As pessoas são dádivas de Deus para mim. Já vêm embrulhadas, algumas lindamente e outras de modo menos atraente. Algumas foram danificadas no correio; outras chegam por "entrega especial". Algumas estão desamarradas, outras hermeticamente fechadas.
Mas o invólucro não é a dádiva e essa é uma importante descoberta. É tão fácil cometer um erro a esse respeito, julgar o conteúdo pela aparência.
Às vezes a dádiva é aberta com facilidade; às vezes, é preciso a ajuda de outros. Talvez porque tenham medo. Talvez já tenham sido magoados antes e não queiram ser magoados de novo. Pode ser que já tenham sido abertos e depois jogados fora. Pode ser que agora se sintam mais como "coisas" do que "pessoas humanas".
Sou uma pessoa: como todas as outras, também sou uma dádiva. Deus encheu-me de uma bondade que é só minha. E contudo, às vezes, tenho medo de olhar dentro do meu invólucro. Talvez eu tenha medo de me desapontar. Talvez eu não confie em meu próprio conteúdo. Ou pode ser que eu nunca tenha realmente aceitado a dádiva que sou.
Todo encontro e partilhar de pessoas é uma troca de dádivas. Minha dádiva sou eu; a sua é você. Somos dádivas um para o outro.
(Autor desconhecido - citado no livro "Arrancar Máscaras! Abandonar Papéis!", de John Powell e Loretta Brady)
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