que a água da profundeza seja uma exceção e eu acredito que o estado de energia de tal água reflita o estado mental das pessoas que vivem na superfície.
Texto completo em:

http://desenvolvendoaconsciencia.blogspot.com/2010/03/compartilhando-esta-mensagem-com-amor.html








Gratidão à amiga Lena por partilhar.

Suicídio: Uma Grande Lambança




Por Wagner Borges (Falando na lata sobre vida após a morte)
Dá um dó danado ver alguns desencarnados ainda pensando em suicídio. O problema desses caras não é ter saído do corpo de vez, pois é mesmo o que eles queriam quando estavam dentro da carne. Acontece que não rolou o que eles queriam verdadeiramente: o apagão da lucidez, para não ter mais que existir e pensar naquilo que eles não conseguiam enfrentar nas provas da vida.Eles descobriram que matar o corpo não significa matar a consciência. E que, dentro ou fora da carne, eles continuam os mesmos, nem mais nem menos. As coisas ruins e boas estão neles mesmos, bem lá dentro de seus espíritos.Sair do corpo não muda ninguém, só joga o espírito de volta ao seu lugar de origem, no Astral, de encontro a si mesmo, sem máscaras, carregando por dentro suas próprias características de pensar e sentir. Essa é a verdade que eles encontraram.Não conseguiram morrer, só saíram de vez de seus corpos. O suicídio não resolveu seus problemas, e ainda lhes tirou o veículo físico, por onde poderiam se expressar no plano físico para aprender as lições tão necessárias ao seu progresso.Não se resolveram com a vida nem com as pessoas. Perderam o rumo de si mesmos e entraram em rotas perigosas, prescindindo da razão e do amor. E, muitas vezes, por motivos passageiros, como tudo na vida. Deixaram-se levar por climas pessimistas e, quando se deram por si, o estrago já estava feito.Muitos deles tentaram se justificar usando mil motivos diferentes, sempre escorados em pesadas cargas emocionais e lamentos variados. Ou seja, eram mestres em reclamar da vida e das provas a que estavam submetidos. Julgavam-se vitimados pelas circunstâncias e pelas pessoas, esquecendo-se de que eles mesmos se permitiram ser machucados e rebaixados em sua auto-estima. Não souberam relevar nem olhar os eventos com outra visão, além de seus apegos e frustrações.Poderiam fazer a vida de outros jeitos, se não se julgassem vítimas do destino e escolhidos pela má sorte. Poderiam ter lutado e não ter dado guarida às emoções negativas. Poderiam muitas coisas… Mas, dentro deles, o ego negativo era tinhoso demais. Sempre arranjava um motivo para rebaixar a auto-estima e sentir-se desdenhado da sorte. Uma hora era a infelicidade no amor; outra hora era a perda de um parente ou de um amigo. Em alguns momentos, xingaram até a Deus e abominaram o valor da vida. Não conseguiam encaixar os golpes cármicos (1) e tirar as lições deles, tudo por causa do ego reclamão e com complexo de vítima.Meditar ou rezar para ganhar força e paciência, nem pensar. Em lugar disso, carradas de ironias e imprecações descabidas. Seguir algum caminho espiritual, para tentar compreender o lado oculto das coisas e encontrar algum significado em suas vidas, coisa nenhuma! A praia desses caras era o