terça-feira, 30 de junho de 2009
"A expressão comum é 'Eu amo você'. Mas, em vez de 'Eu amo você', seria melhor dizer 'Eu sou amor - eu sou a corporificação do puro amor'. Retirem o eu e o você, e vocês descobrirão que há apenas um amor. É como se o amor estivesse aprisionado entre o eu e o você. Retirem o eu e o você, pois eles são irreais; eles são muros auto-impostos que não existem. O abismo entre o eu e o você é o ego. Quando o ego é retirado, a distância desaparece, e o eu e o você também desaparecem. Eles emergem para se tornar um - e isso é o amor. Você confere ao eu e ao você a realidade deles. Removam esse suporte e eles desaparecerão. Então se perceberá não o 'Eu amo você', mas o 'Eu sou esse amor que envolve tudo'."
(Amma)
Quando você dá um passo, surge uma ponte
- "Mudanças acontecem
Imagine que, agora mesmo, você chegou a um ponto da vida no qual você deve "dar o próximo passo". Como será o passo?
No filme "Indiana Jones e a Última Cruzada", há uma cena na qual Indiana, representado por Harrison Ford, fica na beira de um precipício muito profundo. Do outro lado do precipício, está o Santo Graal - o símbolo dos tesouros de Deus. Parece não haver maneira de atravessar o precipício. O tempo é limitado. Finalmente, a pipoca acaba e os créditos do final estão prestes a rolar!
Indina consulta um antigo pergaminho para saber como vai dar o passo. Há nele uma figura antiga caminhando pelo ar sobre o abismo.
- Este deve ser um salto de fé - diz Indiana. Enquanto isso, seu agonizante pai, representado por Sean Connery, implora ao filho:
- Você precisa crer.
Indiana dá o passo. Ele avança sobre o que parece ser ar puro e seu pé encontra uma ponte à sua espera. Brilhante! Com um único passo, o Santo Graal está a seu alcance.
Em meus seminários, costumo mencionar essa cena. De vez em quando, alguém me lembra de que é apenas uma história. É verdade. Entretanto, ilustra de maneira cabal uma verdade universal: quando você dá um passo adiante, sua vida prossegue. Se Indiana Jones houvesse esperado aparecer uma ponte antes de dar um passo, teria esperado para sempre. A ponte já estava lá. Ele só teve de dar um passo para vê-la.
Dar o passo seguinte em sua vida diz respeito à confiança e à fé. O poder da fé leva você para além da extremidade de suas próprias percepções, até um outro mundo de novas possibilidades. Fé é a ponte que leva você do medo à liberdade, do velho para o novo, do passado para o presente, da carência para a abundância, do ego para Deus.
"E se você der um passo e não houver a ponte?". Essa pergunta revela a fé da pessoa. Os cínicos receiam ter queimado todas as suas pontes. Eles não acreditam mais em pontes e por isso não vêem pontes. Acreditar é ver! Em contraste, os otimistas sabem que sempre há uma ponte. Senão, eles aprendem a voar! O passo seguinte leva você a algum lugar.
A vida está repleta de passos de Indiana Jones. Pessoalmente, nunca me senti completamente pronto para escrever um novo livro. O segredo está em começar. Sem um passo de Indiana Jones, não haveria arte, não haveria sinfonias, poesia, enredos de filme, inovação, genialidade, descobertas, novos relacionamentos, aventura.
O amor está cheio de passos de Indiana Jones. Pedir para sair com alguém é um passo de Indiana Jones. Dizer "sim" também é um passo de Indiana Jones. Abrir novamente seu coração para o amor é um passo de Indiana Jones. O mesmo se pode dizer do compromisso, da confiança, do casamento, da intimidade, da coabitação, de um novo compromisso, da paternidade, etc. Nunca conheci quem se sentisse completamente pronto para ser pai ou mãe. A gente aprende com o tempo.
Um passo é tudo o que você precisa para encontrar a sua ponte - um "sim", um ato de coragem, um pensamento radical, uma mudança de percepção, uma ousadia, uma prece, um momento de perdão, uma desculpa, um telefonema. Lembre-se, você é o alquimista. O mundo reflete sua intenção, sua confiança e sua fé. Ou você espera, ou você começa a andar.
A menos que escolha a felicidade,vai esperar por ela para sempre.
A menos que tenha uma nova intenção,o resultado será o mesmo.
A menos que abra mão do passado,você não verá o presente.
A menos que abaixe suas defesas,você nunca atingirá a segurança.
A menos que você se dedique antes à beleza,você nunca a verá.
A menos que você esteja pronto para amar,você nunca encontrará o amor.
A menos que renuncie a seu ego,você nunca descobrirá seu espírito.
Imagine que existe um lugar em você que é a perfeita integridade, a perfeita sabedoria e a perfeita paz. Agora, entre nesse lugar. Ele é seu Santo Graal. Peça orientação aí, perguntando "Qual é a próxima etapa?" em seus relacionamentos, em seu trabalho e em sua jornada espiritual pela vida. Lembre-se, você não precisa dar esse passo sozinho. Você pode imaginar alguém que o inspire caminhando ao seu lado. Se não obtiver uma orientação clara, esteja pronto para dar o próximo passo, seja como for. Até a abertura é um próximo passo.
(desconheço a autoria )
O reconhecimento do Espírito
1. Vês a carne ou reconheces o espírito. Não é possível nenhuma transigência entre os dois. 5e um é real, o outro tem que ser falso, porque o que é real nega o seu oposto. Não existe nenhuma escolha na visão, exceto essa. O que decides em relação a isso define tudo o que vês e pensas que é real e manténs como verdadeiro. Dessa única escolha depende todo o teu mundo, pois aqui estabeleceste o que tu és, carne ou espírito na tua própria crença. Se escolhes a carne, jamais escaparás ao corpo como tua própria realidade, pois escolheste que queres assim. Mas escolhe o espírito e todo o Céu se inclina para tocar os teus olhos e abençoar a tua vista santa, para que não mais possas ver o mundo da carne exceto para confortar e curar e abençoar.
2. A salvação é desfazer. Se escolhes ver o corpo, contemplas um mundo de separação, de coisas que não são relacionadas entre si e acontecimentos que não fazem absolutamente nenhum sentido. Esse aparece e desaparece na morte; aquele está condenado ao sofrimento e à perda. E ninguém é exatamente como era um instante antes e nem será como é agora daqui a um instante. Quem poderia ter confiança quando tanta mudança é vista, pois quem poderia ser digno se não passa de pó? A salvação é o desfazer de tudo isso. A constância surge na vista daqueles cujos olhos a salvação liberou da contemplação do custo da manutenção da culpa porque escolheram soltá-la em vez de mantê-la.
3. A salvação não pede que vejas o espírito e não percebas o corpo. Ela meramente pede que essa seja a tua escolha. Pois podes ver o corpo sem ajuda, mas não compreendes como contemplar um mundo à parte dele. É o teu mundo que a salvação vai desfazer e te deixará ver um outro mundo, que os teus olhos jamais poderiam achar. Não te preocupes com a forma como isso pode acontecer. Não compreendes como o que vês surgiu à tua vista. Pois se compreendesses, já teria desaparecido. O véu da ignorância cobre o mal e o bem e tem que ser ultrapassado para que ambos possam desaparecer, de tal modo que a percepção não ache nenhum lugar para se esconder. Como se faz isso? Não se faz absolutamente nada. O que poderia haver dentro do universo que Deus criou que ainda tivesse que ser feito?
4. Só na arrogância poderias conceber que tens que aplainar o caminho para o Céu. A ti é dado o meio através do qual podes ver o mundo que irá substituir aquele que fizeste. Seja feita a tua vontade! No Céu assim como na terra, isso é para sempre verdadeiro. Não importa onde acreditas que estejas, nem o que pensas que tem que ser realmente a verdade a respeito de ti mesmo. O que olhas não faz diferença, nem o que escolhes pensar, sentir ou desejar. Pois o Próprio Deus disse: “Seja feita a tua vontade.” E conseqüentemente ela é feita para ti.
5. Tu, que acreditas que podes escolher ver o Filho de Deus como queres que ele seja, não te esqueças que nenhum conceito de ti mesmo poderá opor-se à verdade do que tu és. Desfazer a verdade seria impossível. Mas conceitos não são difíceis de mudar. Uma única visão, claramente vista, que não se adequa ao retrato tal como era percebido antes, mudará o mundo para olhos que aprendem a ver porque o auto conceito terá sido mudado.
6. És invulnerável? Então o mundo, no teu modo de ver, não pode causar dano. Perdoas? Então, o mundo perdoa, pois tu perdoaste as ofensas do mundo e assim ele olha para ti com olhos que vêem como os teus. És um corpo? Nesse caso, o mundo todo é percebido como traidor e disposto a matar. És um espírito, sem a morte e sem a promessa da corrupção e a mancha do pecado sobre ti mesmo? Nesse caso, o mundo é visto como estável, inteiramente digno da tua confiança; um lugar feliz no qual se descansa por algum tempo, onde nada precisa ser temido, mas ap~nas amado. Quem não é bem-vindo para aquele que é benigno de coração? E o que poderia ferir o que é verdadeiramente inocente?
7. Seja feita a tua vontade, tu, santa criança de Deus. Não importa se pensas que estás na terra ou no Céu. O que em Sua Vontade o teu Pai quer de ti não pode mudar nunca. A verdade em ti permanece tão radiante quanto uma estrela, tão pura quanto a luz, tão inocente quanto o próprio amor. E tu. és digno de que seja feita a tua vontade!
Um curso em Milagres 31:VI
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Escravidão ou liberdade ( Osho )
Ninguém é corajoso o suficiente para ficar só. Você precisa de alguém. Porque é que você precisa de alguém? Você tem medo de sua própria solidão, você fica entediado consigo mesmo. E realmente, quando você está sozinho, nada parece ter sentido. Com alguém, você fica ocupado e cria sentidos artificiais a sua volta. Você não precisa viver para si mesmo, então começa a viver para uma outra pessoa. E o mesmo, é o caso com a outra pessoa... ele ou ela não pode viver só, então procura alguém. Duas pessoas com medo de suas próprias solidões se juntam e começam a jogar um jogo de amor. Mas no fundo ela estão procurando apego, compromisso, cativeiro. Directamente não se pode pedir por escravidão, é muito humilhante. E directamente não se pode dizer a alguém: "Torne-se meu escravo" . A pessoa se revoltaria! Nem se pode dizer: " Quero me tornar seu escravo". Assim, você diz: "Não posso viver sem você". Mas o significado está presente, ele é o mesmo. E quando o desejo real é satisfeito, o amor desaparece, o amor falso. Então você sente o cativeiro, a escravidão, e começa a lutar para se livrar. Lembre-se disto este é um dos paradoxos da mente: tudo o que você obtém, você se entedia, e tudo que você não obtém, você o almeja. Quando está só, almeja alguma escravidão, algum cativeiro. Quando está aprisionado, começa a almejar e ansiar pela liberdade.
domingo, 28 de junho de 2009
sábado, 27 de junho de 2009
Aquele que encontrou ambos, amor e renúncia Osho
Muito difícil de entender, o próprio extremo da ilogicidade... Nós podemos entender o amor, mas e a renúncia então? Nós podemos entender a renúncia mas e o amor então? Eles parecem ser a maior contradição possível. Quando vc ama, como pode renunciar? E quando vc renuncia como pode amar?
Tente enteder isso. O amor comum é uma espécie de sono: vc torna-se apegado ao objeto do amor, começa a sentir ciúmes, torna-se possessivo -- e a sua possessividade e o seu ciúme realmente envenenam todo o amor. Eles o destroem. O amor é destruído pelo ciúme, possessividade. No momento em que tenta possuir o seu amor-objeto, vc nega o amor, já negou. Vc declarou que não ama.
O amor só é possível se não existe possessividade ou ciúme. Isto significa que o amor conseguiu a renúncia. Vc ama a pessoa mas renunciou a possessividade; vc ama a pessoa mas renunciou o ciúme; vc ama a pessoa mas não faz dele ou dela um escravo; vc ama a pessoa mas respeita a sua liberdade; vc ama a pessoa mas o seu amor não se torna uma prisão. Vc ama mas ainda assim permanece desapegado. Vc ama, ama tremendamente, mas ainda assim não depende; isso é renúncia.
Se o seu amor for tão grande que possa conter a renúncia, somente então é amor. Se a sua renúncia for tão grande que possa conter o amor, somente então é renúncia. E um homem que possa estar amando e ainda assim em renúncia é o maior crescimento, o destino. Esse é o destino que estamos procurando. E, a menos que seja atingido, vc nunca se sentirá preenchido.
Kabir diz: Aquele que encontrou ambos, amor e renúncia nunca desce até a morte .
Osho
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Amor incondicional
Tantos tipos de amor tenho visto por aí.
