Algumas vezes os estudantes da ciência espiritual não se sentem felizes com o desinteresse pelas coisas do mundo, que surge quando prosseguem na busca. Sentem-se como se estivessem perdendo algo de valor. Seus tesouros de arte, seus animais de estimação e os velhos amigos já não lhes são tão importantes. Passam a encarar o mundo – o corpo e mesmo a vida – mais objetivamente. Perdem muitas emoções que constituem grande parte da vida humana.
Enquanto avançam pelo caminho espiritual, são reorientados quanto aos valores humanos, e assim não sofrem muito com os aspectos negativos da vida humana, mas também não se alegram tanto com as coisas boas, como outrora. As emoções ou sentimentos mundanos já não entram tanto em sua vida de rotina. Em compensação, há vantagens que ultrapassam em muito as perdas.
Quando nos tornamos espectadores, não olhamos a vida com ansiedade pelo que esteja para acontecer. Contemplamos o que Deus está fazendo. No caminho espiritual, ao acordar pela manhã o espectador se compenetra de que “Este é o dia de Deus, este é o dia que o Senhor fez”, e pergunta-se a si mesmo: “Que experiências me trará hoje a atividade de Deus?”.
Nesta atitude objetiva, isenta de apego a coisas materiais, passamos o dia inteiro na expectativa de algo prestes a acontecer, na certeza de que o que quer que aconteça nesta hora, na próxima ou depois, terá sido produzido por Deus, será o efeito da Sua atividade. Começamos então a conhecer por experiência própria, certo estado de harmonia profunda, imutável, em que os efeitos externos já não nos interessam como em outros tempos: chegamos àquele nível de consciência que nos permite discernir espiritualmente a natureza ilusória das aparências boas ou más.
Joel S. Goldsmith
“Setas no Caminho do Infinito”
Ed. Alvorada
Texto inspirado por :Hora Cósmica.
http://horacosmica.blogspot.com/2010/12/metamorfose-interior.html
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