pessimismo e a revolta.Tanto fizeram, que acabaram detonando o corpo físico e perdendo o trem da vida. Mas, pegaram o trem do Astral… E chegaram na estação do Umbral! (2)Alguns se tocaram da lambança que fizeram, mas outros ainda se revoltaram (força de hábito é fogo… faziam isso na Terra, hoje repetem no Astral), e ficam gritando que querem morrer a qualquer custo. Não se tocaram de que não é possível morrer como espírito. Não notaram que na natureza das coisas nada morre, tudo se transforma.Porém, a única coisa que se transformou para eles foi o meio ambiente, agora extrafísico, regulado por outras condições e parâmetros. Por dentro, os caras não mudaram nada! Que coisa louca! Que desperdício! Que mancada! Que lambança!Por quanto tempo eles irão gritar, perdidos em si mesmos nas brumas do nada que tentaram abraçar com tanto ardor? Aliás, que ironia. Tiveram coragem para destruir o corpo, mas não tiveram a mesma fibra para agüentar o tranco de viver.Não sei por quanto tempo eles ficarão nessa agonia. Mas sei que há espíritos de luz olhando por eles e esperando o momento apropriado para abordá-los na ajuda espiritual. Também sei que as preces e energias emanadas na intenção deles, pelas pessoas bondosas da Terra, ajudam muito em sua recuperação. Como também sei que O Papai do Céu lhes dará novas chances de vida, mais à frente, nos eternos caminhos do aprendizado e da evolução.Mas dá um dó danado desse pessoal chorão! É triste vê-los clamando por uma morte que nunca virá. Embaixo da terra, os seus corpos já eram. Em cima, no Astral, eles continuam sendo consciências bem vivas. Tomara que eles aprendam logo essa lição e toquem a bola para frente, para outras jogadas, quiçá, mais felizes.Oportunamente, O Papai do Céu lhes dará a chance de jogarem o jogo da vida carnal novamente. Terão outros uniformes (corpos) e se apresentarão em campo para outras partidas. E, pela bondade de Deus, eles deixarão de serem pernas-de-pau (reclamões) e se transformarão em craques da vida.P.S: Nós aqui, da Cia. do Amor, não sabemos tudo. Não somos sábios espirituais nem mestres de ninguém. Mas jogamos limpo e fazemos aquilo que O Papai do Céu nos pede sempre: “falar na lata as verdades espirituais, sem rabo preso com nada, direto na veia, como manda o figurino”. Somos leais e bem espertos (ou seria despertos?), e valorizamos demais o dom da vida. E o amor é a coisa mais bonita que existe. NINGUÉM MORRE… A VIDA CONTINUA… VAMOS JOGAR…Na Terra ou no Astral, sejamos craques (muito felizes), jogando um bolão nos eternos campos da vida… fazendo golaços (atitude bacanas), balançando a rede e correndo para a galera (os amigos, dessa e de outras vidas), sem esquecer de agradecer ao Papai do Céu, o Dono de todos os campos e uniformes e também de todas as bolas (planetas) que rolam no gramado sideral.O mantra de hoje é: “OM SEJA FELIZ OM!”Ou seria melhor: “OM CRAQUE OM!”?A Cia. do Amor vai nessa e deixa uma AXÉZÃO para todos os leitores inteligentes e sensíveis à alegria de viver.- Cia. do Amor – A Turma dos Poetas em Flor (3).(Recebido espiritualmente por Wagner Borges – São Paulo, 07 de fevereiro de 2006.)
Texto enviado pela amiga Zezé

