MUITAS vezes ouvimos os devotos cristãos queixarem-se de seus períodos de depressão. As vezes, encontram-se quase no sétimo céu da exaltação espiritual, pretendem ver a face de Cristo e sentem como se Ele guiasse todos os seus passos. De repente, sem motivo aparente ou qualquer aviso, o Salvador esconde Sua face e o mundo torna-se escuro por um período. Não podem trabalhar, não podem orar; a vida não tem atrativos, a porta do céu parece fechada para eles, e a existência torna-se sem interesse enquanto essa depressão espiritual persiste. Naturalmente, essas pessoas vivem de suas emoções e, sob a imutável Lei de Alternação, o pêndulo balança de um lado para o outro sem encontrar o equilíbrio. Quanto mais brilhante é a luz, mais profundas são as trevas; quanto maior a exaltação, mais profunda é a depressão do espírito. Somente aqueles que, por frieza ou indiferença, reprimem esse estado emocional, escapam do período de depressão, porém nunca experimentam a divina bem-aventurança da exaltação. E é esta efusão emocional de si mesmo que fornece ao Cristão Místico a dinâmica energia que o projetará nos mundos invisíveis, onde ele se torna um com o ideal espiritual que o atraiu e que despertou em sua alma o poder para elevar-se, do mesmo modo que o Sol formou o olho para que pudéssemos vê-lo. O filhote, ao sair do ninho, cai muitas vezes antes que aprenda a usar suas asas com segurança. O aspirante que trilha o caminho do Cristão Místico, pode elevar-se até ao trono de Deus freqüentemente, e depois cair no mais profundo abismo, no desespero do inferno. Mas, algum dia ele vencerá o mundo, desafiará a Lei de Alternação e elevar-se-á pela força do Espírito até ao Pai dos Espíritos, livre das lidas das emoções, envolvido pela paz que está além de toda compreensão.
( De O Cristo Místico e Oculto )
fonte: http://www.sintoniasaintgermain.com.br
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