Apenas veja a pessoa que você imagina ser como parte do mundo que você percebe dentro da sua mente, e olhe a mente pelo lado de fora porque você não é a mente. Além do mais, seu único problema é a sua ânsia em se auto-identificar com o que quer que [você] perceba. Desista desse hábito, lembre-se de que você não é o que você percebe, use a sua capacidade de [poder] ser indiferente e alerta [simultâneamente]. Veja a voce mesmo em tudo que vive e seu comportamento expressará sua visão. Uma vez que você compreenda que não há nada nesse mundo que você possa chamar de seu, você olha para ele pelo lado de fora, como você olha uma peça em um palco ou um filme em uma tela, admirando e aproveitando, mas realmente imperturbável. Enquanto você se imaginar como sendo algo tagível e sólido, uma coisa entre outras coisas, existindo no tempo e no espaço, limitado e vulnerável, naturalmente você será ansioso por sobreviver e expandir. Mas quando você conhece a si mesmo como [sendo ou existindo] além do tempo e do espaço, em contato com eles apenas no ponto do aqui-e-agora, e além disso preenchendo tudo, contendo tudo, inacessível, inatacável, invulnerável, você não vai mais ter medo.
Nisargadatta
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