quarta-feira, 3 de março de 2010

Auto-conhecimento





Toda vossa ciência Ocidental tem optado pelo lado material terrestre, pelo
invólucro das coisas, sem prestar atenção ao seu interior. Mesmo ao estudar o homem,
primais pelo exame superficial do vosso corpo e não compreendeis que sois o centro de
tudo, e em vosso interior se guardam os segredos do Infinito e do Absoluto.

O auto-conhecimento a que me refiro não é, portanto o conhecimento do vosso
corpo e da matéria de que é feito, porém, o exame profundo do vosso ‘’Eu’’.
Com as três chaves anteriores – Vigilância, Intenção e Sentimento – podeis
começar o vosso exame interior. O segredo está, como já vos disse, em não fazer
esforço, em observar-se.
Lamentamos que nosso mundo oriental também se degrada aos poucos aceitando
o azáfama exterior como a actividade mais importante. Porém, os profundos
conhecedores de si mesmos jamais serão dominados
. Essa aparente invasão e conquista
se destinou, por ordem do Além, para abrir as portas dos Segredos ao Ocidente.
O auto-conhecimento através da auto-vigilância é um acto intencional que nos
levará ao profundo sentimento de amor para connosco mesmos, primeiro passo para
poder estender esse amor aos outros e ao infinito.
Pensais que seja difícil observar-se. Pensais em concentração. Objectareis que
precisais de um Guru para orientar vossa meditação.
Vou mostrar-vos o quanto é fácil, usando um sistema que veio do oriente e cujo
‘’roubo’’ os Yogues vos perdoam pela utilidade que vos possa trazer – a psicanálise, o
sofá do psiquiatra.
Tendes um problema, uma neurose, um recalque, ou outro desajustamento
qualquer? Deitai-vos no divã. Soltai vossa taramela interior. Caminhai de fato em fato
até que toqueis no fato que, jogado ao vosso mundo interior oculta, fora do vosso
controle, recalcado e esquecido, causou-vos os malefícios de que vos queixais. Tão logo
encontreis a causa e a aceitais, sem crítica, sem condenação e também sem aprovar, eis
que o problema todo se esfuma como que por encanto
. Isto os psiquiatras sabem fazer.
Vós podeis fazer, sempre que tiverdes problemas, frustrações, conflitos, essa vigilância
e eles sumirão. O psiquiatra, no entanto, não entende a causa de tal milagre. Explico-os:
vosso ‘’Eu’’ é um conjunto de véus ou vestes que são vossos preconceitos, recalques,
hábitos, costumes, condicionamentos, egoísmos, ambições ou desejos.
Toda vez que
conseguirdes identificar um desses véus, ele cai por terra e conseguireis ver mais para
dentro de vós mesmos.
Com o psiquiatra chegareis apenas ao ponto em que permaneceis nos
condicionamentos de vosso ambiente, ou seja, com os véus que todos vossos vizinhos
também possuem. Se trabalhardes por conta própria e examinardes um a um os véus dos
desejos, ambições, condicionamentos, preconceitos, Sem Esforço, ireis jogando-os fora
um a um até que estejais só Vós frente a Vós mesmos.
Pensais que esse fato seria aterrador?
Muitos no ocidente assim disseram e eu o tenho ouvido amiúde. Garanto-vos
que isso se deve à falta de compreensão. Se compreendêsseis o objetivo do autoconhecimento
sem ‘’egolatria’’; se percebêsseis esse auto-libertar-vos sem egoísmo,
sem a busca do poder absoluto ‘’Eu’’; se assim vos libertardes dos véus, atingireis em
breve as três chaves que se seguem.
Enquanto seguirdes as ditas Sociedades Secretas em busca de perpetuação do
vosso ‘’Eu’’ , em busca do poder e da riqueza, enquanto aceitardes as chaves secretas
para o vosso benefício, faltar-vos-á um véu a eliminar, o véu do egoísmo. Com ele não
chegareis à intuição, ao amor universal nem à Verdade.
Enquanto seguirdes as religiões em busca da salvação pessoal, egoísta, como
passagem para o Além, tereis que nascer e renascer muitas vezes para poder libertar um
dia do último véu o ‘’Eu’’ profundo que se anulará na Integração Universal.
Enquanto lerdes este livro em busca de solução externa, dada pelo guru, de nada
vos há-de servir.
Lembrai-vos bem: o auto-conhecimento é sem esforço e só pode ser feito por
vós mesmos. O auto-conhecimento liberta. Na medida em que vos conhecerdes, ficareis
mais leves, pois livres dos véus.