Amores fracos, desnutridos de coragem; amores fortes, que atravessam muitas barreiras, mas que em certo momento tropeçam numa pequena pedra, caem e não conseguem mais se levantar.
De tantos e todos os tipos de amor que conheci, houve um que jamais esquecerei: o amor incondicional, aquele que existe apesar de, e que atravessa qualquer tipo de tempestade, tropeça em muitos obstáculos e mesmo assim não deixa de existir; não altera a sua rota, não diminui a sua dimensão, não perde o seu peso, não permite que o seu brilho seja ofuscado.
Só ama incondicionalmente quem é possuidor de uma alma grande, e esse tipo de alma normalmente é acompanhada de um espírito de luz.
Amar assim é não viver subjugado a "mas..." e "poréns...", é não ter critérios para doar esse amor, é não exigir troca e abrir mão de reciprocidade.
Quando se ama incondicionalmente tem um espaço dentro do cérebro que fica reservado em definitivo para que nas vinte e quatro horas do dia o pensamento não se afaste do objeto desse amor.
Já no coração, não existe um espaço designado para guardá-lo, porque ele é todo esse amor, vivenciado e sentido enquanto ele bater.
Amor incondicional não tem orgulho de nenhuma espécie.
Não se envaidece de sua capacidade, nem de sua força, não tem necessidade de alardear a sua existência, nem demonstrar o seu imenso universo, ele é simplesmente um amor humilde, puro e despretensioso e justo por isso se torna grandioso.
Corações que vivem esse tipo de amor, são generosos, eternos, mesmo depois que param de bater, são sublimes e por isso conseguem guardar dentro deles tanta ternura.
Amor incondicional não faz de conta que é, não se obriga a desistir de si mesmo, não precisa viver de fantasias, nem andar travestido de ilusões para prosseguir o seu caminho.
Esse amor do qual estou falando é por si só inteiro, não agoniza e muitas vezes inexiste aos olhos dos outros, mas quem ama incondicionalmente, sabe a receita exata de como vivê-lo sem dores.
Felizes daqueles que despertam essa maneira de amar em alguém, esses sim, têm motivos de sobra para se orgulhar por terem conseguido atingir de forma tão especial um coração carregado do mais puro dos sentimentos.
Amor se torna incondicional quando ele já se acomodou dentro do peito, já se conformou com a estrada que terá que percorrer e já não há mais possibilidade de derrapar em nenhuma curva desse caminho, nem ser atropelado por qualquer dúvida.
É quando também, o que ficou para trás já não importa e o que está por vir não vai mudar nada.
O amor incondicional é aquele que doa o melhor de si, mesmo que esteja recebendo o pior de alguém, porque ele não depende de ser querido, nem de ser aceito e não esmorece se for ignorado.
Esse amor é daqueles amores que no passado já sangraram muito, latejaram, abriram enormes feridas, mas que ainda assim não deixaram marcas nem cicatrizes, porque a partir daí, resplandeceram e passaram a viver em eterno estado de graça até o instante que se eternizaram.
O amor incondicional não corre atrás de sonhos impossíveis, não precisa disso.
Ele já é maduro, há muito deixou de ser adolescente, e envelhecer também não está nos seus planos, porque o amor que se torna velho, é um amor cansado, desgastado, exaurido.
Já o incondicional é e sempre será, ativo, independente, coerente, auto-suficiente, porque se reserva o direito de ser solitário e ainda assim completo e realizado, porque reside nele a certeza de sua inocência, pureza e sinceridade.
Existe um encontro marcado entre o amor incondicional, a glória e o esplendor em algum canto do mundo, em algum instante da vida ou em algum momento após a morte, mas ele não conta os dias para isso, nem sequer consulta o relógio, embora para ele, o momento desse encontro seja a grande magia da sua existência.
Amor incondicional é de uma elegância imensurável, de uma postura invejável e de uma personalidade única.
Felizes daqueles que são merecedores de serem amados incondicionalmente e mais felizes ainda, aqueles que se permitem amar assim, porque são eles os grandes heróis da vida.
Infelizes daqueles que não conseguem perceber quando despertam esse tipo de amor, que não têm a sensibilidade de sentí-lo ao seu redor e valorizá-lo independente do que podem oferecer a ele.
Amar incondicionalmente é uma arte.
Ser amado assim, um presente divino.
Anne Parker
Amores fracos, desnutridos de coragem; amores fortes, que atravessam muitas barreiras, mas que em certo momento tropeçam numa pequena pedra, caem e não conseguem mais se levantar.
De tantos e todos os tipos de amor que conheci, houve um que jamais esquecerei: o amor incondicional, aquele que existe apesar de, e que atravessa qualquer tipo de tempestade, tropeça em muitos obstáculos e mesmo assim não deixa de existir; não altera a sua rota, não diminui a sua dimensão, não perde o seu peso, não permite que o seu brilho seja ofuscado.
Só ama incondicionalmente quem é possuidor de uma alma grande, e esse tipo de alma normalmente é acompanhada de um espírito de luz.
Amar assim é não viver subjugado a "mas..." e "poréns...", é não ter critérios para doar esse amor, é não exigir troca e abrir mão de reciprocidade.
Quando se ama incondicionalmente tem um espaço dentro do cérebro que fica reservado em definitivo para que nas vinte e quatro horas do dia o pensamento não se afaste do objeto desse amor.
Já no coração, não existe um espaço designado para guardá-lo, porque ele é todo esse amor, vivenciado e sentido enquanto ele bater.
Amor incondicional não tem orgulho de nenhuma espécie.
Não se envaidece de sua capacidade, nem de sua força, não tem necessidade de alardear a sua existência, nem demonstrar o seu imenso universo, ele é simplesmente um amor humilde, puro e despretensioso e justo por isso se torna grandioso.
Corações que vivem esse tipo de amor, são generosos, eternos, mesmo depois que param de bater, são sublimes e por isso conseguem guardar dentro deles tanta ternura.
Amor incondicional não faz de conta que é, não se obriga a desistir de si mesmo, não precisa viver de fantasias, nem andar travestido de ilusões para prosseguir o seu caminho.
Esse amor do qual estou falando é por si só inteiro, não agoniza e muitas vezes inexiste aos olhos dos outros, mas quem ama incondicionalmente, sabe a receita exata de como vivê-lo sem dores.
Felizes daqueles que despertam essa maneira de amar em alguém, esses sim, têm motivos de sobra para se orgulhar por terem conseguido atingir de forma tão especial um coração carregado do mais puro dos sentimentos.
Amor se torna incondicional quando ele já se acomodou dentro do peito, já se conformou com a estrada que terá que percorrer e já não há mais possibilidade de derrapar em nenhuma curva desse caminho, nem ser atropelado por qualquer dúvida.
É quando também, o que ficou para trás já não importa e o que está por vir não vai mudar nada.
O amor incondicional é aquele que doa o melhor de si, mesmo que esteja recebendo o pior de alguém, porque ele não depende de ser querido, nem de ser aceito e não esmorece se for ignorado.
Esse amor é daqueles amores que no passado já sangraram muito, latejaram, abriram enormes feridas, mas que ainda assim não deixaram marcas nem cicatrizes, porque a partir daí, resplandeceram e passaram a viver em eterno estado de graça até o instante que se eternizaram.
O amor incondicional não corre atrás de sonhos impossíveis, não precisa disso.
Ele já é maduro, há muito deixou de ser adolescente, e envelhecer também não está nos seus planos, porque o amor que se torna velho, é um amor cansado, desgastado, exaurido.
Já o incondicional é e sempre será, ativo, independente, coerente, auto-suficiente, porque se reserva o direito de ser solitário e ainda assim completo e realizado, porque reside nele a certeza de sua inocência, pureza e sinceridade.
Existe um encontro marcado entre o amor incondicional, a glória e o esplendor em algum canto do mundo, em algum instante da vida ou em algum momento após a morte, mas ele não conta os dias para isso, nem sequer consulta o relógio, embora para ele, o momento desse encontro seja a grande magia da sua existência.
Amor incondicional é de uma elegância imensurável, de uma postura invejável e de uma personalidade única.
Felizes daqueles que são merecedores de serem amados incondicionalmente e mais felizes ainda, aqueles que se permitem amar assim, porque são eles os grandes heróis da vida.
Infelizes daqueles que não conseguem perceber quando despertam esse tipo de amor, que não têm a sensibilidade de sentí-lo ao seu redor e valorizá-lo independente do que podem oferecer a ele.
Amar incondicionalmente é uma arte.
Ser amado assim, um presente divino.
Anne Parker
quinta-feira, 25 de junho de 2009
“EU OUVI DIZER” - Por Osho
- Certa vez, Gautama Buda estava passando por uma floresta no outono. A floresta estava cheia de folhas secas, e Ananda, ao encontrá-lo sozinho, perguntou-lhe: “Sempre quis perguntar isto, mas diante dos outros não pude ousar. Diga-me a verdade: você nos disse tudo que sabe ou ainda está guardando algum segredo?”Gautama Buda apanhou algumas folhas do chão e disse a Ananda: “Eu disse apenas este tanto: as folhas que você vê em minha mão. Mas o que sei é tão vasto quanto às folhas desta grande floresta. Não é que eu queira guardar isso pra mim, mas é simplesmente impossível! Até mesmo falar sobre algumas folhas é um árduo esforço, porque está acima da sua capacidade de entender. Você conhece os pensamentos; você conhece as emoções, mas nunca conheceu um estado em que todas as emoções estão ausentes, como se todas as nuvens do céu tivessem desaparecido.”“Estou dando o melhor de mim”, ele disse, “porém, mais do que isso não é possível transferir por meio de palavras. Se eu puder fazer você entender apenas esse tanto: existe muito mais na vida do que as palavras podem conter; se eu puder convencê-lo de que há algo mais do que sua mente conhece, isso é suficiente. Então a semente está plantada”.Por toda a vida, Gautama Buda nunca permitiu que escrevessem o que ele dizia. Seu motivo era que, se alguém escrevesse, a atenção da pessoa ficaria dividida e ela deixaria de ser total. Ela precisaria ouvir e escrever, e o que ele estava dizendo era tão sutil que, a menos que ela fosse total, perderia a mensagem. Assim, em vez de escrever, ela deveria tentar, com toda sua totalidade e intensidade, abordar seu coração e deixar que a mensagem mergulhasse dentro de si.Ele falou por 42 anos e, após a morte dele, a primeira tarefa foi a de anotar por escrito tudo de que os discípulos se lembravam; senão, tudo estaria perdido para a humanidade. Eles fizeram um grande serviço, e também um grande desserviço. Eles escreveram coisas, mas vieram a perceber um fenômeno estranho: cada um ouviu algo diferente. Suas memórias, suas lembranças, não eram as mesmas.Surgiram 32 escolas proclamando: “Foi isso o que Buda disse...” Apenas um homem, um homem a ser lembrado para sempre, seu discípulo mais íntimo, Ananda, que nem mesmo era iluminado antes da morte de Buda... Devido à sua humildade, sabendo que “Eu não era iluminado, então como eu poderia ouvir exatamente o que vinha de uma consciência iluminada? Eu interpretarei, misturarei com meus próprios pensamentos, darei minha própria cor, minha própria nuance. Não posso carregar em mim o mesmo significado original, pois ainda não tenho aqueles olhos que podem ver, aqueles ouvidos que podem ouvir”. Devido à sua humildade, as coisas de que ele se lembrou e sobre as quais escreveu se tornaram as escrituras básicas do Budismo, e todas elas começam com: “Ouvi Gautama Buda dizer...”E todas as 32 escolas filosóficas foram aos poucos sendo rejeitadas, e seus membros eram grandes eruditos, muito melhores do que Ananda, muito mais capazes de interpretar, de dar significados às coisas, de criar sistemas a partir de palavras. E a razão dessa rejeição foi que elas omitiram um começo simples: “Ouvi...” - Elas diziam: “Gautama Buda disse...”; a ênfase estava em Gautama Buda.A versão de Ananda é a versão universalmente aceita. Estranho... havia iluminados, mas eles permaneceram em silêncio, pois o que escutaram não era possível ser expresso. E havia não-iluminados, gênios da filosofia, muito articulados, e eles escreveram grandes tratados, mas não foram aceitos. E a pessoa que não era iluminada, que não era um grande filósofo, mas apenas um humilde zelador de Gautama Buda, teve suas palavras aceitas. A razão é este começo: “Ouvi...” - Não sei se ele estava ou não dizendo isso. Não posso me impor sobre ele. Tudo o que posso dizer é o que ecoou em mim. Posso falar sobre a minha mente e não sobre o silêncio de Buda.
(Texto extraído do excelente livro “Buda – Sua Vida e Seus Ensinamentos” – Osho – Editora Cultrix.)
