Parte 3
“Bem-Aventurados os Mansos..."
“O homem que encontrou o seu Eu divino é necessariamente manso.
“Todos os seres que não atingiram a consciência espiritual recorrem à violência para conseguirem os seus fins. Os irracionais só conhecem violência material. O homem, depois de intelectualizado, descobriu outro tipo de violência muito mais eficiente, que é a violência mental... são certos argumentos analíticos de que a inteligência se serve para conseguir os seus fins próprios da personalidade do ego.
“Quando o homem descobre em si as potências divinas, desiste definitivamente de toda e qualquer espécie de violência física e mental. Não mais confia em máquinas e aparelhos materiais manobrados pela força do intelecto, nem recorre às energias do mundo astral para conseguir efeitos de magia mental a atuarem sobre o mundo visível.
“O homem auto-realizado descobriu a essência de si mesmo e de todas as coisas, essência essa que é imaterial, e por isso não mais o interessam as aparências periféricas, que os profanos consideram realidades.
“Por isto, não há para o homem manso de coração motivo algum para recorrer à fraqueza da violência brutal, quando ele possui a força da suavidade e benevolência espiritual."
*
“O que, à primeira vista, causa estranheza nessa bem-aventurança é a promessa de que os mansos possuirão (ou herdarão) a “terra”... A humanidade imperfeita que agora habita esta terra com suas vibrações baixas e pesadas terá de passar por muitos estágios de evolução, em outros mundos, outros planetas ou nos espaços intersiderais, e, após longos milênios de experiências e sofrimentos, voltará ela, purificada e com outras vibrações, a habitar esta terra, transformada em um habitáculo de seres puros. Esses homens puros serão “mansos”, isto é, não violentos; nada farão por meio de força bruta, tudo farão com força espiritual. O espírito da força será substituído pela força do espírito
“Violenta non durante*, diziam os antigos pensadores romanos; as coisas violentas não duram — as coisas suaves têm duração garantida, embora a sua atuação inicial seja, quase sempre, lenta e quase imperceptível. Uma bomba atômica destrói uma cidade inteira em poucos segundos, ao passo que uma semente viva leva séculos inteiros para construir uma árvore no seio da floresta. Aqui, a força suave da vida — acolá a força brutal da morte.
“Amar incondicionalmente, é o caminho mais curto e rápido às alturas da compreensão integral e universal.”
Mais em: http://www.scribd.com/doc/3184904/Huberto-Rohden-O-Sermao-da-Montanha
Imagem: Flores do meu jardim
Texto: http://horacosmica.blogspot.com/
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