A paz de Deus vem à mente quieta - UCEM

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"Não busque mudar o mundo, mas escolhe mudar a tua mente sobre o mundo" (UCEM)

"Não busque mudar o mundo, mas escolhe mudar a tua mente sobre o mundo" (UCEM)
O Perdão é a chave para a Felicidade... Nada real pode ser ameaçado. Nada irreal existe. Nisso está a Paz de Deus.

Um Curso em Milagres

terça-feira, 17 de novembro de 2009

A felicidade pertence àqueles que bastam a si mesmos




Houve um dia em minha vida que passei a observar que as pessoas sem necessidades espirituais, aparentemente vivem melhor que aquelas que têm necessidade de conhecimento e sabedoria. Então, muitas vezes me fiz a
pergunta do “porquê” da necessidade que uns têm e outros não, de conhecer, de buscar a sabedoria. Pessoas que têm necessidades espirituais e pessoas sem necessidades espirituais.
O homem sem necessidades espirituais - o homem comum - seria mais feliz que o homem que busca o aperfeiçoamento de seu espírito? Faço a pergunta porque na Bíblia - Eclesiastes - 1, 18 - pode ser encontrada uma afirmação que mais parece um paradoxo se comparada com o contido em Provérbios 3.13, senão vejamos:
Eclesiastes:
Onde há muita sabedoria, há muitas dores.
Provérbios:
Feliz o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento.
Afinal, a sabedoria traz tristeza ou felicidade? Na verdade, tudo depende do propósito pelo qual a sabedoria ou o conhecimento são buscados, senão vejamos:
A sociedade contemporânea, como se sabe, dia a dia exige mais e mais conhecimentos e informações. Os homens diariamente são bombardeados por uma série de estímulos, informações que tanto pertencem ao mundo acadêmico quanto ao mundo social. A ciência evolui de forma intensa, o conhecimento se multiplica e geração após geração busca ambiente ampliar o conhecimento. A colaboração que os conhecimentos têm trazido à sociedade é inegável. As novas tecnologias que facilitam à vida do homem somadas a cura para várias doenças, incontestavelmente, merecem aplausos.
Todavia, todas essas maravilhas trazidas pelas descobertas científicas e moderna tecnologia trazem consigo seus efeitos colaterais, pois, desencadearam a síndrome do saber tornando o homem mais arrogante, menos humano e mais máquina. Nesse mundo novo as desigualdades e injustiças sociais tornaram-se maiores formando um verdadeiro abismo social entre aqueles que podem acessar as maravilhosas inovações e aqueles que são excluídos dessa sociedade contemporânea.
Nesse frenesi diário em que se encontra a humanidade parece não existir mais espaço para Deus. Na realidade, os homens tornaram-se “deuses de si mesmos”. Na ânsia de ganhar o mundo o homem está perdendo a sua alma. Nos raros momentos de calma e silêncio, o homem se dá conta que cavou dentro de si um enorme buraco - o vazio da alma.
O vazio da alma leva o homem a uma desenfreada busca da felicidade. Procura a felicidade no dinheiro, nas festas ruidosas, em viagens de turismo e sexo compulsivo, dentre outros prazeres materiais, até que um dia chega à conclusão que sua vida se tornou enfadonha e cansativa. Desiludido, fazendo uso de anestésicos e analgésicos para as dores da alma, procura conforto nos prazeres da vaidade ao se destacar dos outros homens pelos recursos financeiros, pelo poder, ou posição social. Quando não tem possibilidade de exercer tais poderes, encontra meios de conviver com aqueles que brilham segundo seus conceitos, procurando aquecer-se em seu clarão. Porém, é assim que passa a desenvolver o sentimento interno de inferioridade e profunda inveja secreta que na maioria das vezes faz nascer à raiva interna e muda.
Assim, o homem comum, sem necessidades espirituais busca incansavelmente pelas coisas dessa vida que existem debaixo do sol. O homem de maneira geral sente necessidade de aplausos, buscando a aprovação dos outros, daquilo que é e daquilo que faz. Busca a aprovação da sociedade, ignorando a aprovação de Deus, ou seja, se está agindo segundo a Lei Divina.

Em observando todas as obras humanas realizadas debaixo do sol, conclui-se que tudo que o homem faz é vaidade e em benefício próprio. Esse é o retrato do homem comum, do homem sem necessidades espirituais.

Se temos o homem comum, sem necessidades espirituais, de outro lado temos o homem superior que possui necessidade de nutrir o espírito. Esse segundo homem sabe que a felicidade não está fora de si, mas, dentro dele mesmo. É ele que faz ou encontra sua própria felicidade.
No decorrer de sua vida terrena, o homem que trilha o caminho do conhecimento em busca da sabedoria que lhe dá a autêntica felicidade, deve, portanto, ser e propiciar a si próprio o que existe de melhor e de mais importante, pois, segundo conhecido filósofo grego, “ a felicidade pertence àqueles que se bastam a si mesmos.”

Em verdade a vida deveria ser vivida para obter a aprovação Daquele que vive acima do sol e não para obter o aplauso daqueles que vivem debaixo do astro rei. Quem vive para merecer o aplauso dos homens é porque ainda está alimentando a vaidade. Na realidade, o homem nunca está satisfeito com o que tem e vive correndo atrás do vento.

Essa definição de correr atrás do vento é muito própria, porque o homem comum está sempre correndo por algo que não tem. E se por ventura vem a obter aquilo que almeja, imediatamente começa a desejar algo superior ou diferente daquilo que acabou de possuir. O homem comum ou vulgar é imensamente insatisfeito. Todas as coisas materiais incentivam a insatisfação, mesmo porque têm prazo de validade, ou seja, desvalorizam, deterioram.

O homem superior que busca as coisas de Deus sabe que elas são estáveis. Permanecem, duram para sempre. Não têm prazo de validade. São eternas.

Todavia, para alcançar a sabedoria, o homem que possui necessidades espirituais necessita ser disciplinado. O processo de conhecimento e do auto-aperfeiçoamento é como um caminho tortuoso e escarpado. Bem por isso, Jesus disse e Mateus escreveu no Capítulo 7, 13-do Evangelho:
Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.

A porta que escolhe o homem sem necessidades espirituais é larga, porque numerosos são os atrativos do mundo material para quem quer viver somente o aqui e agora. A porta escolhida pelo homem superior é estreita porque o homem que deseja transpô-la deve fazer grandes esforços e ter muita disciplina para vencer as suas más tendências, e poucos se resignam a isso. Bem por isso que se diz que o caminho da iluminação é difícil de ser percorrido.

Ao transpor a porta estreita dando início a sua jornada em direção a Luz, o homem, tal qual um aparelho receptor passa a sintonizar as irradiações espirituais vindas da grande estação emissora que é Deus. São irradiações de puro amor que ajudam o homem a desligar o aparelho que capta as baixas vibrações trocando-as pela suave energia cósmica. É como se o homem fosse uma antena que aos poucos passa a captar as vibrações que lhe fazem mais humano, mais amorável, mais terno, mais generoso. É a alma do homem captando as ondas curtas vindas da Espiritualidade que lhes transmite a suave melodia imortal.

Com amor,
Irmão Y


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