Os outros por Martha Medeiros
foto: By Simone Bilhalva
Quando eu era pequena não tinha medo nenhum de bicho-papão, mula-sem-cabeça ou de bruxa malvada. Quem me aterrorizava era outro tipo de monstro. Eles atacavam em bando. Chamavam-se OS OUTROS. Nada podia ser mais danoso que OS OUTROS. As crianças acordavam de manhã já pensando neles. Quer dizer, as crianças não: as mamães. Era com OS OUTROS que elas nos ameaçavam caso não nos comportássemos direito. Se não estudássemos, OS OUTROS nos chamariam de burros. Se não fôssemos amigos de toda a classe, OS OUTROS nos apelidariam de bicho-do-mato. Se não emprestássemos nossos brinquedos, OS OUTROS nunca mais brincariam conosco. E o pior é que as mães não mantinham a lógica do seu pensamento. 'Mas mãe, todo mundo dorme na casa dos amigos!' Eu lá quero saber DOS OUTROS? Só me interessa você! Era de pirar a cabeça de qualquer um. Não víamos a hora de crescer para nos vermos livres daquela perseguição. Veio a adolescência, e que desespero: descobrimos que OS OUTROS estavam mais fortes do que nunca, ávidos por liquidar com nossa reputação. 'Você vai na festa com esta calça toda furada? O que OS OUTROS vão dizer?' 'Filha minha não viaja sozinha com o namorado, não vou deixar que vire comentário na boca DOS OUTROS', dizia a mãe de minha namorada. Não tinha escapatória: aos poucos fomos descobrindo que OS OUTROS habitavam o planeta inteiro, estavam de olho em todas as nossas ações, prontos para criticar nossas atitudes e ferrar com nossa felicidade. Hoje eles já não nos assustam tanto. Passamos por poucas e boas e, no final das contas, a opinião deles não mudou o rumo da nossa história. Mas ninguém em sã consciência pode se considerar totalmente indiferente a eles. OS OUTROS ainda dizem horrores de nós. Ainda têm o poder de nos etiquetar, de nos estigmatizar. A gente bem que tenta não levá-los a sério, mas sempre que bate uma vontade de entregar os pontos ou de chorar no meio de uma discussão, pensamos: Não vou dar este gostinho para OS OUTROS. Está para existir monstro mais funesto do que aquele que poda nossa liberdade."
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Pão com manteiga
Conta a história que um casal tomava café da manhã no dia de suas bodas de prata. A mulher passou a manteiga na casca do pão e o entregou para o marido, ficando com o miolo.Ela pensou: "Sempre quis comer a melhor parte do pão, mas amo demais o meu marido e, por 25 anos, sempre lhe dei o miolo. Mas hoje quis satisfazer meu desejo.. Acho justo que eu coma o miolo pelo menos uma vez na vida".Para sua surpresa, o rosto do marido abriu-se num sorriso sem fim e ele lhe disse:- Muito obrigado por este presente, meu amor. Durante 25 anos, sempre desejei comer a casca do pão, mas como você sempre gostou tanto dela, jamais ousei pedir! Moral da história:Você precisa dizer claramente o que deseja, não espere que o outro adivinhe...Você pode pensar que está fazendo o melhor para o outro, mas o outro pode estar esperando outra coisa de você...Deixe-o falar, peça-o para falar e quando não entender, não traduza sozinho. Peça que ele se explique melhor.
terça-feira, 23 de junho de 2009
A Verdadeira autora da crônica... Encerrando Ciclos
Dessa vez quem vos escreve não sou eu, é a jornalista colombiana Sonia Hurtado (brigas autorais à parte), com Paulo Coelho.
O texto fala de fases e de como devemos aprender a aceitar que elas passam. Fala de um sentimento, o de perda, que todos nós temos, mas que ainda não aprendemos a lidar com ele.
Encerrando Ciclos ( Sonia Hurtado )
Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram. Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração - e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do “momento ideal”. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. (Autor: Paulo Coelho já admitiu no prefácio de um dos seus livros que não é dele a autoria Encerrando Ciclos)
SBernardelli
Publicado no Recanto das Letras em 27/12/2008Código do texto: T1355499
Neste dia de sua vida, caro(a) amigo(a), Deus quer que saibas......
que amar é jamais ter de pedir perdão.
Erich Segal disse isso e estava certo. Deus te ama e é por isso que nunca tens de "pedir perdão" a Deus. Se amas alguém, alivia-o da necessidade de se desculpar por qualquer coisa. A necessidade de um pedido de desculpas é o indício de que a pessoa está equivocada a seu próprio respeito. Tu não podes ser prejudicado por outro, só pensar que podes. Tudo está em tua cabeça. Tudo está em teu modo de pensar a respeito disso. Volta para o amor e desiste de tua necessidade de perdoar outros por qualquer coisa.
Neale Donald Walsch
Vá além do bem e do mal procurando não classificar qualquer coisa de boa ou má. Quando controlamos o hábito de rotular e classificar, o poder do universo nos invade. Quando nos relacionamos com as experiências procurando não reagir, o que antes chamaríamos de "mau" muda rapidamente através do poder da própria Vida.Observe o que acontece quando, em vez de classificar algo como "mau", você o aceita e diz um "sim" interno, deixando que a experiência seja tal como é.
ECKHART TOLLE
ECKHART TOLLE
P/ Deluca
Só quem está disposto a perder tem o direito de ganhar. Só o maduro é capaz da renúncia. E só quem renuncia aceita provar o gosto da verdade, seja ela qual for.
O que está sempre por trás dos nossos dramas, desencontros e trambolhões existenciais é a representação simbólica ou alegórica do impulso do ser humano para o amadurecimento. A forma de amadurecer é viver. Viver é seguir impulsos até perceber, sentir, saber ou intuir a tendência de equilíbrio que está na raiz deles (impulsos).
A pessoa é impelida para a aventura ou peripécia, como forma de se machucar para aprender, de cair para saber levantar-se e aprender a andar. É um determinismo biológico: para amadurecer há que viver (sofrer) as machucadelas da aventura e da peripécia existencial.
A solução de toda situação de impasse só se dá quando uma das partes aceita perder ou aceita renunciar (e perder ou renunciar não é igual, mas é muito parecido; é da mesma natureza). Sem haver quem aceite perder ou renunciar, jamais haverá o encontro com a verdade de cada relação. E muitas vezes a verdade de cada relação pode estar na impossibilidade, por mais atração que exista. Como pode estar na possibilidade conflitiva, o que é sempre difícil de aceitar.Só a renúncia no tempo certo devolve as pessoas a elas mesmas e só assim elas amadurecem e se preparam para os verdadeiros encontros do amor, da vida e da morte. Só quem está disposto a perder consegue as vitórias legítimas. Amadurecer acaba por se relacionar com a renúncia, não no sentido restrito da palavra (renúncia como abandono), porém no lato (renúncia da onipotência e das formas possessivas do viver). Viver é renunciar porque viver é optar e optar é renunciar. Renunciar à onipotência e às hipóteses de felicidade completa, plenitude etc é tudo o que se aprende na vida, mas até se descobrir que a vida se constrói aos poucos, sobre os erros, sobre as renúncias, trocando o sonho e as ilusões pela construção do possível e do necessário, o ser humano muito erra e se embaraça, esbarra, agride, é agredido. Eis a felicidade possível: compreender que construir a vida é renunciar a pedaços da felicidade para não renunciar ao sonho da felicidade.
O que está sempre por trás dos nossos dramas, desencontros e trambolhões existenciais é a representação simbólica ou alegórica do impulso do ser humano para o amadurecimento. A forma de amadurecer é viver. Viver é seguir impulsos até perceber, sentir, saber ou intuir a tendência de equilíbrio que está na raiz deles (impulsos).
A pessoa é impelida para a aventura ou peripécia, como forma de se machucar para aprender, de cair para saber levantar-se e aprender a andar. É um determinismo biológico: para amadurecer há que viver (sofrer) as machucadelas da aventura e da peripécia existencial.
A solução de toda situação de impasse só se dá quando uma das partes aceita perder ou aceita renunciar (e perder ou renunciar não é igual, mas é muito parecido; é da mesma natureza). Sem haver quem aceite perder ou renunciar, jamais haverá o encontro com a verdade de cada relação. E muitas vezes a verdade de cada relação pode estar na impossibilidade, por mais atração que exista. Como pode estar na possibilidade conflitiva, o que é sempre difícil de aceitar.Só a renúncia no tempo certo devolve as pessoas a elas mesmas e só assim elas amadurecem e se preparam para os verdadeiros encontros do amor, da vida e da morte. Só quem está disposto a perder consegue as vitórias legítimas. Amadurecer acaba por se relacionar com a renúncia, não no sentido restrito da palavra (renúncia como abandono), porém no lato (renúncia da onipotência e das formas possessivas do viver). Viver é renunciar porque viver é optar e optar é renunciar. Renunciar à onipotência e às hipóteses de felicidade completa, plenitude etc é tudo o que se aprende na vida, mas até se descobrir que a vida se constrói aos poucos, sobre os erros, sobre as renúncias, trocando o sonho e as ilusões pela construção do possível e do necessário, o ser humano muito erra e se embaraça, esbarra, agride, é agredido. Eis a felicidade possível: compreender que construir a vida é renunciar a pedaços da felicidade para não renunciar ao sonho da felicidade.
- Artur da Távola -
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segunda-feira, 22 de junho de 2009
Há um tempo para todo o propósito debaixo do céu
1 Tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para todo propósito debaixo do céu.
2 Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;
3 tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derribar, e tempo de edificar;
4 tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;
5 tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de abster-se de abraçar;
6 tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de deitar fora;
7 tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;
8 tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.
Eclesiastes 3
domingo, 21 de junho de 2009
SEMELHANTE ATRAI SEMELHANTE - Osho
Somente uma pessoa amorosa, aquela que realmente é amorosa; pode encontrar o parceiro certo.
Essa é minha observação: se você está infeliz você irá encontrar alguém também infeliz. Pessoas infelizes são atraídas pelas pessoas infelizes. E isso é bom, é natural. É bom que as pessoas infelizes não sejam atraídas pelas pessoas felizes; senão elas destruiriam a felicidade delas. Está perfeitamente bem.
Somente pessoas felizes são atraídas pelas pessoas felizes. O semelhante atrai o semelhante. Pessoas inteligentes são atraídas pelas pessoas inteligentes; pessoas estúpidas são atraídas pelas pessoas estúpidas.
Você encontra as pessoas do mesmo plano. Então a primeira coisa a lembrar é: um relacionamento está fadado a ser amargo se este surgiu da infelicidade.
Primeiro seja feliz, seja alegre, seja festivo e então você encontrará alguma outra alma festiva e haverá um encontro de duas almas dançantes e uma grande dança irá surgir disso.
Não peça por um relacionamento a partir da solitude, não. Assim você estará indo na direção errada. Então o outro será usado como um meio e o outro lhe usará como um meio. E ninguém quer ser usado como um meio! Cada indivíduo único é um fim em si mesmo. É imoral usar alguém como um meio.Primeiro aprenda como ser só. A meditação é um caminho para ficar sozinho.
Se você puder ser feliz quando você está só, você aprendeu o segredo de ser feliz. Agora você pode ser feliz acompanhado. Se você é feliz, então você tem alguma coisa para compartilhar, para dar. E quando você dá, você obtém; não é de outra maneira. Assim surge uma necessidade de amar alguém.
Geralmente a necessidade é de ser amado por alguém. É a necessidade errada. É uma necessidade infantil; você não está amadurecido. É uma atitude infantil.
Uma criança nasce. Naturalmente, a criança não pode amar a mãe; ela não sabe o que é amar e ela não sabe quem é a mãe e quem é o pai. Ela está totalmente desamparada. Seu ser ainda está para ser integrado; ela ainda não está reunida.
Ela é somente uma possibilidade. A mãe precisa amar, o pai precisa amar, a família precisa banhar a criança de amor. Agora ela aprende uma coisa: que todos têm que amá-la. Ela nunca aprende que ela precisa amar. Agora a criança irá crescer e se ela permanecer presa nessa atitude que todo mundo tem que amá-la, ela irá sofrer por toda sua vida. Seu corpo cresceu, mas sua mente permaneceu imatura.
Uma pessoa amadurecida é aquela que chega a conhecer a necessidade do outro: que agora tenho que amar alguém.
A necessidade de ser amado é infantil, imatura. A necessidade de amar é maturidade.
E quando você está preparado para amar alguém, um belo relacionamento irá surgir; de outra maneira não.
"É possível que duas pessoas num relacionamento sejam más uma para com a outra"?
Sim, isso é o que está acontecendo por todo o mundo. Ser bom é muito difícil. Você não é bom nem para si mesmo.
Como você pode ser bom para outra pessoa?
Você nem mesmo ama a si próprio! Como você pode amar outra pessoa? Ame a si mesmo, seja bom para si mesmo.
Os seus assim chamados santos têm lhe ensinado a nunca amar a si mesmo, para nunca ser bom para si mesmo.
Seja duro consigo mesmo! Eles têm lhe ensinado a ser delicado para com os outros e duro para consigo mesmo. Isso é um absurdo.