A Mensagem Eterna dos Mestres


Livro recebido da amiga Zezé..
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VOCÊ NÃO É O QUE PENSA




VOCÊ NÃO É O QUE PENSA Eckhart Tolle

"Não vemos as coisas como são; as vemos como nós somos" Eckhart Tolle

Eckhart Tolle, um homem de aspecto débil, não parece corresponder à imagem do clássico guru; e tem muito claro que esse não é o lugar que deseja ocupar: "não tenho nada para lhe dar; busque em seu interior" - diz.
E esse é o desafio que propõe: acessar um conhecimento interno, que não pertence a ordem da mente, que reside em um lugar não determinado e que será uma descoberta pessoal; Eckhart nos sinaliza um pouco esse caminho de um modo quase provocativo: "você não é o que pensa; deixe de se identificar com a mente".
Eckhart foi pesquisador e supervisor na Universidade de Cambridge. Aos vinte e nove anos experimentou uma profunda transformação espiritual que mudou sua vida. Dedicou os anos seguintes a compreender, integrar e aprofundar essa transformação, que marcou o começo de uma intensa viagem interior.
Entre seus livros cabe destacar "O Poder do Agora" (*) que lhe trouxe inúmeros leitores em todo o mundo e "O Poder do Silêncio" (**), livro surpreendente e intimista, onde as palavras parecem sussurrar a partir do fundo de um profundo estado meditativo.


O que segue é uma entrevista onde fala sobre os obstáculos para a iluminação ou o que poderíamos chamar "as armadilhas da mente".

Pergunta: O que é Iluminação?

ECKHART TOLLE:
Um mendigo tinha estado sentado à beira de um caminho durante mais de 30 anos.Um dia passou por ali um estranho."Tens algumas moedas?", murmurou o mendigo, estirando mecanicamente o braço com seu velho gorro."Não tenho nada para te dar", respondeu o estranho.E logo perguntou, "O que é isso sobre o que estás sentado?"."Nada", replicou o mendigo, "só uma caixa velha. Tenho estado sentado sobre ela desde que tenho memória". "Alguma vez olhaste o seu interior?", perguntou o estranho."Não", respondeu o mendigo, "Para quê? Não há nada dentro"."Dá uma olhada", insistiu o estranho.
O mendigo conseguiu entreabrir a tampa.Para seu assombro, incredulidade e euforia descobriu que a caixa estava cheia de ouro.
Eu sou esse estranho que não tem nada para lhe dar e que lhe diz que olhe em seu interior.Não dentro de alguma caixa - como na parábola - mas em um lugar ainda mais próximo: dentro de você mesmo.
"Mas não sou um mendigo", posso lhe ouvir dizer.Aqueles que não descobriram sua verdadeira riqueza - a brilhante jóia do Ser e a profunda e inalterável paz que se encontra nesse lugar -, são mendigos, ainda quando tenham grande riqueza material.
Buscam externamente restos de prazer ou plenitude – para a validação, para a segurança ou para o amor -, enquanto em seu interior têm um tesouro que não apenas inclui todas essas coisas, mas que é infinitamente maior que qualquer coisa que o mundo possa oferecer.
A palavra "iluminação" evoca a idéia de alguma conquista sobre-humana, e o ego gosta de ver assim; entretanto, trata-se simplesmente do seu estado natural de união com o Ser. É um estado de conexão com algo incomensurável e indestrutível, algo que, quase como um paradoxo, é você em essência e que, entretanto, é muito maior que você. É o encontro de sua verdadeira natureza, além de nomes e formas; a incapacidade de encontrar esta conexão, da origem à ilusão de separação de você mesmo e do mundo que o rodeia.
Percebe então a você mesmo, consciente ou inconscientemente, como um fragmento isolado. Surge o temor, e o conflito - interno e externo - se torna habitual.
Gosto da maneira simples como Buda define o estado de iluminação: "o fim do sofrimento".Há acaso algo sobre-humano nisto?É claro, como definição é incompleta.Só te diz o que a iluminação não é: não é sofrimento.Mas, o que é que fica quando já não há sofrimento?
O Buda guarda silêncio a respeito, e seu silêncio implica que você terá que descobrir isso por você mesmo.
Utilize uma definição negativa, de modo que a mente não possa transformá-la em algo em que acreditar ou em alguma conquista sobre-humana, em uma meta que lhe seja impossível alcançar. Apesar desta precaução, a maioria dos budistas segue acreditando que a iluminação é para o Buda - não para eles - ao menos por esta vida.

