A paz de Deus vem à mente quieta - UCEM

A paz de Deus vem à mente quieta - UCEM

"Não busque mudar o mundo, mas escolhe mudar a tua mente sobre o mundo" (UCEM)

"Não busque mudar o mundo, mas escolhe mudar a tua mente sobre o mundo" (UCEM)
O Perdão é a chave para a Felicidade... Nada real pode ser ameaçado. Nada irreal existe. Nisso está a Paz de Deus.

Um Curso em Milagres

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Perdão




Este é um assunto central no Um Curso Em Milagres. No entanto, o perdão ensinado pelo UCEM não é igual ao ensinado no mundo e seria necessário apresentar toda a sua metafísica para poder explicá-lo.

Porém, ainda assim, é útil fazermos uma análise sobre esse assunto e sua prática tão difícil, mesmo que não cheguemos ao perdão perfeito ensinado pelo Curso.

Algumas considerações são necessárias como ponto de partida para nossa especulação.

1- Todo mundo erra, ninguém duvida disso, embora cada um de nós tenha uma divisão marcante a respeito da classificação dos erros – graves ou não graves. E a distinção entre erros ‘perdoáveis e não perdoáveis’ produz uma grande confusão quando pensamos na viabilidade do perdão. O que não deveria nos surpreender é que, de acordo com a cultura, educação e situações diferentes, essa classificação muda de indivíduo para indivíduo e, às vezes, até mesmo sofre modificações num mesmo indivíduo, dependendo de seu estado.

2- Todas as pessoas estão sempre querendo acertar. Ninguém pode acreditar que alguma pessoa possa pensar assim: ‘eu quero errar’ – nós sempre estamos querendo acertar, mesmo quando insistimos num mesmo erro...

3- Todas as pessoas fazem o melhor que podem. Muitos podem discordar dessa afirmação. Mas, vou propor aos que discordam que pensem: todos fazem o melhor que podem de acordo com a percepção do meio em que estão e do nível de compreensão naquele momento (isso é particularmente importante) – ou seja, todos nós, se soubéssemos ‘como’, teríamos feito diferente em muitas ocasiões.

Partindo então das considerações acima, vemos que nosso mundo é realmente um mundo de enganos. E cada engano pode ser percebido e entendido de maneiras diversas. O que é relevante é percebermos que, quando nos sentimos feridos ou prejudicados de alguma forma, não nos lembramos de nada disso: nem das considerações acima, nem do fato de que o que estamos percebendo é a nossa forma particular de perceber – outra pessoa poderia não se importar com algo que nos ofendeu ou machucou.

Seguindo nossa análise, existe a necessidade de pararmos para olhar para o que estamos sentindo quando não abrimos mão de nossas mágoas e dores...

Não nos abrirmos para o perdão ‘porque quem nos feriu o não merece’ é um ditame do mundo, o qual nós nos sentimos justificados em aceitar, mesmo quando nos percebemos em intenso sofrimento causado pela nossa insistência em manter as memórias doloridas.

Após esse breve ‘raciocínio’, podemos nos perguntar agora: como perdoar?

Para responder a questão, novamente lançamos mão de algumas considerações.

1- O UCEM nos ensina que o perdão é uma memória seletiva: “perdoar é meramente lembrar apenas os pensamentos amorosos que deste no passado e aqueles que te foram dados. Todo resto tem que ser esquecido”. E mais: “O perdão é uma lembrança seletiva que não se baseia na tua própria seleção." (UCEM-T-17.III.1:1-3)

2- O perdão no mundo é sempre seletivo. E a seleção é feita por cada um de nós – tanto das pessoas a serem perdoadas quando dos fatos. O Curso diz que nós precisamos de alguém de ‘fora’ do nosso sistema de pensamentos para fazer a seleção dos pensamentos amorosos por nós. Pensemos nos motivos para isso.

Em primeiro lugar, o Curso explica que todos aqui estão sujeitos aos erros – às vezes em comportamento, às vezes apenas em pensamento. Se todos cometemos erros e estamos querendo acertar, o perdão não pode ser seletivo: todos estão sob a mesma lei. Mas, nós aprendemos a selecionar. Então, esse aprendizado está automatizado.

Em segundo lugar, todos nós temos visões parciais, já que cada um tem uma percepção diferente de cada fato e pessoa. Sendo assim, precisamos da ajuda de Deus, de Sua memória em nossas mentes: o Espírito Santo. Somente a seleção feita pelo Espírito Santo pode nos trazer a paz, pois Sua visão é a visão de Deus – do todo.

Assim, nosso exercício de perdão deve começar com essa ideia em mente: vamos realmente olhar para nossas dores, para os que nos prejudicaram, mas, enquanto tomamos consciência de que o mal estar que estamos sentindo está ligado a essas memórias, vamos, ao mesmo tempo, pedindo ao Espírito Santo que faça por nós a seleção do que devemos manter nas nossas mentes.