Eu lhe ensino que a primeira e mais importante coisa é ser amoroso para consigo mesmo. Não seja duro; seja delicado.
Cuide de si mesmo. Aprenda como se perdoar, cada vez mais e novamente; sete vezes, setenta e sete vezes, setecentos e setenta e sete vezes. Aprenda como perdoar a si próprio. Não seja duro; não seja antagônico consigo mesmo.
Assim você irá florescer.
Nesse florescimento você atrairá alguma outra flor. Isso é natural. Pedras atraem pedras; flores atraem flores. Assim há um relacionamento que possui graça, que possui beleza, que possui uma bênção nele.
Se você puder achar um relacionamento assim, seu relacionamento crescerá para uma oração; seu amor se tornará um êxtase e através do amor você conhecerá o que é o divino.
Essa é minha observação: se você está infeliz você irá encontrar alguém também infeliz. Pessoas infelizes são atraídas pelas pessoas infelizes. E isso é bom, é natural. É bom que as pessoas infelizes não sejam atraídas pelas pessoas felizes; senão elas destruiriam a felicidade delas. Está perfeitamente bem.
Somente pessoas felizes são atraídas pelas pessoas felizes. O semelhante atrai o semelhante. Pessoas inteligentes são atraídas pelas pessoas inteligentes; pessoas estúpidas são atraídas pelas pessoas estúpidas.
Você encontra as pessoas do mesmo plano. Então a primeira coisa a lembrar é: um relacionamento está fadado a ser amargo se este surgiu da infelicidade.
Primeiro seja feliz, seja alegre, seja festivo e então você encontrará alguma outra alma festiva e haverá um encontro de duas almas dançantes e uma grande dança irá surgir disso.
Não peça por um relacionamento a partir da solitude, não. Assim você estará indo na direção errada. Então o outro será usado como um meio e o outro lhe usará como um meio. E ninguém quer ser usado como um meio! Cada indivíduo único é um fim em si mesmo. É imoral usar alguém como um meio.Primeiro aprenda como ser só. A meditação é um caminho para ficar sozinho.
Se você puder ser feliz quando você está só, você aprendeu o segredo de ser feliz. Agora você pode ser feliz acompanhado. Se você é feliz, então você tem alguma coisa para compartilhar, para dar. E quando você dá, você obtém; não é de outra maneira. Assim surge uma necessidade de amar alguém.
Geralmente a necessidade é de ser amado por alguém. É a necessidade errada. É uma necessidade infantil; você não está amadurecido. É uma atitude infantil.
Uma criança nasce. Naturalmente, a criança não pode amar a mãe; ela não sabe o que é amar e ela não sabe quem é a mãe e quem é o pai. Ela está totalmente desamparada. Seu ser ainda está para ser integrado; ela ainda não está reunida.
Ela é somente uma possibilidade. A mãe precisa amar, o pai precisa amar, a família precisa banhar a criança de amor. Agora ela aprende uma coisa: que todos têm que amá-la. Ela nunca aprende que ela precisa amar. Agora a criança irá crescer e se ela permanecer presa nessa atitude que todo mundo tem que amá-la, ela irá sofrer por toda sua vida. Seu corpo cresceu, mas sua mente permaneceu imatura.
Uma pessoa amadurecida é aquela que chega a conhecer a necessidade do outro: que agora tenho que amar alguém.
A necessidade de ser amado é infantil, imatura. A necessidade de amar é maturidade.
E quando você está preparado para amar alguém, um belo relacionamento irá surgir; de outra maneira não.
"É possível que duas pessoas num relacionamento sejam más uma para com a outra"?
Sim, isso é o que está acontecendo por todo o mundo. Ser bom é muito difícil. Você não é bom nem para si mesmo.
Como você pode ser bom para outra pessoa?
Você nem mesmo ama a si próprio! Como você pode amar outra pessoa? Ame a si mesmo, seja bom para si mesmo.
Os seus assim chamados santos têm lhe ensinado a nunca amar a si mesmo, para nunca ser bom para si mesmo.
Seja duro consigo mesmo! Eles têm lhe ensinado a ser delicado para com os outros e duro para consigo mesmo. Isso é um absurdo.
Eu lhe ensino que a primeira e mais importante coisa é ser amoroso para consigo mesmo. Não seja duro; seja delicado.
Cuide de si mesmo. Aprenda como se perdoar, cada vez mais e novamente; sete vezes, setenta e sete vezes, setecentos e setenta e sete vezes. Aprenda como perdoar a si próprio. Não seja duro; não seja antagônico consigo mesmo.
Assim você irá florescer.
Nesse florescimento você atrairá alguma outra flor. Isso é natural. Pedras atraem pedras; flores atraem flores. Assim há um relacionamento que possui graça, que possui beleza, que possui uma bênção nele.
Se você puder achar um relacionamento assim, seu relacionamento crescerá para uma oração; seu amor se tornará um êxtase e através do amor você conhecerá o que é o divino.
Partilhado por Zezé Motta
O DESPERTAR DE UMA NOVA CONSCIÊNCIA - Eckhart Tolle
O tempo, ou seja, o passado e o futuro, é aquilo de que o falso eu fabricado pela mente, o ego vive. E o tempo está na nossa mente. Ele não é algo que tenha uma existência objetiva "ali fora". É uma estrutura mental necessária para a percepção sensorial, indispensável pelos propósitos práticos, mas também é sensorial, indispensável pelos propósitos práticos, mas também é o maior obstáculo ao autoconhecimento. O tempo é a dimensão horizontal da vida, a camada superficial da realidade. E há ainda a dimensão vertical da profundidade, à qual só temos acesso através do portal do momento presente. Assim, em vez de nos concedermos tempo, devemos removê-lo. Retirar o tempo da nossa consciência é eliminar o ego. É a única prática espiritual verdadeira.
Quando falo da eliminação do tempo, não estou, é claro, me referindo ao tempo do relógio, que é usado com propósitos práticos, como marcar um encontro ou planejar uma viagem. Seria quase impossível atuar nesse mundo sem esse tempo convencional. O que estou propondo é a eliminação do tempo psicológico, que é a preocupação interminável da mente egóica com o passado e com o futuro e sua resistência a entrar no estado de unicidade com a vida e viver alinhada com a inevitável condição do momento presente de ser o que é.
Sempre que um NÃO habitual à vida se transforma num SIM, toda vez que permitimos que esse momento SEJA COMO É, dissolvemos tanto o tempo quanto o ego. Para que o ego sobreviva, ele deve tornar o tempo - o passado e o futuro - mais importante que o Agora, a não ser por um breve instante logo após obter o que deseja. Contudo, nada consegue satisfazê-lo por muito tempo. Assim que ele se converte na nossa vida, existem duas maneiras de sermos felizes. Não alcançando o que desejamos é uma. Alcançando o que desejamos é outra.
O Agora assume a forma de qualquer coisa ou acontecimento. Enquanto resistimos a isso internamente, a forma, isto é, o mundo é uma barreira impenetrável que nos separa de quem somos além da forma, que nos afasta da Vida única, sem forma que nós somos. Quando dizemos um SIM interior para a forma que o Agora adquiri, ela própria se torna uma passagem para o que não tem forma. A separação entre o mundo e Deus se dissolve.
Quando reagimos à forma que a Vida assume no momento presente, tratando o Agora como um meio, um obstáculo ou um inimigo, fortalecendo nossa própria identidade formal o ego. Disso resulta a atitude reativa do ego. Ele se vicia em reagir. Quanto maior nossa disposição para manifestar uma reação, mais vinculados nos tornamos à forma. Quanto maior a identificação com ela, mais forte é o ego. Nosso Ser então deixa de brilhar através da forma - ou só faz isso vagamente.
Por meio da não-resistência à forma, aquilo em nós que se encontra além da forma emerge como uma presença de total abrangência, um poder silencioso muito maior do que a identidade de curta duração que temos a forma - a pessoa. Ele é mais profundamente quem nós somos do que qualquer outra coisa no mundo da forma.
Quanto mais limitada, quanto mais estreitamente egóica é a visão que temos de nós mesmo, mais nos concentramos nas limitações egóicas - na inconsciência - dos outros e reagimos a elas. Os "erros" das pessoas ou o que percebemos como suas falhas se tornam para nós a identidade delas. Isso significa que vemos apenas o ego dos outros e, assim, fortalecemos o ego em nós. Em vez de olharmos "através" do ego deles, olhamos "para"" o ego. E quem está fazendo isso. O ego em nós.
As pessoas muito inconscientes sentem o próprio ego por meio do seu reflexo nos outros. Quando compreendemos que aquilo a que regimos nos outros também está em nós (e algumas vezes apenas em nós), Começamos a nos tornar conscientes do nosso próprio ego. Nesse estágio, podemos também compreender que estamos fazendo às pessoas o que pensávamos que elas estavam fazendo a nós. Paramos de nos ver como vítima.
Nós não somos o ego. Portanto, quando nos tornamos conscientes do ego em nós, isso não significa que sabemos quem somos - isso quer dizer que sabemos quem NÃO SOMOS. Mas é por meio do conhecimento de quem não somos que o maior obstáculo ao verdadeiro conhecimento de nós é removido.
Alguém que na infância tenha sido negligenciado ou abandonado por um dos pais ou por ambos desenvolverá, provavelmente, um corpo de dor que será estimulado por qualquer situação que lembre, até mesmo de forma remota, o sofrimento primordial do abandono. Tanto um amigo que se atrase cinco minutos para pegar a pessoa no aeroporto quanto um cônjuge que chega tarde em casa podem deflagrar um ataque violento do seu corpo de dor. Se seu parceiro ou cônjuge o deixa ou morre, a dor emocional que esse indivíduo sente vai muito além da que é natural em circunstâncias como essas. Pode ser uma angústia intensa, uma depressão duradoura e incapacidade ou uma raiva obsessiva.
Uma mulher que tenha sido violentada pelo próprio pai na infância talvez perceba que seu corpo de dor se torna facilmente ativo em qualquer relacionamento íntimo com um homem. Por outro lado, a emoção que constitui seu corpo de dor seja semelhante ao do seu pai. O corpo de dor dessa mulher pode ter uma atração magnética por alguém que ele sinta que lhe dará mais do mesmo sofrimento. E, algumas vezes, ela pode confundir essa dor com a sensação de estar apaixonada.
Um homem que foi uma criança indesejada e não recebeu amor nem o mínimo de cuidado e de atenção da mãe desenvolve um corpo de dor marcado por uma profunda ambivalência - por um lado, apresenta um intenso e insatisfeito desejo pelo amor e pela atenção da mãe e, por outro, um forte rancor em relação a ela por ter lhe negado aquilo de que ele precisava desesperadamente. No caso do seu corpo de dor - uma forma de sofrimento emocional. Ele a manifesta por meio de uma compulsão a "conquistar e seduzir" quase toda mulher que vem a conhecer e, dessa maneira, pretende obter o amor feminino pelo qual seu corpo de dor anseia. Esse homem se transforma quase num especialista em sedução. No entanto, assim que um relacionamento se torna íntimo ou seus avanços são rejeitados, a raiva do seu corpo de dor em ralação à mãe vem à tona e sabota a relação.
Fonte: Enxerto do Livro - O despertar de uma nova consciência - Eckhart Tolle - Editora Sextante
Quando falo da eliminação do tempo, não estou, é claro, me referindo ao tempo do relógio, que é usado com propósitos práticos, como marcar um encontro ou planejar uma viagem. Seria quase impossível atuar nesse mundo sem esse tempo convencional. O que estou propondo é a eliminação do tempo psicológico, que é a preocupação interminável da mente egóica com o passado e com o futuro e sua resistência a entrar no estado de unicidade com a vida e viver alinhada com a inevitável condição do momento presente de ser o que é.
Sempre que um NÃO habitual à vida se transforma num SIM, toda vez que permitimos que esse momento SEJA COMO É, dissolvemos tanto o tempo quanto o ego. Para que o ego sobreviva, ele deve tornar o tempo - o passado e o futuro - mais importante que o Agora, a não ser por um breve instante logo após obter o que deseja. Contudo, nada consegue satisfazê-lo por muito tempo. Assim que ele se converte na nossa vida, existem duas maneiras de sermos felizes. Não alcançando o que desejamos é uma. Alcançando o que desejamos é outra.
O Agora assume a forma de qualquer coisa ou acontecimento. Enquanto resistimos a isso internamente, a forma, isto é, o mundo é uma barreira impenetrável que nos separa de quem somos além da forma, que nos afasta da Vida única, sem forma que nós somos. Quando dizemos um SIM interior para a forma que o Agora adquiri, ela própria se torna uma passagem para o que não tem forma. A separação entre o mundo e Deus se dissolve.