Pergunta: Você utilizou a palavra "Ser". Pode explicar a que se refere com isso?
ECKHART TOLLE:
O Ser é a Vida Única eterna e onipresente que se encontra além das inúmeras formas de vida que estão sujeitas ao nascimento e à morte. Entretanto, o Ser não apenas se encontra mais além, mas na profundidade de cada forma, como sua essência mais interna, invisível e indestrutível. Isto significa que isso está a seu alcance agora, como sua natureza mais verdadeira, seu eu mais profundo.
Mas não tente compreendê-la com a mente.Não trate de compreendê-la.Só pode conhecê-la quando a mente estiver quieta.
Quando você está presente, quando sua atenção se encontra de forma total e intensa no Agora, poderá sentir o Ser. Mas ele nunca poderá ser compreendido com a mente.
Tomar novamente consciência do Ser e viver nesse estado de "consciência sentida" é a iluminação.

Pergunta: Quando você fala no Ser, está falando de Deus? E se está, por que não usa essa palavra?
ECKHART TOLLE:
A palavra "Deus" perdeu completamente seu significado, através de milhares de anos de mau uso. A utilizo às vezes, muito raramente.
Por "mau uso", me refiro a pessoas que nunca tiveram sequer um vislumbre do âmbito do sagrado, da infinita imensidão existente por trás dessa palavra, a utilizarem com grande convicção, como se soubessem do que falam. Ou ainda, argumentam contra, como se soubessem o que estão negando.
Este mau uso origina crenças, afirmações e ilusões egóicas absurdas, como "Meu Deus ou nosso Deus é o único Deus verdadeiro, e o teu é falso", ou a famosa frase de Nietzche: "Deus está morto".
A palavra Deus se transformou em um conceito fechado. Tão logo a palavra é pronunciada, se forma uma imagem mental - talvez não mais de um ancião de barba branca -, mas segue sendo uma representação mental de alguém ou algo fora de ti; e, sim, quase inevitavelmente, um algo ou alguém masculino.
Nem "Deus", nem o "Ser", nem nenhuma outra palavra podem definir ou explicar a inefável realidade que se encontra por trás da palavra, de modo que a única pergunta importante é se a palavra é uma ajuda ou um obstáculo, para te permitir experimentar Aquele ao qual ela aponta.
Ela aponta por acaso para além de si mesma, para essa realidade transcendente, ou se presta muito facilmente a transformar-se em nada mais que uma idéia, una crença em sua cabeça, um ídolo mental?
A palavra "Ser" não explica nada, mas tampouco a palavra "Deus"."Ser", entretanto, tem a vantagem de ser um conceito aberto: não reduz o infinito invisível a uma entidade finita. É impossível formar uma imagem mental dele. Ninguém pode adjudicar a posse exclusiva do Ser.
É sua própria essência, estando acessível a você de imediato como a sensação de sua própria presença, a sensação do "Eu Sou" prévia do "Eu sou isto ou aquilo".
Assim que só há um pequeno passo entre a palavra "Ser" e experimentar o Ser.

