“A dor é inevitável, o sofrimento é opcional”. Carlos Drummond de Andrade
- Corpo da dor é a dor emocional acumulada do passado (outras vidas). É um aspecto do Eu, um aspecto importante do senso egóico do Eu. Tem períodos passivos e ativos. É herdado geneticamente e passado adiante. É a acumulação da dor - parte coletiva, parte pessoal- através da sua encarnação atual, acumulada na infância através de seus pais e a dor emocional.
- O corpo da dor ou corpo sofredor é um outro modo de se identificar com a forma, é uma pequena entidade energética que vive em você.
- Corpo da dor é um campo energético de emoções negativas, muito antigas, mas ainda vivas, que subsiste em quase todos os seres humanos. O corpo da dor faz parte do ego; é o aspecto emocional do ego. Ele adora relacionamentos íntimos e famílias porque é deles que retira a maior parte do seu alimento. Embora o Corpo da dor seja muito inteligente, ele não consegue diferenciar uma situação real de um pensamento. Por isso reage a todo pensamento como se fosse realidade. Para ele, um pensamento preocupante, assustador corresponde a “Estou em perigo” e ele responde à altura, embora a pessoa que esteja pensando isso possa estar deitada numa cama quente e confortável. O coração bate mais forte, os músculos se contraem, a respiração acelera. Forma-se um acúmulo de energia, mas uma vez que o perigo é apenas uma ficção mental, a energia não flui. Parte dela retorna à mente e dá origem a outros pensamentos ainda mais ansiosos. O resto da energia se converte em toxinas e interfere no funcionamento harmonioso do corpo.
- O corpo da dor é um campo de contração, energia viva contraída, presa, amarrada. Quase tem vida própria, embora dependendo da sua existência em você. É como uma forma de vida temporária que vive em você. E como na maioria das formas de vida, às vezes está adormecida e às vezes, acordada. Quando ativo, ele caminha para dentro das estruturas da mente, que chamamos de Eu, e energiza todas as estruturas, e você se transforma em um Eu profundamente infeliz e tenta fazer ou outros infelizes porque ele se alimenta da infelicidade alheia e de suas reações emocionais. Seu trabalho é, ao fluir para o Eu egóico, procurar por alimento. E ele terá alimento através da sua mente ao alimentar seus pensamentos negativos sobre eu e minha vida, minha miserável vida, ou sobre as pessoas ruins que estão ao meu redor, que não deviam estar aqui; o que estou fazendo aqui? Minha situação terrível de vida e minha terrível história... isso é horrível.
- Corpo da dor tanto pode ser raiva ou tristeza, uma grande sensação de peso, agitação ou medo. O medo desloca-se para a mente. “O que vai acontecer comigo? O que farei se ele me deixar? Será que vou perder o emprego?” Com isto você deixa muitos infelizes ao seu redor.
- O corpo da dor não se alimenta somente de você, mas dos que estão em volta, tenta tirar algo deles. (sua emoção me alimenta, vou absorver a sua reação emotiva). Isto é uma parte da loucura do Eu, o senso artificial do Eu criado pela mente.
- Crianças nascem com corpos da dor; você consegue ver rapidamente a transformação da criança, de angelical para monstro. Os ataques do corpo da dor na criança, são mais rápidos.
- O sofrimento requer um Eu e uma história, sem o Eu e suas histórias de vida, você não sofre mais, porque só há sofrimento se houver uma história em sua cabeça, a de quem você é, sobre o que é a sua vida.
- Permitir que aconteça (qualquer coisa) implica que você está lá como Testemunha. Testemunhar é simplesmente estar presente, observando a dança da mente.
- O corpo da dor - assiste à violência no cinema, TV, etc. Ele financia tudo isso. Ele faz os filmes e os assiste.
- Preocupação = padrão repetitivo de pensamentos negativos.
- Para evitar isso: estar no momento presente, respirar algumas vezes e focar a atenção em algo, trazendo a completa consciência do ato de percepção (uma flor, uma árvore, etc.).
- O contar e recontar a “história” faz com que a velha emoção negativa permaneça viva na mente humana, levando o corpo a acreditar que ela ainda está acontecendo: “vício em manter viva as emoções negativas”.
- Nada do que tenha acontecido no passado pode nos impedir de estar presente no Agora. E, se o passado não tem como evitar nosso estado de presença, que poder ele tem?
- Se quiser morrer sem sofrimento, sem agonia, morra para o passado a cada instante e permita que a luz da sua presença apague o pesado e limitado “eu” que você pensou que era você.
fonte: Blog - corpomenteealmaempaz.
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