Quando reagimos à forma que a Vida assume no momento presente, tratando o Agora como um meio, um obstáculo ou um inimigo, fortalecendo nossa própria identidade formal o ego. Disso resulta a atitude reativa do ego. Ele se vicia em reagir. Quanto maior nossa disposição para manifestar uma reação, mais vinculados nos tornamos à forma. Quanto maior a identificação com ela, mais forte é o ego. Nosso Ser então deixa de brilhar através da forma - ou só faz isso vagamente.
Por meio da não-resistência à forma, aquilo em nós que se encontra além da forma emerge como uma presença de total abrangência, um poder silencioso muito maior do que a identidade de curta duração que temos a forma - a pessoa. Ele é mais profundamente quem nós somos do que qualquer outra coisa no mundo da forma.
Quanto mais limitada, quanto mais estreitamente egóica é a visão que temos de nós mesmo, mais nos concentramos nas limitações egóicas - na inconsciência - dos outros e reagimos a elas. Os "erros" das pessoas ou o que percebemos como suas falhas se tornam para nós a identidade delas. Isso significa que vemos apenas o ego dos outros e, assim, fortalecemos o ego em nós. Em vez de olharmos "através" do ego deles, olhamos "para"" o ego. E quem está fazendo isso. O ego em nós.
As pessoas muito inconscientes sentem o próprio ego por meio do seu reflexo nos outros. Quando compreendemos que aquilo a que regimos nos outros também está em nós (e algumas vezes apenas em nós), Começamos a nos tornar conscientes do nosso próprio ego. Nesse estágio, podemos também compreender que estamos fazendo às pessoas o que pensávamos que elas estavam fazendo a nós. Paramos de nos ver como vítima.
Nós não somos o ego. Portanto, quando nos tornamos conscientes do ego em nós, isso não significa que sabemos quem somos - isso quer dizer que sabemos quem NÃO SOMOS. Mas é por meio do conhecimento de quem não somos que o maior obstáculo ao verdadeiro conhecimento de nós é removido.
Alguém que na infância tenha sido negligenciado ou abandonado por um dos pais ou por ambos desenvolverá, provavelmente, um corpo de dor que será estimulado por qualquer situação que lembre, até mesmo de forma remota, o sofrimento primordial do abandono. Tanto um amigo que se atrase cinco minutos para pegar a pessoa no aeroporto quanto um cônjuge que chega tarde em casa podem deflagrar um ataque violento do seu corpo de dor. Se seu parceiro ou cônjuge o deixa ou morre, a dor emocional que esse indivíduo sente vai muito além da que é natural em circunstâncias como essas. Pode ser uma angústia intensa, uma depressão duradoura e incapacidade ou uma raiva obsessiva.
Uma mulher que tenha sido violentada pelo próprio pai na infância talvez perceba que seu corpo de dor se torna facilmente ativo em qualquer relacionamento íntimo com um homem. Por outro lado, a emoção que constitui seu corpo de dor seja semelhante ao do seu pai. O corpo de dor dessa mulher pode ter uma atração magnética por alguém que ele sinta que lhe dará mais do mesmo sofrimento. E, algumas vezes, ela pode confundir essa dor com a sensação de estar apaixonada.
Um homem que foi uma criança indesejada e não recebeu amor nem o mínimo de cuidado e de atenção da mãe desenvolve um corpo de dor marcado por uma profunda ambivalência - por um lado, apresenta um intenso e insatisfeito desejo pelo amor e pela atenção da mãe e, por outro, um forte rancor em relação a ela por ter lhe negado aquilo de que ele precisava desesperadamente. No caso do seu corpo de dor - uma forma de sofrimento emocional. Ele a manifesta por meio de uma compulsão a "conquistar e seduzir" quase toda mulher que vem a conhecer e, dessa maneira, pretende obter o amor feminino pelo qual seu corpo de dor anseia. Esse homem se transforma quase num especialista em sedução. No entanto, assim que um relacionamento se torna íntimo ou seus avanços são rejeitados, a raiva do seu corpo de dor em ralação à mãe vem à tona e sabota a relação.
Fonte: Enxerto do Livro - O despertar de uma nova consciência - Eckhart Tolle - Editora Sextante
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sábado, 20 de junho de 2009
sexta-feira, 19 de junho de 2009
O Estado mental
"Quando se identifica o estado mental como o fator primordial para alcançar a felicidade, naturalmente não se está negando que nossas necessidades físicas fundamentais de alimentação, vestuário e moradia não sejam satisfeitas. Entretanto, uma vez atendidas essas necessidades básicas, a mensagem é clara: não precisamos de mais, dinheiro, não precisamos de mais sucesso ou fama, não precisamos do corpo perfeito, nem mesmo do parceiro perfeito — agora mesmo, neste momento exato, dispomos da mente, que é todo o equipamento básico de que precisamos para alcançar a plena felicidade. O primeiro passo, portanto, na busca da felicidade é o aprendizado.
Antes de mais nada, temos de aprender como as emoções e comportamentos negativos nos são prejudiciais e como as emoções positivas são benéficas. É através desse processo de aprendizado, de análise de quais pensamentos e emoções são benéficos e quais são nocivos, que aos poucos desenvolvemos uma firme determinação de mudar, com a sensação de que agora o segredo da minha própria felicidade, do meu próprio futuro, está nas minhas mãos."
Dalai Lama Em "A Arte da Felicidade"
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quinta-feira, 18 de junho de 2009
Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os porco-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor. Por isso decidiram se afastar uns dos outros e voltaram a morrer congelados, então precisavam fazer uma escolha: ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros. Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos. Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro. E assim sobreviveram...
Moral da História:"O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro e consegue admirar suas qualidades".
Moral da História:"O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro e consegue admirar suas qualidades".
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terça-feira, 16 de junho de 2009
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Eu te compreendo...
Sim, eu te compreendoEu sei das tuas tensões, dos teus vazios e da tua inquietude. Eu sei da luta que tens travado à procura de Paz. Sei também das tuas dificuldades para alcançá-la. Sei das tuas quedas, dos teus propósitos não cumpridos, das tuas vacilações e dos teus desânimos. Eu te compreendo... Imagino o quanto tens tentado para resolver as tuas preocupações profissionais, familiares, afetivas, financeiras e sociais. Imagino que o mundo, de vez em quando, parece-te um grande peso que te sentes obrigado a carregar. E tantas vezes, sem medir esforços. Eu conheço as tuas dúvidas, as dúvidas da natureza humana. Percebo como te sentes pequeno quando teus sonhos acalentados vão por terra, quando tuas expectativas não são correspondidas. E essas inseguranças com o amanhã? E aquela inquietação atroz em não saberes se amanhã as pessoas que hoje te rodeiam ainda estarão contigo? De não saberes se reconhecerão o teu trabalho, se reconhecerão o teu esforço. E, por tudo isto, sofres, e te sentes como um barco sozinho num mar imenso e agitado. E não ignoro que, muitas vezes, sentes uma profunda carência de amor. Quantas vezes pensaste em resolver definitivamente os teus conflitos no trabalho ou em casa. E nem sempre encontraste a receptividade esperada ou não tiveste força para encaminhar a tua proposta. Eu sei o quanto te dói os teus limites humanos e o quanto às vezes te parece difícil uma harmonia íntima. E não poucas vezes, a descrença toma conta do teu coração. Eu te compreendo... Compreendo até tuas mágoas, a tristeza pelo que te fizeram, a tristeza pela incompreensão que te dispensaram, pelas ingratidões, pelas ofensas, pelas palavras rudes que recebeste. Compreendo até as tuas saudades e lembranças. Saudade daqueles que se afastaram de ti, saudade dos teus tempos felizes, saudade daquilo que não volta nunca mais... E os teus medos? Medo de perderes o que possuis, medo de não seres bom para aqueles que te cercam, medo de não agradares devidamente às pessoas, medo de não dares conta, medo de que descubram o teu íntimo, medo de que alguém descubra as tuas verdades e as tuas mentiras, medo de não conseguires realizar o que planejaste, medo de expressares os teus sentimentos, medo de que te interpretem mal. Eu compreendo esses e todos os outros medos que tens dentro de ti. Sou capaz de entender também os teus remorsos, as faltas que cometeste, o sentimento de culpa pelos pequenos ou grandes erros que praticaste na tua vida. E sei que, por causa de tudo isso, às vezes te encontras num profundo sentimento de solidão. É quando as coisas perdem a cor, perdem o gosto e te vês envolto numa fina camada de indiferença pela vida. Refiro-me àquela tua sensação de isolamento, como se o mundo inteiro fosse indiferente às tuas necessidades e ao teu cansaço. E nesse estado, és envolvido pelo tédio e cada ação ou obrigação exige de ti um grande esforço. Sei até das tuas sensações de estares acorrentado, preso; preso às normas, aos padrões estabelecidos, às rotineiras obrigações: "Eu gostaria de... mas eu tenho que trabalhar, tenho que ajudar, tenho que cuidar de, tenho que resolver, tenho que!...". Eu te compreendo... Compreendo os teus sacrifícios. E a quantas coisas tens renunciado, de quantos anseios tens aberto mão!... E sempre acham que é pouco... Pouca coisa tens feito por ti e tua vida, quase toda ela, tem sido afinal dedicada a satisfazer outras pessoas. Sei do teu esforço em ajudar as outras pessoas e sei que isso é a semente de tuas decepções. Sei que, nas tuas horas mais amargas, até a revolta aflora em teu coração. Revolta com a injustiça do mundo, revolta com a fome, as guerras, a competição entre os homens, com a loucura dos que detêm o poder, com a falsidade de muitos, com a repressão social e com a desonestidade. Por tudo isso, carregas um grau excessivo de tensões, de angústia e de ansiedade. Sonhas com uma vida melhor, mais calma, mais significativa. Sei também que tens belos planos para o amanhã. Sei que queres apenas um pouco de segurança, seja financeira ou emocional, e sei que lutas por ela.Mas, mesmo assim, tuas tensões continuam presentes. E tu percebes estas tensões nas tuas insônias ou no sono excessivo, na ausência de fome ou na fome excessiva, na ausência de desejo para o sexo ou no desejo sexual excessivo. O fato é que carregas e acumulas tensões sobre tensões: tensões no trabalho, nas exigências e autoritarismos de alguns, nas condições inadequadas de salário e na inexistência de motivação, nos ambientes tóxicos das empresas, na inveja dos colegas, no que dizem por trás. Tensões na família, nas dependências devoradoras dos que habitam a mesma casa; nos conflitos e brigas constantes, onde todos querem ter razão; no desrespeito à tua individualidade, no controle e cobrança das tuas ações. Eu te compreendo, e te compreendo mesmo. E apesar de compreender-te totalmente, quero dizer-te algo muito importante. Escuta agora com o coração o que te vou dizer: Eu te compreendo, mas não te apoio! Tu és o único responsável por todos estes sentimentos. A vida te foi dada de graça e existem em ti remédios para todos os teus males. Se, no entanto, preferes a autocomiseração ao invés de mobilizares as tuas energias interiores, então nada posso te oferecer. Se preferes sonhar com um mundo perfeito, ao invés de te defrontares com os limites de um mundo falho e humano, nada posso te oferecer. Se preferes lamentar o teu passado e encontrar nele desculpas para a tua falta de vontade de crescer; se optastes por tentar controlar o futuro, o que jamais controlarás com todas as suas incertezas; se resolveste responsabilizar as pessoas que te rodeiam pela tua incompetência em tratar com os aspectos negativos delas, em nada posso te ajudar. Se trocaste o auto apoio pelo apoio e reconhecimento do teu ambiente, então nada posso te oferecer. Se queres ter razão em tudo que pensas; se queres obter piedade pelo que sentes; se queres a aprovação integral em tudo que fazes; se escolhestes abrir mão de tua própria vida, em nome do falso amor, para comprares o reconhecimento dos outros, através de renúncias e sacrifícios, nada posso te oferecer. Se entendeste mal a regra máxima "Amar ao próximo como a ti mesmo", esquecendo-te de amar a ti mesmo, em nada posso te ajudar.Se não tens um mínimo de coragem para estar com teus próprios sentimentos, sejam agradáveis ou dolorosos; se não tens um mínimo de humildade para te perdoares pelas tuas imperfeições; se desejas impressionar os outros e angariar a simpatia para teus sofrimentos; se não sabes pedir ajuda e aprender com os que sabem mais do que tu; se preferes sonhar, ao invés de viver, ignorando que a vida é feita de altos e baixos, nada posso te oferecer. Se achas que pelo teu desespero as coisas acontecerão magicamente; se usas a imperfeição do mundo para justificar as tuas próprias imperfeições; se queres ser onipotente, quando de fato és simplesmente