Pergunta: Qual é o maior obstáculo para experimentar esta realidade?
ECKHART TOLLE:
A identificação com sua mente, o que faz com que o pensamento se torne compulsivo.
Não poder deixar de pensar é uma espantosa calamidade, mas não nos damos conta disto porque quase todo o mundo sofre disto, assim que é considerado "normal".
Este ruído mental incessante o impede de encontrar esse domínio de quietude interna que é inseparável do Ser. Isto também cria um falso "eu" – fabricado pela mente -, que estende uma sombra de temor e sofrimento. Examinaremos tudo isso em mais detalhe mais adiante.
O filósofo Descartes acreditou ter encontrado a verdade mais fundamental quando formulou sua famosa frase: "Penso, logo existo". De fato, expressou com isso o erro mais fundamental: igualar o pensar com o Ser e a identidade com o pensar.
O pensador compulsivo - e quase todo o mundo o é - vive em um estado de aparente separação, em um insanamente complexo mundo de problemas e conflitos contínuos, um mundo que reflete a crescente fragmentação da mente.
A iluminação é um estado de "plenitude", de ser um e, portanto, se está em paz.Você é um com a vida em seu aspecto manifesto - o mundo - assim como com seu eu mais profundo e a vida não manifesta - um com o Ser-.
A iluminação não é só o fim do sofrimento e do contínuo conflito interno e externo, mas também o fim da horrível escravidão do pensamento incessante. Que incrível liberação é!
Identificar-se com a sua mente gera uma cortina opaca de conceitos, etiquetas, imagens, palavras, julgamentos e definições que impedem toda relação verdadeira. A cortina se interpõe entre você e você mesmo, entre você e os demais homens e mulheres, entre você e a natureza, entre você e Deus.
É esta cortina de pensamento que cria a ilusão da separação, a ilusão de que há um você e um "outro" inteiramente separado.
Você esquece então a realidade essencial de que, sob o nível das aparências físicas e das formas separadas, você é um com tudo o que existe.
Com "esquece", me refiro a que você já não consegue sentir esta união como uma realidade evidente por si mesma. Pode acreditar que é assim, mas já não sabe se é ou não.
Uma crença pode ser tranqüilizadora.Só é libertadora, entretanto, através de sua própria experiência.
Pensar se voltou uma enfermidade.A enfermidade se apresenta quando as coisas se desequilibram.
Por exemplo, não há nada errado com o fato das células se dividirem e multiplicarem no corpo, mas quando este processo prossegue de forma independente do organismo completo, as células proliferam e ocorrerá uma enfermidade.
A mente é um instrumento soberbo se a usamos corretamente.Se a usamos de forma incorreta, entretanto, se torna muito destrutiva.
Para ser mais preciso, não se trata tanto de que você use sua mente de modo incorreto - em geral você não a usa para nada -. Ela é que usa você. Essa é a enfermidade.
Você acredita que você é a sua mente.Esse é o delírio.O instrumento se apropriou de você.

Pergunta: Não estou inteiramente de acordo. É certo que penso muito, sem sentido algum - como a maioria das pessoas -, mas ainda posso utilizar minha mente para obter coisas, e faço isso todo o tempo.
ECKHART TOLLE:
Só porque você pode decifrar um enigma de palavras ou construir uma bomba atômica, não significa que pode utilizar sua mente.
Tal como os cachorros gostam de morder ossos, a mente gosta de cravar seus dentes nos problemas.
É por isso que resolve enigmas e constrói bombas atômicas.A você não interessam essas coisas.
Permita-me perguntar isto:Você pode liberar-se de sua mente cada vez que quer?Encontrou o botão que detém todo o mecanismo?

Pergunta: Você se refere a deixar de pensar? Não, não posso fazê-lo, exceto talvez por uns instantes.
ECKHART TOLLE:
Então a mente utiliza você.
Inconscientemente, você se identificou com ela, de modo que nem sequer se dá conta de que é seu escravo. É quase como se fosse possuído sem se dar conta: você acredita que a entidade que se apoderou de você é você mesmo.
A liberdade se inicia a partir do momento em que você se der conta de que não é essa entidade que tomou posse de você - o pensador -.
Saber isto lhe permite observar a entidade.
Você apenas começa a observar o pensador, começa a ativar-se um nível mais alto de consciência. Você começa então a dar-se conta de que há um enorme âmbito de inteligência mais além do pensamento, e que esse pensamento é só um diminuto aspecto dessa inteligência.
Também você se dá conta de que todas as coisas que realmente importam -a beleza, o amor, a criatividade, a alegria, a paz interior- tem sua origem mais além da mente.
Você começa a despertar.
Texto enviado pelo amigo José Carlos
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