Falando sobre o termo memória, ele é bastante pertinente porque o motivo para a grande maioria das nossas dores está apenas na memória. Geralmente nos sentimos doloridos por uma situação que está no passado, portanto, na memória.

Se estivermos realmente abertos ao exercício do perdão, vamos experimentar, pelo menos, alguns instantes de paz. Isso também é um aprendizado. Conforme vamos ‘colecionando’ instantes de paz, pontos de memória vão se juntando e formando um caminho de fácil acesso para nossas mentes.

Assim, um dia, esse processo acontecerá sem nenhum esforço: ainda nos lembraremos da situação ou da pessoa que nos feriu, mas já não teremos mais a carga emocional que tanto nos prejudicava.

Mas, para que continuemos nosso caminho para a racionalidade do perdão, pensemos: quem realmente se beneficia com o perdão – aquele a quem eu perdôo ou eu, que ficarei livre dos pensamentos e sentimentos devastadores e pesarosos?

O perdão ensinado pelo UCEM é um processo. Precisamos entender, pensar e chegar a um ‘veredito’ sobre o porquê praticá-lo para, então, começarmos a pô-lo em prática.

Trazendo o raciocínio para mais perto da nossa vivência, vamos lembrar: as outras pessoas não podem saber o que exatamente nós sentimos. Quando nós sentimos raiva, esta não ‘pesa’ no outro, não ‘vai’ para o outro. As outras pessoas não podem saber o que sentimos, ou qual a intensidade do que sentimos...

Todos temos o ‘direito’ de sentir raiva, ódio, tristeza, desapontamento – são emoções comuns a todos. O que estamos pensando agora é que será sábio se sentirmos tudo isso apenas no momento da situação desencadeante, porque não estaremos escondendo as emoções de nós mesmos. Será muito sábio também, se nomearmos e aceitarmos tudo o que sentimos. Mas, atenção, são coisas bem diferentes: olhar para o que sentimos não é o estímulo do ressentir – é disso que estamos falando. O ressentimento serve para nos prender ao passado, fazer com que nos tornemos uma vítima de alguém, ou de uma situação que, neste momento, não está mais nos prejudicando – porque essa situação neste momento não existe.

Todo esse mesmo raciocínio se aplica à culpa. Tudo o que falamos e pensamos a respeito do perdão em relação a alguém é absoluta e intrinsecamente válido e aplicável para o auto perdão.


Imagem: Internet

4 comentários:

  1. Este texto, Tere, lido e relido, tô levando pra imprimir.
    Não acredito que sua compreensão se faça de uma vez, e sim, que eu precise reler tantas vezes quantas forem necessárias para que internalize o sentimento que rege esta lei. Não se trata de decidir, somente, mas de vivenciar esse amor que cura...entrar no "processo perdoar" abandonando os ressentimentos...difícil, difícil tarefa.

    Obrigada por este presente, maninha. Aprendendo, me ensinas...
    Bjo grande!

    ResponderExcluir
  2. olá Denise,

    Adoro compartilhar meu aprendizado... Considero isso um "reforço positivo". rsrs

    Na realidade, nós ( ego ) temos uma dificuldade imensa em perdoar. Exatamente por isso recebemos um "facilitador" nesse processo, que é o Espírito Santo. E Ele nada mais quer do que a nossa "pequena" disponibilidade de extender o perdão. É o que podemos chamar de "rendição" fato este que exige no mínimo uma "pitadinha" de fé. É Ele que "corrige" a nossa percepção equivocada do nosso "irmão". E no final das contas descobrimos q só perdoamos a nós mesmos.

    Um beijo carinhoso

    ResponderExcluir
  3. Amei este post sobre o perdão ... tenho lido muiito no curso em Milagres mas acabo não entendendo ! é difícil compreender o perdão, mas adoro saber que esse processo é uma cura .. Concordo com a Denise; tem que reler tantas vezes quantas forem necessária !!! Já estou imprimindo tbm... obrigada Tereza bjusss♥

    ResponderExcluir
  4. Oi Su,

    Com certeza o perdão é curativo...O Amado Mestre Jesus já dizia q devemos perdoar o nosso irmão setenta vezes sete..com certeza o benefício não é do perdoado e sim nosso próprio. Como podemos elevar nossa vibração, ascender na escala espiritual se levamos nossas mágoas na "mala"? Perdoar é abrir espaço para o Amor, no coração.

    Aqui um link q fala sobre o perdão:
    http://miracleshome.org/portuguese/publications/fale_sobre_o_perdao.htm

    e vc pode também visitar : www.grupomera.com.br
    e verificar este livro deles que está sendo lançado este Mês no Rio de Janeiro.

    http://despertandonaluz.blogspot.com/2011/02/um-guia-para-o-perdao-comentario-das.html

    Aliás tem um seminário ocorrendo ai em Março.
    Bençãos amorosas.

    Tereza

    ResponderExcluir

Related Posts with Thumbnails