humano; se preferes proteção à tua própria liberdade; se interiorizaste em ti desejos torturadores; se deixaste imprimirem-se em tua mente venenosas ordens de: "Apressa-te!", "Não erres nunca!", "Agrade sempre!"; se escolheste atender às expectativas de todas as pessoas; se és incapaz de dar um não quando necessário, em nada posso te ajudar. Se pensas ser possível controlar o que os outros pensam de ti; se pensas ser possível controlar o que os outros sentem a teu respeito; se pensas ser possível controlar o que os outros fazem; se queres acreditar que existe segurança fora de ti, repito: Eu te compreendo mas, em nome do verdadeiro Amor, jamais poderia apoiar-te! Se recusas buscar no âmago do teu ser respostas para os teus descaminhos, se dás pouca importância a teus sussurros interiores; se esqueceste a unidade intrínseca dos opostos em nossa vida terrena; se preferes o fácil e abandonastes a paciência para o Caminho; se fechaste teus ouvidos ao chamado de retorno; se perdeste a confiança a ponto de não poderes entregar tua vida à vontade onipotente de Deus; se não quiseste ver a Luz que vem do Leste; se não consegues encontrar no íntimo das coisas aquele ponto seguro de equilíbrio no meio de todas as tormentas e vicissitudes; se não aceitas a tua vocação de Viajante com todos os imprevistos e acidentes da Jornada; se não queres usar o tempo, o erro, a queda e a morte como teus aliados de crescimento, realmente nada posso fazer por ti. Se aspiras obter proteção quando o que precisas é Liberdade; se não descobriste que a verdadeira Liberdade e a autêntica Segurança são interiores; se não sabes transformar a frase "Eu tenho que..." na frase "Eu quero!"; se queres que o fantasma do passado continue a fechar teus olhos para a infinidade do teu aqui e agora; se queres deixar que o fantasma do futuro te coloque em posição de luta com o que ainda não aconteceu e, provavelmente, não chegará a acontecer; se optaste por tratar a ti mesmo como a um inimigo; se te falta capacidade para ver a ti mesmo como alguém que merece da tua própria parte os maiores cuidados e a maior ternura; se não te tratas como sendo a semente do próprio Deus; se desejas usar teus belos planos de mudar, de crescer, de realizar, como instrumentos de auto-tortura; se achas que é amor o apego que cultivas pelos teus parentes e amigos; se queres ignorar, em nome da seriedade e da responsabilidade, a criança brincalhona que habita em ti; se alimentas a vergonha de te enternecer diante de uma flor ou de um por de sol; se através da lamentação recusas a vida como dádiva e como graça, não posso te apoiar. Mas, se apesar de todo o sono, queres despertar; se apesar de todo o cansaço, queres caminhar; se apesar de todo o medo, queres tentar; se apesar de toda acomodação e descrença, queres mudar, aceita então esta proposta para a tua Felicidade: A raiz de todas as tuas dificuldades são teus pensamentos negativos. São eles que te levam para as dores das lembranças do passado e para a inquietação do futuro. São esses pensamentos que te afastam da experiência de contato com teu próprio corpo, com o teu presente, com o teu aqui e agora e, portanto, distanciando-te de teu próprio coração. Tens presentes agora as tuas emoções? Tens presente agora o fluxo da tua respiração? Tens presente agora a batida do teu coração? Tens agora a consciência do teu próprio corpo? Este é o passo primordial. Teu corpo é concreto, real, presente, e é nele que o sofrimento deságua e é a partir dele que se inicia a caminhada para a Alegria. Somente através dele se encaminha o retorno à Paz. Jamais resolverás os teus problemas somente pensando neles. Começa do mais próximo, começa pelo corpo. Através dele chegarás ao teu centro, ao teu vazio, àquele lugar onde a semente germina. Através da consciência corporal, galgarás caminhos jamais vistos, entrarás em contato com os teus sentimentos, perceberás o mundo tal como é e agirás de acordo com a naturalidade da vida. Assume o teu corpo e os teus sentimentos, por mais dolorosos que sejam; assume e observa-os, simplesmente observa-os. Não tentes mudar nada, sê apenas a tua dor. Presta atenção, não negues a tua dor. Para que fingir estar alegre se estás triste? Para que fingir coragem se estás com medo? Para que fingir amor se estás com ódio? Para que fingir paz se estás angustiado? Não lutes contra teus sentimentos, fica do teu próprio lado, deixa a dor acontecer, como deixas acontecer os bons momentos. Pára, deixa que as coisas sejam exatamente como são. Entra nos teus sentimentos sem os julgar, não fujas deles, não os evites, não queira resolvê-los escapando deles - depois terás de te encontrar com eles novamente, é apenas um adiamento, uma prorrogação. Torna-te presente, por mais que te doa. E, se assim fizeres, algo de muito belo acontecerá! Assim como a noite veio, ela também se irá e então testemunharás o nascer do dia, pois à noite o sol escurece até a meia-noite e, a partir daí, começa um novo dia. Se assim fizeres, sentirás brotar de dentro de ti uma força que desconhecias e te sentirás renovado na esperança e a vida entrando em ti. Se assim fizeres, entenderás com o coração que a semente morre mesmo, totalmente, antes de germinar e que a morte antecede a vida. E, se assim fizeres, poderei dizer-te então que: Eu te Compreendo e que, assim, tens todo o meu apoio! E verás com muita alegria que, justamente agora, já não precisas mais do meu apoio, pois o foste buscar dentro de ti e o encontraste dentro da tua própria dor! A CAUSA É INTERIOR.O homem traz a semente de sua vida dentro de si mesmo. O que quer que lhe aconteça, acontece por sua própria causa. As causas externas são secundárias; as causas internas são as principais. Existe a possibilidade de uma transformação...E que só você pode conseguir, basta querer...
Amorosamente Eu Sou,
Mestre D.K.
O louco Gibran Khalil Gibran
Perguntais-me como me tornei louco. Aconteceu assim:
Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas – as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas – e corri sem máscara pelas ruas cheias de gente gritando: “Ladrões, ladrões, malditos ladrões!”
Homens e mulheres riram de mim e alguns correram para casa, com medo de mim.
E quando cheguei à praça do mercado, um garoto trepado no telhado de uma casa gritou: “É um louco!” Olhei para cima, para vê-lo. O sol beijou pela primeira vez minha face nua.
Pela primeira vez, o sol beijava minha face nua, e minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei mais minhas máscaras. E, como num transe, gritei: “Benditos, benditos os ladrões que roubaram minhas máscaras!”
Assim me tornei louco.
E encontrei tanto liberdade como segurança em minha loucura: a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós.
domingo, 14 de junho de 2009
Artigo publicado na revista exame....
“Aí um dia você toma um avião para Paris, a lazer ou a trabalho, em um vôo da Air France, em que a comida e a bebida têm a obrigação de oferecer a melhor experiência gastronômica de bordo do mundo, e o avião mergulha para a morte no meio do Oceano Atlântico. Sem que você perceba, ou possa fazer qualquer coisa a respeito, sua vida acabou. Numa bola de fogo ou nos 4 000 metros de água congelante abaixo de você naquele mar sem fim. Você que tinha acabado de conseguir dormir na poltrona ou de colocar os fones de ouvido para assistir ao primeiro filme da noite ou de saborear uma segunda taça de vinho tinto com o cobertorzinho do avião sobre os joelhos. Talvez você tenha tido tempo de ter a consciência do fim, de que tudo terminava ali. Talvez você nem tenha tido a chance de se dar conta disso. Fim.
Tudo que ia pela sua cabeça desaparece do mundo sem deixar vestígios. Como se jamais tivesse existido. Seus planos de trocar de emprego ou de expandir os negócios. Seu amor imenso pelos filhos e sua tremenda incapacidade de expressar esse amor. Seu medo da velhice, suas preocupações em relação à aposentadoria. Sua insegurança em relação ao seu real talento, às chances de sobrevivência de suas competências nesse mundo que troca de regras a cada seis meses. Seu receio de que sua mulher, de cuja afeição você depende mais do que imagina, um dia lhe deixe. Ou pior: que permaneça com você infeliz, tendo deixado de amá-lo. Seus sonhos de trocar de casa, sua torcida para que seu time faça uma boa temporada, o tesão que você sente pela ascensorista com ar triste. Suas noites de insônia, essa sinusite que você está desenvolvendo, suas saudades do cigarro. Os planos de voltar à academia, a grande contabilidade (nem sempre com saldo positivo) dos amores e dos ódios que você angariou e destilou pela vida, as dezenas de pequenos problemas cotidianos que você tinha anotado na agenda para resolver assim que tivesse tempo. Bastou um segundo para que tudo isso fosse desligado. Para que todo esse universo pessoal que tantas vezes lhe pesou toneladas tenha se apagado. Como uma lâmpada que acaba e não volta a acender mais. Fim.
Então, aproveite bem o seu dia. Extraia dele todos os bons sentimentos possíveis. Não deixe nada para depois. Diga o que tem para dizer. Demonstre. Seja você mesmo. Não guarde lixo dentro de casa. Não cultive amarguras e sofrimentos. Prefira o sorriso. Dê risada de tudo, de si mesmo. Não adie alegrias nem contentamentos nem sabores bons. Seja feliz. Hoje. Amanhã é uma ilusão. Ontem é uma lembrança. No fundo, só existe o hoje.”
Recebido por e-mail da amiga Vanda.
O amor , na visão de Um Curso em Milagres
Existe uma experiência que acaba com todas as incertezas e todas as perguntas. A experiência do Amor é Divinamente Inspirada e imutavelmente Eterna. O Amor não vem e vai e nasce e se põe como o sol, nem brilha intensamente somente para desvanecer e desaparecer por um tempo. O Amor não é pessoal ou específico. É impossível Amar algo específico, porque o Amor é Íntegro e não conhece partes. O Amor não tem um oposto, sendo Tudo que Deus cria para sempre. A Mente Divina é Deus, é Amor, é Você, é Tudo.
Você nunca pode deixar para trás ou ser separado do Amor. Ilusões inevitavelmente desvanecerão, mas o Amor permanece Eterno e se estende continuamente para sempre. O Amor abrange tudo e não pode ser limitado. O Amor pode parecer temporariamente esquecido ou encoberto na consciência pela crença no tempo de forma linear. Entretanto o Instante Santo está sempre presente agora e sempre.
Deus é Amor. Deus, Sendo Amor, é Único e Abstrato. Deus, Sendo Amor, não toma formas diferentes ou vem em uma variedade de graus e graduações. Neste mundo parece haver muitos pensamentos, emoções e percepções que escondem a consciência do Amor. Contudo, são meramente tentações para esquecer que o Amor é Tudo que Existe. Toda vez que a tentação para negar o Amor surge, lembre-se que Você é Amor e Deus é Amor e nada pode separar a Unidade do Amor de Deus.
Deus, Sendo Amor, não tem opostos. Deus é Todo-Sabedoria, Todo-Poderoso e Todo-Amoroso. Ilusões trazidas para o Amor devem desaparecer, como a escuridão acaba na Presença da Luz. O Amor é Tudo como Deus é Tudo. Deus, Sendo Amor, não tem nada a ver com o medo. Deus, Sendo Amor, não tem nada a ver com doença, depressão, dor, tristeza ou qualquer forma que o medo possa tomar. Ilusões do tempo parecem colocar um véu na Face do Amor, mas o Amor permanece intocado. O Amor só pode ser Ele Mesmo e só conhece a Ele Mesmo. Amor e medo, Deus e o mundo, não têm um ponto de encontro. A consciência Una implica a não-existência de outra. Os cinco sentidos do corpo parecem enganar por um tempo, mas o Amor é revelado como Único e Tudo através da Visão Interior que o mundo não conhece. Ore sinceramente e deixe a sua prece ser um desejo unificado pelo Amor, por Deus. A Visão Interior conduzirá à lembrança do Amor que É Você e que É Deus, um Amor sem opostos.
O ego é faz-de-conta. Pode o faz-de-conta ser real se somente o Amor é real? Ego é opinião. Pode o Amor eterno e incondicional conhecer opinião? Ego é falsidade. Pode o Amor, sendo verdadeiro, ter consciência da falsidade? O Amor é verdadeiro e real e somente o amor é verdadeiro e real. O Amor é Único e, portanto, está além da “possibilidade” de comparação e transigência. O que pode a crença na dualidade, no passado e futuro ter a ver com o Amor Eterno? E o que poderia quebrar o Amor separando o que é Único para sempre?
O Amor Se estende, Sendo O Que Ele É. O Amor é Todo-extensão. Ao estender, o Amor permanece amoroso, pois o Amor permanece Ele Mesmo. Não há perda ou ganho no Amor, pois o Amor é completamente sem escassez ou limites. Conhecer o Amor é conhecer a completeza e a realização. Como poderia a Integridade algum dia entender alguma coisa senão Ele Mesmo? E o que o Amor poderia “precisar”, já Sendo Tudo para sempre?
Não questione o Amor. Se você acredita em questionamento, questione tudo que parece ser “não-Amor” e esteja disposto a aceitar somente Aquilo Que É Verdadeiro Para Sempre. Acabe com a espera agora! Aceite agora o Amor Eterno de Deus. O que mais poderia ser mais valioso do que a sua aceitação? Não há nada para buscar e nada para encontrar! Obrigado Deus por Ser Amor e estender Amor para sempre!
