Em terras Tibetanas Budistas a prece mais comum encontrada em todo lugar , é Om Mani Peme Hung, o mantra de Chenrezi, o Buda da compaixão. O mantra originário da Índia, à medida em que migrou para o Tibet, teve a sua pronúncia modificada porque alguns sons na linguagem sanscrita Indiana eram difíceis para os Tibetanos pronunciarem.
Uma antiga estória nos conta de um problema similar. Um devotado praticante de meditação, depois de anos concentrado em um mantra em particular, havia conquistado insight suficiente para começar a ensinar. A humildade do estudante estava longe de ser perfeita, mas os mestres no mosteiro não se preocupavam com isso.
Com alguns anos ensinando com sucesso deixaram o praticante certo de que não precisava aprender com mais ninguém; mas ao ouvir falar de um famosos ermitão que vivia nas proximidades, viu que a oportunidade era muito atraente para ser deixada de lado.
O ermitão vivia sozinho em uma ilha no meio de um lago, desta forma o praticante contratou um homem com um barco para atravessá-lo até a ilha. O praticante foi muito respeitoso com o velho ermitão. Depois de tomarem chá com ervas o praticante perguntou ao ermitão sobre suas práticas espirituais. O velho lhe disse que não tinha nenhuma prática espiritual, exceto por um mantra que ele repetia o tempo todo para si mesmo.. O praticante estava extasiado: o ermitão estava usando o mesmo mantra; mas quando o ermitão pronunciou o mantra em voz alta, o praticante ficou estarrecido!
"O que está errado?" perguntou o ermitão
"Eu não sei o que dizer. Eu temo que você desperdiçou todas a sua vida! O senhor está pronunciando o mantra de forma incorreta!"
Oh! Isto é terrível. Como eu deveria dizê-lo?
praticante deu a pronúncia correta, e o velho ermitão ficou muito agradecido, pedindo para ser deixado a sós para que pudesse começar imediatamente na prática. Na travessia de volta o praticante, agora obviamente um mestre completo, ficou refletindo sobre o triste destino do velho ermitão.
"Foi muita sorte eu ter vindo. Pelo menos ele terá um pouco de tempo para praticar corretamente antes de morrer."Neste instante, o praticante percebeu que o barqueiro estava olhando assustado, e se virou para ver o ermitão de pé, respeitosamente, sobre a água perto do barco.
"Com licença, por favor. Eu sinto incomodá-lo, mas eu esquecí de novo a pronúncia correta. Você por favor poderia repetí-la para mim?"
" Obviamente o senhor não precisa disto,"gaguejou o praticante, mas o velho insistiu em seu pedido educado até que o praticante demonstrou piedade e repetiu para ele novamente.
O velho ermitão ficou dizendo o mantra muito cuidadosamente, devagar e repetidamente, assim que caminhava sobre a superfície da água de volta para a ilha.
Autor desconhecido
Fonte:http://www.sintoniasaintgermain.com.br/contos_tibetanos28.html
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