Amor é enigma?
Optar é renunciar. Entregar-se, por exemplo, a um amor é abandonar outros. E, do que se renuncia e abandona, pode provir, depois arrependimento. Afastar-se de um amor, ainda que, opção feita por lúcidas razões, pode gerar, adiante, a frustração pelo que se deixou de viver. Os casos de amor vivem rondados por frustração ou arrependimento. Não o amor, que é íntegro, irrefutável, cristalino e indubitável: mas os amantes seus portadores. Quase sempre o tamanho do amor é maior que o dos amantes. O que cerca as pessoas que se amam é sempre uma teia de limitações que o leva à disjuntiva: frustração ou arrependimento. Ou quem ama se entrega ao sentimento e se atira nos braços do outro para, depois, se arrepender do que abandonou para entregar-se ao amor, ou se afasta, cheio de lucidez, para, adiante, sentir frustração pelo que deixou de viver. Estes estão na categoria assim definida de modo cruel mas lúcido por Goethe: "no amor, ganha quem foge...Ou como disse o grande Orizon Carneiro Muniz: "no amor, é mais forte quem cede". Na juventude tudo isso fica confuso porque esta é uma etapa da vida envolta em uma névoa amorosa que a torna radical na busca da felicidade. O jovem ainda não se defrontou com as terríveis e dilacerantes divisões internas de que é feita a tarefa de viver e amar, aceitando as próprias limitações, confusões, os caminhos paralelos e contraditórios das escolhas, dentro de um todo que, para se harmonizar, precisa viver as divisões, os sofrimentos e os açoites das mentiras e enganos que conduzem as nossas verdades mais profundas. Séculos de repressão do corpo e de identificação do prazer com o pecado ou o proibido fizeram uma espécie de cárie na alma. É um buraco, um vazio, uma impossibilidade viver o que se quer, uma certeza antecipada de que o amor verdadeiro gera ou arrependimento ou frustração. Viver implica, pois, aceitar essa dolorosa e desafiante tarefa: a de enfrentar o amor como a maior das maravilhas e que se nos apresenta sob a forma de enigma. Tudo o que se move dentro do amor está carregado de enigmas. E com o enigma dá-se o seguinte: enfrentá-lo não é resolvê-lo. Mas quando não se o enfrenta, ele (enigma) nos devora. Enfrentar o enigma mesmo sem o deslindar, é aquecer e encantar a vida, é aprender a viver; é amadurecer. Exige trabalho interior penoso, grandeza, equilíbrio e auto-conhecimento. O contrário não é viver. É durar.
sábado, 13 de junho de 2009
"Pensamentos neutros são impossíveis, porque todos os pensamentos têm poder. Eles farão um mundo falso ou me conduzirão ao mundo real. Mas os pensamentos não podem ser sem efeitos. Da mesma forma que o mundo que vejo surge dos meus erros de pensamento, o mundo real surgirá diante dos meus olhos à medida em que eu permita que os meus erros sejam corrigidos. Meus pensamentos não podem deixar de ser verdadeiros ou falsos. Têm quer ser um ou outro. O que vejo me mostra o que são".
Um Curso em Milagres
"A graça é o estado natural de todo Filho de Deus. Quando ele não está em estado de graça, está fora de seu ambiente natural e não funciona bem. Tudo o que faz passa a ser uma tensão, pois ele não foi criado para o ambiente que tem feito. Portanto, não é capaz de se adaptar a ele e nem de adaptá-lo a si. Não há sentido em tentar. Um Filho de Deus só é feliz quando sabe que está com Deus. Esse é o único ambiente em que ele não vivenciará tensão, porque é o seu lugar. É também o único ambiente digno dele, porque o seu próprio valor está além de qualquer coisa que ele possa fazer.
(UCEM)
Que a vivência profunda do Cristo em nós - nosso verdadeiro Ser - nos permita estar cada vez mais em estado de Graça, envolvendo a tudo e a todos no inesgotável Amor e Luz que são nossos por Herança Divina!
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Não há nada mais trágico no mundo que uma pessoa manter pensamentos de limitação sobre um outro ser humano. Um pensamento de imperfeição, projetado sobre uma pessoa sensível, restringe algumas vezes essa pessoa durante anos e freqüentemente os resultados são calamitosos. Devemos dar a cada um sua completa liberdade mental. Se falais em liberdade para vós mesmos, assegurai- vos primeiro de que a destes aos demais. Quando desejardes auxiliar alguém em determinada condição empregai o seguinte: "EU SOU a Manifestação Perfeita ali". MESTRE SAINT GERMAIN Livro de Ouro
Quinze dicas para viver uma vida mais consciente, plena e equilibrada
1.
Todos nós ao nascer ganhamos um espelho. Este espelho é, então, colado no nosso peito. E assim vivemos toda a nossa vida, refletindo o outro e vendo no (espelho do) outro o nosso reflexo. Hermann Hesse disse: "Se você odeia uma pessoa, odeia algo nela que faz parte de você. O que não faz parte de nós não nos incomoda."Viver considerando isto, vai desenvolvendo nossa compaixão, nossa tolerância, nossa empatia e nossa solidariedade para com as nossas fraquezas e dificuldades e as dos outros.
2.
Cem por cento do que somos e vivemos (inclusive o que supomos ser acidentes) é fruto de nossas escolhas e opções. Conscientes ou inconscientes. Desta ou de outras vidas. Viver consciente disto desenvolve nosso discernimento e nossa responsabilidade para com a vida, com as pessoas e com nossas atitudes.
3.
Livre-se da culpa. A única função da culpa é manter sua auto-estima baixa (por isso algumas religiões fomentam a idéia da culpa para assim manter poder). Transmute a culpa por responsabilidade. Ninguém é culpado de absolutamente nada, mas todos são completamente responsáveis por tudo. Viver assim te torna mais atento e cuidadoso para com toda a existência.
4.
Desenvolva a aceitação. Sempre que entramos em contato com alguma dificuldade ou fraqueza nossa, através de alguém ou de alguma circunstância, normalmente o primeiro impulso da mente/ego é: ou nos defendemos, negando e resistindo a entrar em contato (muitas vezes entrando na irritação e na revolta, geralmente imputando a culpa a alguém ou a alguma coisa), ou entramos na condição de vítimas, mergulhando na baixa auto-estima. Aceite sua natureza humana como ela é e aceite também a sua sombra. Entenda que você está aqui na Terra para aprender e expandir sua existência. Um Mestre hindu falou: "Errar, ter defeitos, falhas, fraquezas, é seu direito. Trabalhar para transmutar isso tudo é seu dever".
5.
Tudo no Universo tem duas polaridades: yin/yang, masculino/feminino, positivo/negativo, etc. As emoções e os sentimentos também têm duas polaridades: o outro lado da tristeza é a alegria, do medo é a coragem, da raiva é a energia de realização, do ódio é o amor e o perdão, da ansiedade e da angústia é a calma e o centramento, da baixa auto-estima é a confiança em si mesmo, enfim, nosso grande trabalho de transmutação é estar constantemente reequilibrando estas polaridades. Os hindus diriam que devemos estar sempre transmutando Tamas e Rajas em Sattwa, isto é, trazendo sempre os pensamentos, sentimentos e atos densos, limitadores e negativos, para as freqüências mais sutis.Viver assim economiza um bocado de energia. Considerando que tudo na vida é passageiro, é mais inteligente procurar mudar a polaridade das coisas e dar a volta por cima do que ficar naufragando constantemente nos mesmos padrões psico-emocionais.
6.
Desenvolva a neutralidade e a observação. Os índios chamam isto de "visão da águia": sair voando de dentro do burburinho dos eventos e, de cima, com uma perspectiva ampla, observar os acontecimentos sem identificação ou julgamentos. Ou, em outro exemplo: sair de dentro do rio caudaloso de nossa vida - onde estamos imersos até o pescoço - sentar na margem e observar. Quando dentro do rio, imersos até o pescoço, qualquer ondinha nos parece um vagalhão, mas quando nos sentamos à beira do rio, a ondinha novamente vira ondinha, e aí podemos ter uma perspectiva mais correta e um envolvimento menos sofrido com as coisas. Isto desenvolve uma profunda consciência da relatividade dos pontos de vista e, por conseguinte, o redimensionamento da nossa identificação e envolvimento com a transitoriedade da vida.
7.
Evite as comparações. Lembra do "jardim do vizinho é sempre mais bonito" ? Ledo engano! Grande armadilha! Mal sabemos que o vizinho ao olhar nosso lado também pensa a mesma coisa sobre algum aspecto de nós...Considerar este fato, te livra do peso dos julgamentos alheios e te torna mais centrado em teu próprio eixo.
8.
Os hindus dizem que todas as doenças que existem - sejam físicas, emocionais, psíquicas ou energéticas - derivam, de uma forma ou de outra, de uma única doença: a ignorância de nossa natureza real, a Unidade (eles chamam esta ignorância de avidya e a Unidade de Brahman).Toda a criação é uma grande web onde tudo é interagente, interdependente e holográfico. Realmente não estamos irremediavelmente presos a tempo e espaço e às três dimensões (não só as antigas tradições, mas a física quântica atual afirma amplamente esta questão). Considerando nossa natureza una, saiba que não há nada fora de você que você precise obter que já não tenha. Está tudo dentro de você, todo o Universo. Você apenas precisa relembrar sua natureza original, que está pulsando em cada partícula do Universo, em cada pessoa, em cada ser de cada reino. Todo amor, paz e felicidade já estão dentro de você, sempre.Você decididamente não é um pecador. Você não é uma pedra bruta que precisa ser lapidada. Você já é uma jóia pronta, maravilhosa, só que recoberta pela poeira desta ignorância primordial. Passar a considerar estas verdades milenares em nossa vida cotidiana desenvolve nossa co-participaçã o consciente no Universo nos seus mais diversos níveis de existência.
9.
Todo o Universo é consciente! Cada pessoa, cada animal, cada planta, cada pedra, cada célula, cada átomo, cada galáxia... A consciência não é um privilégio do cérebro humano, que é apenas um dos veículos onde esta Consciência se expressa. Esta é a chamada onipresença e onisciência de Deus. Os índios têm formas sofisticadas de entrar em contato e interagir com a consciência subjacente à Natureza.Viver considerando este fato torna tua vida muito mais respeitosa, consciente e responsável.
10.
Quando a vida nos apresenta algum evento desconfortável, algum obstáculo ou algum confronto, normalmente o que é acionado em nosso corpo/mente é o "automático" lutar ou fugir. A adrenalina está sempre pronta para desencadear ação. Mas a verdade é que na maior parte das vezes não seria necessário lutar nem fugir, bastaria relaxar e observar, e a partir daí agir com consciência, ou então deixar os acontecimentos se desenrolarem naturalmente. Vamos investir mais nas endorfinas! Faça Yoga ou TaiChiChuan!Desta forma, em todos os níveis e setores da nossa vida, podemos integrar firmeza e simultaneamente relaxamento - só firmeza gera rigidez e só relaxamento gera moleza !
11.
Adote a pergunta: "O que é que eu tenho que aprender com isso?". Todas (todas mesmo) as coisas que nos acontecem, vem para nos ensinar. A vida está sempre fazendo suas arrumações para que possamos aprender e evoluir. Por isso alguém já disse: "cuidado com o que você deseja pois pode acontecer!". Nós costumamos achar que quando pedimos à Deus alguma virtude, Ele vai milagrosamente introduzir esta virtude em nossa mente e de repente ficamos pacientes, ou disciplinados, ou tolerantes. Provavelmente o que a vida fará é te proporcionar situações que vão te fazer desenvolver aquela virtude. Se você pediu paciência, provavelmente vai atrair pessoas que vão te fazer perdê-la, e aí é que estará o seu aprendizado. Então, sempre que as pessoas ou as circunstâncias te trouxerem desconfortos ou incômodos, ao invés de se revoltar, se ofender ou se entristecer, ou ainda, achar que a culpa é do outro, pergunte à Vida o que esta situação está te obrigando a trabalhar, que virtudes e qualidades você está tendo que desenvolver para lidar com isso de forma harmônica e equilibrada.Este procedimento com certeza vai aumentar enormemente a qualidade de nossa consciência e a conseqüente percepção dos movimentos da vida e do seu sentido.
12.
Gastamos grande tempo mental ficando angustiados por um passado que não podemos mais mudar e/ou ficando ansiosos por um futuro que ainda não chegou. Outra grande parte, ainda, gastamos sonhando acordados, delirando os nossos sonhos e desejos. E aí duas coisas ocorrem: uma: sobra pouco tempo para a consciência do aqui-e-agora, o presente, que é onde efetivamente a vida acontece; duas: quando precisamos da mente para as coisas que ela foi feita para funcionar - a nossa vida humana diária - esta mente tem dificuldade em se concentrar, em estar presente, inteira, poderosa, centrada.Concentrando- nos no presente desfrutamos mais da vida. A meditação é um ótimo treinamento para aprender a viver no presente, nos livrando das pré-ocupações e desenvolvendo uma mente verdadeiramente eficiente.
13.
Infelizmente, ainda vivemos sob a ideologia do "ganha-perde", ou seja, temos muito incutida em nossa cultura a idéia de que para se ganhar alguém precisa perder. É assim que se construiu, por exemplo, o sistema capitalista. Também é seguindo esta filosofia que está-se destruindo nosso planeta. E é desse ganha-perde que estão impregnadas as nossas relações (lembra da lei de Gérson?). Não só no sentido profissional e financeiro, mas também no emocional e no afetivo.É urgente reimplantar- se o "ganha-ganha" nas relações interpessoais e nas relações do homem com a Natureza. Não existe nenhuma possibilidade de ganho real para nada nem ninguém, em nenhum setor da vida, se este ganho for obtido em detrimento da perda de alguém ou de alguma coisa. Na visão oriental, o Karma Yoga é a técnica que visa reeducar o homem e a sociedade para a verdadeira forma de ganhar.Este procedimento simples pode transformar toda a perspectiva que temos em relação à vida, entendendo e vivendo na prática a grande lei universal de causa e efeito.
14.
Atente para a sincronicidade. Uma escritura hindu diz: "Nenhuma folha de grama se mexe sem uma razão". Nada é casual, mas tudo é intrinsecamente causal. Um outro Mestre disse : "nós falamos com Deus através da oração, e Ele nos fala através da sincronicidade". O Dr. Jung percebeu que era esta qualidade da Criação que fazia com que as artes divinatórias (I Ching, Tarot, Runas, Búzios) funcionassem. Todo o Universo é Um, portanto tudo é interrelacionado. E a Lei do Karma é quem disciplina este interrelacionamento . Atente para os sinais! O tempo todo o Universo está interagindo com você!Estar atento à sincronicidade desenvolve a intuição e a expansão da percepção do movimento consciente e multidimensional do Universo.
15.
E finalmente - e sobretudo - "não faças aos outros o que não queres que te façam" ainda é a regra de ouro.Viver integralmente assim te torna efetivamente consciente, pleno e equilibrado.
Ernani Fornari (Dharmendra)/partilhado por Carla Sartori Neves
Todos nós ao nascer ganhamos um espelho. Este espelho é, então, colado no nosso peito. E assim vivemos toda a nossa vida, refletindo o outro e vendo no (espelho do) outro o nosso reflexo. Hermann Hesse disse: "Se você odeia uma pessoa, odeia algo nela que faz parte de você. O que não faz parte de nós não nos incomoda."Viver considerando isto, vai desenvolvendo nossa compaixão, nossa tolerância, nossa empatia e nossa solidariedade para com as nossas fraquezas e dificuldades e as dos outros.
2.
Cem por cento do que somos e vivemos (inclusive o que supomos ser acidentes) é fruto de nossas escolhas e opções. Conscientes ou inconscientes. Desta ou de outras vidas. Viver consciente disto desenvolve nosso discernimento e nossa responsabilidade para com a vida, com as pessoas e com nossas atitudes.
3.
Livre-se da culpa. A única função da culpa é manter sua auto-estima baixa (por isso algumas religiões fomentam a idéia da culpa para assim manter poder). Transmute a culpa por responsabilidade. Ninguém é culpado de absolutamente nada, mas todos são completamente responsáveis por tudo. Viver assim te torna mais atento e cuidadoso para com toda a existência.
4.
Desenvolva a aceitação. Sempre que entramos em contato com alguma dificuldade ou fraqueza nossa, através de alguém ou de alguma circunstância, normalmente o primeiro impulso da mente/ego é: ou nos defendemos, negando e resistindo a entrar em contato (muitas vezes entrando na irritação e na revolta, geralmente imputando a culpa a alguém ou a alguma coisa), ou entramos na condição de vítimas, mergulhando na baixa auto-estima. Aceite sua natureza humana como ela é e aceite também a sua sombra. Entenda que você está aqui na Terra para aprender e expandir sua existência. Um Mestre hindu falou: "Errar, ter defeitos, falhas, fraquezas, é seu direito. Trabalhar para transmutar isso tudo é seu dever".
5.
Tudo no Universo tem duas polaridades: yin/yang, masculino/feminino, positivo/negativo, etc. As emoções e os sentimentos também têm duas polaridades: o outro lado da tristeza é a alegria, do medo é a coragem, da raiva é a energia de realização, do ódio é o amor e o perdão, da ansiedade e da angústia é a calma e o centramento, da baixa auto-estima é a confiança em si mesmo, enfim, nosso grande trabalho de transmutação é estar constantemente reequilibrando estas polaridades. Os hindus diriam que devemos estar sempre transmutando Tamas e Rajas em Sattwa, isto é, trazendo sempre os pensamentos, sentimentos e atos densos, limitadores e negativos, para as freqüências mais sutis.Viver assim economiza um bocado de energia. Considerando que tudo na vida é passageiro, é mais inteligente procurar mudar a polaridade das coisas e dar a volta por cima do que ficar naufragando constantemente nos mesmos padrões psico-emocionais.
6.
Desenvolva a neutralidade e a observação. Os índios chamam isto de "visão da águia": sair voando de dentro do burburinho dos eventos e, de cima, com uma perspectiva ampla, observar os acontecimentos sem identificação ou julgamentos. Ou, em outro exemplo: sair de dentro do rio caudaloso de nossa vida - onde estamos imersos até o pescoço - sentar na margem e observar. Quando dentro do rio, imersos até o pescoço, qualquer ondinha nos parece um vagalhão, mas quando nos sentamos à beira do rio, a ondinha novamente vira ondinha, e aí podemos ter uma perspectiva mais correta e um envolvimento menos sofrido com as coisas. Isto desenvolve uma profunda consciência da relatividade dos pontos de vista e, por conseguinte, o redimensionamento da nossa identificação e envolvimento com a transitoriedade da vida.
7.
Evite as comparações. Lembra do "jardim do vizinho é sempre mais bonito" ? Ledo engano! Grande armadilha! Mal sabemos que o vizinho ao olhar nosso lado também pensa a mesma coisa sobre algum aspecto de nós...Considerar este fato, te livra do peso dos julgamentos alheios e te torna mais centrado em teu próprio eixo.
8.
Os hindus dizem que todas as doenças que existem - sejam físicas, emocionais, psíquicas ou energéticas - derivam, de uma forma ou de outra, de uma única doença: a ignorância de nossa natureza real, a Unidade (eles chamam esta ignorância de avidya e a Unidade de Brahman).Toda a criação é uma grande web onde tudo é interagente, interdependente e holográfico. Realmente não estamos irremediavelmente presos a tempo e espaço e às três dimensões (não só as antigas tradições, mas a física quântica atual afirma amplamente esta questão). Considerando nossa natureza una, saiba que não há nada fora de você que você precise obter que já não tenha. Está tudo dentro de você, todo o Universo. Você apenas precisa relembrar sua natureza original, que está pulsando em cada partícula do Universo, em cada pessoa, em cada ser de cada reino. Todo amor, paz e felicidade já estão dentro de você, sempre.Você decididamente não é um pecador. Você não é uma pedra bruta que precisa ser lapidada. Você já é uma jóia pronta, maravilhosa, só que recoberta pela poeira desta ignorância primordial. Passar a considerar estas verdades milenares em nossa vida cotidiana desenvolve nossa co-participaçã o consciente no Universo nos seus mais diversos níveis de existência.
9.
Todo o Universo é consciente! Cada pessoa, cada animal, cada planta, cada pedra, cada célula, cada átomo, cada galáxia... A consciência não é um privilégio do cérebro humano, que é apenas um dos veículos onde esta Consciência se expressa. Esta é a chamada onipresença e onisciência de Deus. Os índios têm formas sofisticadas de entrar em contato e interagir com a consciência subjacente à Natureza.Viver considerando este fato torna tua vida muito mais respeitosa, consciente e responsável.
10.
Quando a vida nos apresenta algum evento desconfortável, algum obstáculo ou algum confronto, normalmente o que é acionado em nosso corpo/mente é o "automático" lutar ou fugir. A adrenalina está sempre pronta para desencadear ação. Mas a verdade é que na maior parte das vezes não seria necessário lutar nem fugir, bastaria relaxar e observar, e a partir daí agir com consciência, ou então deixar os acontecimentos se desenrolarem naturalmente. Vamos investir mais nas endorfinas! Faça Yoga ou TaiChiChuan!Desta forma, em todos os níveis e setores da nossa vida, podemos integrar firmeza e simultaneamente relaxamento - só firmeza gera rigidez e só relaxamento gera moleza !
11.
Adote a pergunta: "O que é que eu tenho que aprender com isso?". Todas (todas mesmo) as coisas que nos acontecem, vem para nos ensinar. A vida está sempre fazendo suas arrumações para que possamos aprender e evoluir. Por isso alguém já disse: "cuidado com o que você deseja pois pode acontecer!". Nós costumamos achar que quando pedimos à Deus alguma virtude, Ele vai milagrosamente introduzir esta virtude em nossa mente e de repente ficamos pacientes, ou disciplinados, ou tolerantes. Provavelmente o que a vida fará é te proporcionar situações que vão te fazer desenvolver aquela virtude. Se você pediu paciência, provavelmente vai atrair pessoas que vão te fazer perdê-la, e aí é que estará o seu aprendizado. Então, sempre que as pessoas ou as circunstâncias te trouxerem desconfortos ou incômodos, ao invés de se revoltar, se ofender ou se entristecer, ou ainda, achar que a culpa é do outro, pergunte à Vida o que esta situação está te obrigando a trabalhar, que virtudes e qualidades você está tendo que desenvolver para lidar com isso de forma harmônica e equilibrada.Este procedimento com certeza vai aumentar enormemente a qualidade de nossa consciência e a conseqüente percepção dos movimentos da vida e do seu sentido.
12.
Gastamos grande tempo mental ficando angustiados por um passado que não podemos mais mudar e/ou ficando ansiosos por um futuro que ainda não chegou. Outra grande parte, ainda, gastamos sonhando acordados, delirando os nossos sonhos e desejos. E aí duas coisas ocorrem: uma: sobra pouco tempo para a consciência do aqui-e-agora, o presente, que é onde efetivamente a vida acontece; duas: quando precisamos da mente para as coisas que ela foi feita para funcionar - a nossa vida humana diária - esta mente tem dificuldade em se concentrar, em estar presente, inteira, poderosa, centrada.Concentrando- nos no presente desfrutamos mais da vida. A meditação é um ótimo treinamento para aprender a viver no presente, nos livrando das pré-ocupações e desenvolvendo uma mente verdadeiramente eficiente.
13.
Infelizmente, ainda vivemos sob a ideologia do "ganha-perde", ou seja, temos muito incutida em nossa cultura a idéia de que para se ganhar alguém precisa perder. É assim que se construiu, por exemplo, o sistema capitalista. Também é seguindo esta filosofia que está-se destruindo nosso planeta. E é desse ganha-perde que estão impregnadas as nossas relações (lembra da lei de Gérson?). Não só no sentido profissional e financeiro, mas também no emocional e no afetivo.É urgente reimplantar- se o "ganha-ganha" nas relações interpessoais e nas relações do homem com a Natureza. Não existe nenhuma possibilidade de ganho real para nada nem ninguém, em nenhum setor da vida, se este ganho for obtido em detrimento da perda de alguém ou de alguma coisa. Na visão oriental, o Karma Yoga é a técnica que visa reeducar o homem e a sociedade para a verdadeira forma de ganhar.Este procedimento simples pode transformar toda a perspectiva que temos em relação à vida, entendendo e vivendo na prática a grande lei universal de causa e efeito.
14.
Atente para a sincronicidade. Uma escritura hindu diz: "Nenhuma folha de grama se mexe sem uma razão". Nada é casual, mas tudo é intrinsecamente causal. Um outro Mestre disse : "nós falamos com Deus através da oração, e Ele nos fala através da sincronicidade". O Dr. Jung percebeu que era esta qualidade da Criação que fazia com que as artes divinatórias (I Ching, Tarot, Runas, Búzios) funcionassem. Todo o Universo é Um, portanto tudo é interrelacionado. E a Lei do Karma é quem disciplina este interrelacionamento . Atente para os sinais! O tempo todo o Universo está interagindo com você!Estar atento à sincronicidade desenvolve a intuição e a expansão da percepção do movimento consciente e multidimensional do Universo.
15.
E finalmente - e sobretudo - "não faças aos outros o que não queres que te façam" ainda é a regra de ouro.Viver integralmente assim te torna efetivamente consciente, pleno e equilibrado.
Ernani Fornari (Dharmendra)/partilhado por Carla Sartori Neves
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